Há duas situações na ocupação do espaço público na cidade de Marco de Canaveses que me incomodam há muito tempo. Sempre que entro na cidade pela ponte sobre o rio Tâmega e me deparo com aquela floresta de out-doors, desde a saída da ponte até à curva ao fundo da Avenida dos Bombeiros Voluntários, tenho de lamentar a poluição visual e a degradação do equilíbrio paisagístico de toda a envolvente fluvial. Fico sempre a pensar no que dirão os turistas que nos visitam ou que passam por ali em direcção a outras paragens. Muito próximo do bonito parque fluvial do Tâmega, consegue-se estragar esse impacto positivo com um desordenamento total do espaço público. O que é mais intrigante é que também há entidades públicas a contribuir para isso. E, como se não bastasse, temo que nem todos os out-doors estejam licenciados e a pagar as taxas devidas.
O segundo caso é o estacionamento indevido na Av. Avelino Ferreira Torres (hoops, que custou a sair o nome desta avenida…). Já vem de há muito o hábito de estacionar junto ao separador central, em ambos os sentidos da via. A postura de trânsito impede-o, mas as autoridades, GNR e Polícia Municipal, fazem vista grossa, certamente por recomendação de alguém. Aquilo que pode parecer uma facilidade para os comerciantes, resulta absolutamente ao contrário. O desordenamento do trânsito e do estacionamento acaba por incomodar as pessoas, que preferem sitos mais desafogados. Como há estacionamento disponível não muito longe dali, confesso que não entendo a passividade das autoridades policiais e da Câmara Municipal.