Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
03
Jul 18
publicado por António Santana, às 00:31link do post | comentar

Porque não desafiar o statos quo e arriscar ? Porque não mostrar que temos ideias diferentes ainda que estejamos no mesmo caminho ? Por que não mostrar abertura mental para alterar ? Por que não dar novas ideias e soluções mesmo que signifiquem rupturas ? Por que motivo tenho que aceitar aquilo que a maioria entende como correcto? Eu quero mais e melhor e assim seguirei. Seguirei as minhas convicções as minhas ideias os meus projectos, a minha forma de ver a vida. Não quero mudar. Quero ser assim. Deixem-me passar porque a vida é um presente que não quero perder.


22
Abr 18
publicado por António Santana, às 13:21link do post | comentar

Ontem tive a oportunidade de estar numa discussão publica sobre coesão territorial, promovida por uma candidatura à distrital do Porto, do PSD. Como é um tema que tenho abordado muitas vezes em vários fóruns e que me motiva, não deixei de dar a minha opinião, que foi limitada, dado que até nem pensava intervir. Claro que não deixei de falar sobre os projectos estruturantes para o nosso concelho, como são a electrificação da linha do Douro e o IC35. Contudo, tanto como isso, o que me preocupa é o conceito de descentralização que pode estar em cima da mesa. Afinal o que é descentralizar ? A mim parece-me que o que está em cima da mesa não é a descentralização é, na minha opinião, a delegação de competências do estado central nas autarquias. Se for isto, para mim, não é descentralização. Abandona-se a regionalização, que para mim já não faz sentido, e avança-se para algo que não vai contribuir em nada para a coesão territorial. 

Contínuo a pensar que, em pleno século XXI, a actual gestão publica e administrativa deveria ser repensada. Vivemos a gestão publica e administrativa influenciada pelos movimentos reformistas de finais do século XIX e inícios do século XX, para além das operações "estéticas" que se foram promovendo à medida que vão envelhecendo. Vivemos num mundo onde as auto-estradas terrestres, de imagem e comunicação, nada têm a ver com essas épocas e continuamos, nos fundamentos, a seguir essas influencias, especialmente no que toca a território. Falam-me em descentralizar transferindo poderes para autarquias e comissões de coordenação. Será isto descentralizar ? Eu penso que não. Descentralizar passará por levar para  as zonas menos desenvolvidas centros de decisão. Instituições, secretariados, universidades e empresas devem ser movidas para essas áreas, para aí fixarem as pessoas. Darem oportunidades a que sejam as pessoas a dizerem o que esperam e o que querem. Criar diferenciação positiva equilibrando o território e motivando as pessoas a saírem dos grandes centros urbanos. O equilíbrio ecológico passa também por aí. A qualidade de vida será maior quanto maior for o equilíbrio territorial. Como exemplo do que não quero ouvir é alguém afirmar que devemos proteger as paisagens do interior do território, dando como exemplo que o IC 35 pode não ser um bom investimento, porque pode ferir a paisagem e o ambiente. Na minha opinião o IC 35 é necessário e urgente, pelo que significa para o nosso baixo concelho a nível empresarial e, até, pela segurança para os cidadãos que percorrem as actuais estradas dessa zona. Gostaria de ver essa preocupação alargada à zona metropolitana e envolvente do Porto, designadamente aos terrenos agrícolas da Maia, Póvoa, Vila do Conde e Valongo, terrenos de excelência agrícola, constantemente ocupados por espaços urbanísticos de discutível qualidade e equilíbrio ecológico. O interior do País não pode ser visto como o local ideal para os cidadãos dos grandes centros urbanos poderem gozar os fins de semana nas férias, visitas gastronómicas, desportivas e ambientais, esquecendo que os que aí vivem também têm direito à educação, saúde, justiça, bem estar e desenvolvimento económico, para além do desenvolvimento pessoal. 

Descentralizar tem que ser a oportunidade de, de acordo com as novas auto-estradas de comunicação e informação, levar as pessoas a darem o seu contributo para um futuro pensado com equilíbrios de desenvolvimento social e territorial, devidamente estruturado e ajustado ao século XXI, visando projectar o futuro de acordo com as expectativas das novas gerações e da revolução económica e social que nos espera.


13
Jan 18
publicado por António Santana, às 23:50link do post | comentar

Hoje Rui Rio ganhou a liderança do Partido Português com mais deputados, nesta data, na Assembleia da República. Para mim era e é o homem ideal para recolocar o PSD no caminho de regresso à liderança do País. Portugal tem oscilado entre a liderança do PS e do PSD onde, regra geral,um reforma e poupa e o outro gasta e desperdiça. Desde o 25 de Abril de 1974 que não se conseguiu uma linha de governação estratégica que fosse capaz de ter continuidade,fosse qual fosse o Partido que liderasse o País. Há linhas de convergência que devem ser estabelecidas e os chamados pactos de regime são, mais do que necessários, uma obrigação dos Partidos que podem aceder ao poder. O nosso país tem que ser pragmático, decidido, convicto e firme nos desafios que quiser seguir. Ainda temos muitos jovens em quem podemos apostar. Ainda temos tempo de investir nas novas tecnologias e nos serviços do futuro. Ainda temos tempo de inovar e diferenciar. Um País como Portugal tem que ser inovador, criativo, diferente. Acredito que Rui Rio tem as qualidades que nos podem fazer sair da rotina política de pensar a curto prazo. Acredito que Rui Rio tem a visão que fará a diferença para fazer de Portugal um País do futuro e com futuro. Acredito que Rui Rio está livre das amarras dos "compromissos" dos amigos do Partido e que, por isso mesmo, trará uma lufada de ar fresco que seja capaz de retirar o "mofo" a que cheira o PSD. 


28
Fev 17
publicado por António Santana, às 20:40link do post | comentar

A propósito do texto que hoje saíu no JN sobre as Freguesias e o ordenamento do território, deixo aqui o documento que enviei para a entidade que solicitou a opinião dos Presidentes de Junta a 22 de Agosto de 2016. Contínuo a pensar que a reorganização administrativa devería ter ido muito mais além e pensada de acordo com as novas estruturas de comunicação e meios actualmente existentes. Em pleno século XXI teremos que ter uma forma de ver muito diferente das que levaram á organização administrativa de finais do século XIX. Com toda a sinceridade, acham que quem fez as divisões administrativas do século XIX as faria agora da mesma forma ? eu acredito que teriam intelegência e sagacidade para perceberem que hoje estamos todos muito mais próximos. Basta um click para estarmos em contacto uns com os outros. As distâncias de antes não existem agora.

"CONTRIBUTO SOBRE A DESCENTRALIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Não há dúvida que a lei 75/2013 de 12 de Setembro deixou demasiadas pontas abertas e soltas que causam dificuldades da definição das verdaeiras áreas de intervenção das freguesias. Se o objectivo desta lei foi dotar as freguesias de mais competências e capacidades, tal não foi conseguido ao deixar em aberto parte das competências e colocar na mão das Câmaras Municipais a capacidade de elaborar os acordos de execução e Contratos Interadministrativos. O documento é propício ao desentendimento entre Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia. O interesse económico das Câmaras Municipais sobrepôs-se em muitas situações e passaram para as Juntas de Freguesia competências que exigem mais trabalho mas não lhe entregaram o valor e meios suficientes, e que até gastavam, para que essas possam exercer essas competências com dignidade.
Entendo que ao atribuir as competências o Governo do País não pode colocar nas mãos dos Presidentes de Câmara a negociação dos valores a atribuir pelas competências delegadas. Há uma desigualde de posição negocial que favorece as Câmaras Municipais e prejudica fortemente as Juntas de Freguesia. No nosso caso os valores transferidos para os acordos de execução são claramente inferiores aos necessários para o desempenho do trabalho transferido e de nada valeu a nossa argumentação e contestação. Existem áreas que merecem uma reflexão profunda. Cito o exemplo da limpeza de vias e espaços públicos, sargetas e sumidouros. Como é sabido as Câmaras Municipais contratam empresas privadas para a recolha de lixo, limpeza das vias públicas e espaços públicos. No caso concreto da Freguesia a que presido existe um contrato que tem um valor mensal de 200.000,00 € para limpeza das zonas urbanas do concelho e recolha de lixo. Trata-se de uma competência que só por si fará subir o orçamento das Freguesias urbanas acima do milhão de euros o que obrigará de imediato as Freguesias as terem escrita organizado e um técnico oficial de contas, o que implica, também, recursos humanos mais preparados na área administrativa.
Outra área extremamente sensível é a da gestão e manutenção dos espaços verdes. Nesta área deixar para as Freguesias os espaços verdes que incluem os jardins, relvados, árvores, podas, etc. representa um valor elevado para as freguesias, especialmente naquelas que são mais urbanas. No minimo as Freguesias teriam que se dotar de meios materiais e humanos em grande número. Parece-me claro que aqui se retiraria grande parte da carga do pessoal de campo às Câmaras Municipais e se carregariam as Juntas de Freguesia com custos também mais elevados. Mais uma vez seria necessário recurso à contratação pública de pessoal ou transferência do mesmo das Câmaras Municipais para as Juntas de Freguesia. Todos sabemos que a maioria dos funcionários das Câmaras Municipais não gostam desta situação e, se em Lisboa até tal se fez, será este também um foco de conflito que se vai transferir para as Juntas de Freguesia. Aliás, todas as tarefas que estão elencadas na proposta que está em apreciação significam que se vai alterar e muito o estatuto das Freguesias.
No meu entender, e no caso da Freguesia a que presido, passará a ter grande parte do papel que a Câmara Municipal desempenha agora, esvaziando esta de trabalho operacional . Significa que se passa por lei o trabalho para as Juntas de Freguesia e a respectiva parte financeira será a que saír do orçamento do Municipio. Chegados aqui, é importante saber quem e como se decide o valor a transferir. Se a vontade das Freguesias for a de aceitar esta proposta em discussão, parece-me evidente que terá que ser feito um estudo dos valores a transferir, de como serão transferidos e por quem. Deixar a capacidade às Câmaras Municipais de transferirem os valores que entendam suficientes, é criar graves problemas às freguesias e respectivos executivos. Por outro lado, numa Freguesia como a do Marco, entregar todas as competências descritas no documento signica uma remodelação completa de quadros, meios humanos e materiais, o que significa a criação de uma mini-câmara municipal.
Este documento merece uma reflexão muito mais profunda e que deveria conduzir a uma avaliação da necessidade de dotar as Juntas de Freguesia destas competências ou se, pelo contrário, não deveriam ser menos as competências, mas mais claras. Da minha parte quer-me parecer que se está a avançar pelo caminho errado de aumentar autarquias pois, muitas Juntas de Freguesia, principalmente das zonas mais urbanas, passarão a ser câmaras municipais em menor dimensão mas com uma componente de recursos humanos muito elevada o que obrigará a rever na totalidade o estatuto das Juntas de Freguesia.
No mundo actual onde as tecnologias ganham cada vez mais relevância, parece-me que o papel das lojas do cidadão e espaços do cidadão deveriam ganhar mais relevância e seria essencial repensar se não existem demasiadas Câmaras Municipais, até porque as acessibilidades no país alteraram e muito a proximidade das populações. Quer-me parecer que, com esta direção se vai aumentar a despesa na gestão do território, sem grandes benefícios para as populações. Na minha opinião este documento pode levar a caminhos demasiado duros para as Juntas de Freguesia, nos conceitos em que as conhecemos, especialmente para aquelas que convivem com a parte urbana dos pequenos e médios municipios nacionais.
Caso este documento venha a ser a base do futuro das Juntas de Freguesia é necessário que as receitas sejam devidamente pensadas, que os recursos humanos sejam devidamente avaliados e que as possibilidades de contratação de meios e pessoas sejam alterados tornando-os mais ágeis e flexíveis. As Juntas de Freguesia, na sua larga maioria, não possuem conhecimento suficiente para abarcar as responsabilidades que as competências propostas representam e não me parece que o possam fazer sem que haja uma alteração profunda ao estatuto das freguesias. Também não me parece adequado avançar por outra possibilidade, que seria a de classificar as Freguesias por estatutos diferentes ( urbanas, semi-urbanas ou rurais ) por forma a dotá-las de competências diferentes. No meu entender será mais ajustado, nesta situação, deixar a possibilidade de transferência de competências à própria Câmara Municipal, mediante acordo com as Juntas de Freguesia, mas sem a obrigação destas aceitarem essas delegações ou contratos. Neste caso o diálogo e entendimento deve ser previligiado assim como mudar a mentalidade para a busca de consensos e não imposição de força. Parece-me que o exemplo de Lisboa deve ser seguido mas deixando em aberto a possibilidade de entendimento e negociação entre as Juntas de Freguesia e as Câmaras Municipais, sem que haja obrigatoriedade de uma passar à outra determinadas competências. Descentralizar aqui, poderia ser deixar que sejam as Câmaras e as Juntas de Freguesia a decidir o que pode e não pode ser transferido e que as mesmas façam os acordos que entendam sejam os mais adequados ás necessidades das populações. Esta minha afirmação parece um paradoxo, quando comparadas as primeiras linhas deste texto, mas não o é. Uma coisa é fazer negociações sem pressões, estabelecer diálogo e obter consensos e outra é fazer acordos porque a lei a isso obriga, como foi feito com al lei 75/2013 de 12 de Setembro. Na minha modesta opinião, a descentralização não deve ser ditada pelo poder central mas sim conquistada pelos poderes locais, demonstrando que são capazes de o fazer em diálogo e pelo conhecimento que têm uns dos outros. Se ninguém conhece melhor as populações do que as Juntas de Freguesia, ninguém conhece melhor as Juntas de Freguesia do que as Câmaras Municipais.
Para memória futura, quero deixar claro que me parece que seguir este documento de forma mais ou menos rígida será aumentar a despesa nacional, tanto a curto como a médio e longo prazo, sem que signifique melhores condições e serviços para os nossos cidadãos.
Freguesia do Marco, Marco de Canaveses, 22 de Agosto de 2016
António Santana
Presidente da Junta de Freguesia do Marco


10
Nov 16
publicado por António Santana, às 00:47link do post | comentar

Já aqui tenho escrito sobre as questões de domínio dos mais fortes sobre os mais fracos, sejam em Países ou economias, e das consequências que estas atitudes causam nas sociedades. A Eleição de Trump é a consequência do domínio de uma globalização desenfreada que procura um lucro rápido e está a esquecer valores essenciais para a vida em sociedade, onde o equilíbrio social é fundamental. Por outro lado, quando as finanças se sobrepõem à política e os políticos deixam, e até querem, que isso aconteça. não se podem esperar outras situações que não sejam as radicalizações e as consequências que a história nos relata. Neste momento existem muitos motivos para reflectir, existem motivos de preocupação, mas mais do que isso, existe uma oportunidade daqueles que querem um progresso social equilibrado aproveitarem esta para porem em causa o desenfreado crescimento do domínio da globalização sem regras e pensarem um mundo diferente, para melhor, que permita viver em segurança, paz e progresso. Repensar os modelos políticos e económicos é o novo desafio que se coloca aos"homens bons" do nosso planeta,


05
Nov 16
publicado por António Santana, às 21:22link do post | comentar

Creio que os Marcoenses estão curiosos em relação às autárquicas de 2017. Quem será o primeiro a dar o passo ? Será algum Movimento Independente? será o PS? será o PSD ? será o CDS ? ou será que estão à espera que o Pai Natal lhes traga novas prendas ? Veremos.


04
Nov 16
publicado por António Santana, às 22:55link do post | comentar

Faltam 11 meses para terminar este mandato autárquico. Sobre o que já foi feito na nova Freguesia do Marco, darei conta mais tarde. Gostava de vos dizer o que entendo que é necessário fazer, na Freguesia, não no concelho, pois isso seria uma discussão muito mais alargada. Contudo, a Freguesia do Marco é uma entidade que tem que ser a locomotiva do concelho, com uma outra que também o deve ser que é a de Alpendorada, Vàrzea e Torrão. Por isso entendo que a Freguesia do Marco tem que assentar o seu desenvolvimento na educação, dotando o espaço geográfico de jardins de infância, escolas básicas e secundárias que permitam o desenvolvimento do primeiro pilar essencial para o crescimento social e económico. Por isso, é importante terminar o que já foi feito, dotando os equipamentos construídos de meios e recursos capazes de permitirem alcançar esse objectivo.

Na economia,a diferenciação será essencial e, para isso, a exploração do Rio Tâmega tem que ser reforçada. Induzir os empresários a investirem em infra-estruturas que permitam a atração de turistas e modalidades de rio é fundamental. Notamos que o primeiro hostel já está em movimento, o que muito me satisfaz, mas cabe agora ao Municipio avançar com a construção do segundo hostel, que deve ser na antiga sede da Junta de Freguesia de S. Nicolau. A promessa do actual executivo da Câmara Municipal está em cima da mesa. Também o avanço da modernização da zona industrial é primordial. Já estamos a avançar no aliviar da pressão rodoviária a que estava sujeita a zona industrial de Tuías, ao construír a nova acessibilidade. Trabalho de bastidores da Junta de Freguesia e de ação da Câmara Municipal. É também essencial a descompressão para o outro lado da Rua FC Porto, por forma a ligar a Rua de Maria Gil a Valdecidos, tornando mais fácil o alargar da área industrial para esses lados. Esperemos que o projecto de requalificação da zona industrial vá em frente e que o Grupo Sonae continue a apostar nessa área. Este Grupo pode desempenhar um papel decisivo na modernização dessa área e em muitos outros projetos que o Engº Belmiro de Azevedo tem em mente e que me tem comunicado. Que bom seria que alguns fossem implementados. Digo-vos que seria uma evolução fantástica para o concelho e para a região. Espero que se venham a tornar realidade.

Na área desportiva dotar a AR Tuías de um campo com piso sintético, assim como criar um campo polidesportivo em Rio de Galinhas com parque de estacionamento, parque ambiental e pedagógico e um centro de BTT no Freixo, seria importante para melhorar a oferta actual. Tudo isto ficaria muito mais completo e atrativo se a pista de pesca desportiva a avançar no Rio Ovelha fosse real, tal como a criação de uma praia fluvial na Pontinha, desde que a qualidade das águas o permitam. Mas se estas não o permitirem, existem soluções alternativas capazes de serem tão eficientes como a praia. Não se pode desperdiçar a chegada da electrificação da linha do Douro. Há uma nova centralidade a ter em conta.

Por falar em centralidade, sabemos que está muito próximo um acordo, para o qual temos trabalhado, para que no Marco exista um parque da cidade como uma cidade do século XXI tem que ter. Falta muito pouco para que o acordo se faça e tenhamos um lugar digno e lindissimo que motivará gentes a fixarem-se na cidade. Isto terá, também, um impacto positivo no comércio e na restauração local.

Na área social ainda há muito para fazer. Trabalhar em conjunto com as isntituições criadas pode ajudar. Nós temos apoiado, com maior relevância a Associação Alegria de Crescer, mas outras instituições têm merecido o nosso apoio, bem como alguns cidadãos onde a evidência das necessidades é efectiva. Trabalhar em conjunto com a Santa Casa da Misericórdia para apoios aos mais necessitados e acamados também é um objectivo conseguido e que seguirá em frente. Apostamos nos centros de dia, mas não descuramos a hipótese dos centros de noite, em que estamos a trabalhar.

Na área cultural, e por hoje fico-me por aqui, a nossa aposta nos Mercados Romanos e Medieval, estão mais do que ganhas e, cada uma na sua identidade, demonstram que existe potencial para atraír atenções e desenvolvimento. Temos trabalhado a área religiosa apoiando as paróquias nos seus espaços e apostando nos seus monumentos. Neste particular,a Igreja de Santa Maria de Fornos, numa dimensão diferente das restantes, como S.Nicolau ou Tongóbriga, tem merecido a nossa máxima atenção. Acreditamos que o projecto em que trabalhamos com várias instituições e que permitiria terminar o complexo paroquial de Fornos, nos levaria a uma outra dimensão e tornar o Marco como uma referência a visitar não só por Portugueses, como turistas e arquitectos do mundo inteiro, fossem os que chegam ao Norte por avião, ou através dos barcos que circulam pelo Douro.

Termino aqui, hoje, este texto, prometendo que voltarei ao assunto, até porque falta pouco para terminar este mandato.


08
Mai 16
publicado por António Santana, às 20:11link do post | comentar

Desde o inicio que sou critico do reordenamento administrativo e das leis que se criaram para o gerir. De facto, o reordenamento administrativo que visou diminuir o número de autarquias, deveria ter sido aproveitado para ir muito mais longe. Era importante analisar o número de Câmaras Municipais e saber da sua eficiciência e capacidade de serem motor de desenvolvimento local, o que teria que levar a uma discussão profunda sobre as suas competências e disponibilização de meios para tal, assim como os modos de financiamento. Também era importante definir qual o papel das Juntas de Freguesia, que em 2016 fazem 100 anos de existência, o que deveria merecer atenção da Anafre, competências e capacidades, tal como os meios financeiros para tal.

Nada disto aconteceu. O que se fez foi uma lei apressada, confusa e muito pouco motivadora para as uniões feitas. Deveria existir uma discussão alargada capaz de verificar se os limites geográficos definidos no final do século XIX são os adequados ou não e se a agregação deveria ser feita unindo esses espaços ou se seriam necessários outros critérios. Aconteceu também que a Lei 75-2013 atribui ás Juntas de Freguesia praticamente as mesmas competências das Câmaras Municipais, mas não lhe distribuíu as tão propoladas " mochilas financeiras", o que seria muito dificil de cumprir pois teriamos dois órgãos administrativos a actuar com os mesmos poderes numa mesma área. O que aconteceu é que se actuou sobre o elo mais fraco, que são as freguesias e não houve coragem para se actuar sobre as Câmaras Municipais. A lei 75 conduziu aos contratos interadministrativos e à delegação de trabalhos nas Juntas de Freguesia por parte das Câmaras Municipais , mas com uma "imposição" das condições por parte destas sobre as outras. Seguramente algumas Câmaras Municipais foram mais generosas, mas isso é fruto de uma lei que não deveria sujeitar ninguém á generosidade dos outros. Há de facto muito a fazer nesta área.

Entendo que é importante voltar ao tema, mas não para voltar atrás, voltar ao tema com consciência de que as acessibilidades e desenvolvimentos locais são muito diferentes dos que existiam no século XIX e de que as necessidades das populações são muito diferentes das da época. Entendo que se devem encontrar novas formas de gerir o território e ser capaz de o desenvolver, descentralizando, há que ter mente aberta para inovar e dar um salto qualitativo no reordenamento territorial.

 


14
Mar 16
publicado por António Santana, às 23:23link do post | comentar

As terras do interior deste país debatem-se com muitas dificuldades. Cada vez mais a capacidade de atração do litoral excerce a sua força e o interior vais desertificando. Verdade seja dita, nada ou pouco tem sido feito a nível de entidades decisoras para melhorar a situação, bem pelo contrário. Mesmo assim, ninguém está condenado ao insucesso, desde que não se acomode. Tal como dizia um conhecido fisico, ninguém pode esperar algo diferente quando faz o que sempre fez. É por isso importante fazer diferente, identificar essas diferenças e potenciá-las. Na diferenciação está a possibilidade de despertar curiosidade e atraír atenções.


publicado por António Santana, às 23:13link do post | comentar

Nesta estranha Europa a 28 já não pode surpreender o que se passa na Alemanha, Espanha, Grécia, Portugal, Inglaterra ou qualquer outro estado. A verdade é que não existe uma politica económica comum, uma fiscalidade comum, uma visão de desenvolvimeno comum, uma estratégia comum. O que existe é uma ideia comum ; todos queremos ter boas oportunidades de negócios e crescer. O problema é que esta ideia comum esbarra nos interesses individuais e enquanto não apareça uma liderança capaz de se distanciar das lógicas ancestrais dos interesses individuais, será improvável fazer da Europa o motor do mundo. Pelo menos de um mundo que ser pretende solidário e onde o ser humano seja o centro das politicas. O que vemos hoje está muito longe de ser isso. Acredito que a Europa pode ser um palco de desenvolvimento a nível social e económico, mas para isso é preciso definir um rumo, coisa que, pelo que vejo, não existe.


06
Mar 16
publicado por António Santana, às 22:22link do post | comentar

Como já todos sabem sou Portista e gosto de Futebol. Do que não gosto é de ver aquilo em que se está a transformar o FC Porto. As evidências de que os negócios são mais importantes do que o que significa Desporto com ambição de ser Campeão.  Não entendo, nem quero entender, como é possível que o FC Porto tenha chegado a este ponto. Já noutros fóruns referi que Pinto da Costa corre o risco de saír pela porta pequena do clube que tornou como o mais forte de Portugal. O problema é que, como tudo na vida, é necessário saber quando se tem que abandonar o palco e esse é o segedo dos grandes líderes. Este ano está a ser horrível para Pinto da Costa e para os Portistas, por isso acho que este era o momento de saír e não de continuar. Quase me atrevo a dizer que vamos ter mais três anos de penúria e de desastre. Quero estar errado.


04
Mar 16
publicado por António Santana, às 23:12link do post | comentar

Nos últimos dias tenho passado parte das minhas noites a ler actas. São actas da Junta da Paróquia de Tuías desde 1896 e da Junta de Freguesia de Tuías de 1916  até 2013. Fui procurar identidades e posses, porque queria saber se aquilo que me diziam correspondia aos documentos escritos. Verfiquei que poucos, ou nenhuns, teriam lido tais livros, autênticas reliquias que são testemunhos daquilo que foi e é o nosso povo e a sua evolução ao longo de muitos anos. Fui surpreendido por muita coisa e descobri outras tantas. Houve evolução, mas continuam os mesmos defeitos e parece que andamos ás voltas dos mesmos temas sem conseguir seguir em frente. Engraçado ler as actas do meu avô, Presidente de Junta de Freguesia de 1934 a 1954, com um interregno pelo meio de cerca de 6 anos, e ver que algumas das questões que ele colocava nessa altura, também eu as coloco agora. Ler documentos que falam da presença de Adriano José Carvalho e Melo, nas reuniões da Junta Paroquial, é algo fabuloso. Li também actas assinadas por dois Presidentes de Junta de Freguesia de Tuías que foram meus professores como o Professor Carlos da Silva Andrade e da Professora Dª Maria Amália Martins. As actas escritas pela Professora Maria Amália Martins são deliciosas. Para além de retratarem o que seguramente se discutia nas reuniões de excutivo da sua época, são textos com pormenores que diferenciam quem faz as coisas por prazer e convicção, dos que apenas fazem por profissão ou porque sim. Quero aqui prestar uma homenagem àqueles que se dedicaram e dedicam à causa pública por prazer e paixão, e porque não, ao meu avô, aos meus tios, e ao meu pai que também fizeram parte da Junta de Freguesia de Tuías, e que neles tropecei ao ler estes documentos.

Ao retomar este espaço, deixo uma homenagem também ao Coutinho Ribeiro, que também se envolveu na coisa pública e muito contribuíu para longas discussões que sempre tiveram como objectivo o bem comum. Fazem falta homens com ideias e convicções que nos despertem para caminhos mais seguros e menos movediços. Que tal se os começasse a procura para me acompanharem neste desafio de reactivar este espaço ?

 


20
Jun 13
publicado por António Santana, às 21:22link do post | comentar

A notícia da requalificação da Escola Secundária do Marco de Canaveses foi uma das boas notícias que realcei neste blogue. Era, na altura, presidente da Associação de Pais dessa escola, e fiquei realmente satisfeito porque de facto a escola, onde estudei, merecia efectivamente uma intervenção profunda e uma adaptação à nova era tecnológica. Acompanhei os primeiros passos e estive nalgumas das reuniões preparatórias do inicio das obras. As expectativas eram enormes, não só pelos projectos apresentados, como pelo impacto positivo que as novas valências propostas trariam aos jovens deste concelho. Acabei o meu mandato na Associação de Pais satisfeito por haver trabalhado na nova forma de gestão escolar, no seu conselho geral, como pelo facto de verificar que as obras iam avançar e uma nova escola iria nascer. Foi, por isso, uma profunda decepção verificar que as obras avançaram mas não terminaram, estão a meio. As ondas da paragem das obras são fortes e a indignação tem todo o sentido. Muitos se têm envolvido em pressionar o poder para que as obras avancem e já circulou uma petição que reuniu mais de 6150 assinaturas exigindo a continuidade das mesmas. Os responsáveis pelo município têm estado na linha da frente da contestação e a Associação de Pais também, para além de outras instituições politicas e sociais. É, por isso, importante que todos nos unamos neste objectivo e não deixemos que o Marco seja, mais uma vez, prejudicado.


publicado por António Santana, às 20:42link do post | comentar

Nos últimos tempos ouvi a vários comentadores e outras personagens comentários referindo direitos excessivos dos cidadãos dos países em dificuldades financeiras. Estes são comentários e observações que merecem uma reflexão profunda. Eu não aceito uma opinião deste tipo de ânimo leve. Manifesto uma clara oposição àqueles que defendem uma diminuição de direitos  para resolver questões económicas e financeiras. Ao longo dos séculos a evolução humana refletiu-se numa melhor educação, numa evolução dos serviços de saúde e num bem estar geral. Muitos foram aqueles que se sacrificaram para que a dignidade humana se fosse reforçando. São muitos os exemplos daqueles que se sacrificaram para que hoje esses direitos existam.O ser humano desenvolveu meios que lhe proporcionaram a evolução distanciando-se dos primatas e tornando-se dominador no planeta. Entre muitos meios criados, a moeda foi uma invenção importante que facilitou a troca de bens e pagamento de serviços. E assim foi cumprindo o seu papel ao longo de séculos. Hoje verificamos que a moeda já não é apenas metal mas também se caracteriza por outras apresentações que podem ser reais ou virtuais. É nesta nova realidade que nos movemos e onde os novos valores financeiros se impõem. A moeda e a finança só têm sentido quando colocadas ao serviço do HOMEM. Não devemos deixar que os humanos sejam postos ao serviço da moeda e da finança. E isto não tem nada a ver com ser de esquerda ou de direita. Tem a ver com a colocação dos valores humanos nos devidos lugares. Os direitos nunca serão excessivos quando o objectivo seja um ser humano mais solidário, mais respeitador do seu próximo e do seu planeta, mais capaz de partilhar e deixar aos jovens um mundo melhor e proporcionar aos mais idosos um adeus digno. Não me falem de direitos excessivos, falem-me, isso sim, de desvios nos objectivos humanos.


10
Jun 13
publicado por António Santana, às 22:29link do post | comentar

No passado dia 09 de Junho realizou-se no Estádio Municipal do Marco de Canaveses a final da Taça da LIMFA ( Liga Marcoense de Futebol Amador ) em futebol de onze, entre as  equipas de Paredes de Viadores e Carvalhosa.Com uma assistência digna de um bom jogo, muitos estádios na primeira liga por vezes não têm tanta gente, acabou por ganhar a equipa de Paredes de Viadores no desempate por grandes penalidades, depois de um empate a zero durante os 90 minutos. O jogo foi bem disputado e as equipas, assim como o público, dignificaram o evento. Parabéns a ambas equipas e á Limfa.


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