Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Jun 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post

Há políticos que se evidenciam por pegarem em pequenos episódios do quotidiano e fazerem disso "grandes" factos políticos. Para esses actores qualquer tema serve desde que permita fazer algum show-off, seja um comunicado para a imprensa, uma notícia ou crónica de jornal, que logo se apaga na espuma dos dias. Se isso puder satisfazer os interesses de algum grupo de pressão tanto melhor. Já por aqui escrevi que Artur Melo, vereador e presidente da concelhia do PS/Marco, cai demasiadas vezes nesse pecadilho.

Na última edição do jornal "A Verdade", Artur Melo aproveita a onda de descontentamento da secção de futsal do FC Alpendorada com a Câmara Municipal e amplifica as queixas dos respectivos dirigentes num artigo de opinião. Melo considera que os 60.000 euros por ano que Câmara entrega ao FC Alpendorada não são suficientes para apoiar a competição e a formação do futsal naquele clube. O vereador socialista critica, nomeadamente, o facto da Câmara ter deixado de pagar 200 euros por mês para arrendar o espaço destinado para as escolas de formação. No limite, isso acaba por limitar a possibilidade de Artur Melo continuar a sentir a "felicidade desportiva" que o futsal lhe proporciona!

Não duvido que a Câmara concede alguns apoios de duvidoso retorno e que muitas actividades deveriam subsistir por si e não penduradas nos apoios da autarquia. Já o escrevi. Neste caso concreto, contudo, a Câmara não pode imiscuir-se na forma como os dirigentes do FC Alpendorada decidem distribuir os dinheiros pelas diferentes modalidades. Se a secção de futsal quer competir no escalão mais elevado a nível nacional terá de se preparar para isso e recolher os apoios necessários. Se a formação precisa de 200 euros por mês para dispor de instalações de treino, será assim tão difícil obtê-los? Melo diz que custava 1,74 euros/mês por cada jovem. Os pais das crianças não poderiam disponibilizar essa verba? Seria pedir demais?

Recordo-me do tempo em que, nos meus 17 ou 18 anos, jogava futebol de salão, sem clubes federados, e tínhamos de pagar inscrições nos torneios, custear as deslocações e suportar as despesas necessárias. Nessa altura ninguém se lembrava de pedir uns trocos à Câmara. Nem havia vereadores a fazer disso um cavalo de batalha...


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