Faltam 11 meses para terminar este mandato autárquico. Sobre o que já foi feito na nova Freguesia do Marco, darei conta mais tarde. Gostava de vos dizer o que entendo que é necessário fazer, na Freguesia, não no concelho, pois isso seria uma discussão muito mais alargada. Contudo, a Freguesia do Marco é uma entidade que tem que ser a locomotiva do concelho, com uma outra que também o deve ser que é a de Alpendorada, Vàrzea e Torrão. Por isso entendo que a Freguesia do Marco tem que assentar o seu desenvolvimento na educação, dotando o espaço geográfico de jardins de infância, escolas básicas e secundárias que permitam o desenvolvimento do primeiro pilar essencial para o crescimento social e económico. Por isso, é importante terminar o que já foi feito, dotando os equipamentos construídos de meios e recursos capazes de permitirem alcançar esse objectivo.
Na economia,a diferenciação será essencial e, para isso, a exploração do Rio Tâmega tem que ser reforçada. Induzir os empresários a investirem em infra-estruturas que permitam a atração de turistas e modalidades de rio é fundamental. Notamos que o primeiro hostel já está em movimento, o que muito me satisfaz, mas cabe agora ao Municipio avançar com a construção do segundo hostel, que deve ser na antiga sede da Junta de Freguesia de S. Nicolau. A promessa do actual executivo da Câmara Municipal está em cima da mesa. Também o avanço da modernização da zona industrial é primordial. Já estamos a avançar no aliviar da pressão rodoviária a que estava sujeita a zona industrial de Tuías, ao construír a nova acessibilidade. Trabalho de bastidores da Junta de Freguesia e de ação da Câmara Municipal. É também essencial a descompressão para o outro lado da Rua FC Porto, por forma a ligar a Rua de Maria Gil a Valdecidos, tornando mais fácil o alargar da área industrial para esses lados. Esperemos que o projecto de requalificação da zona industrial vá em frente e que o Grupo Sonae continue a apostar nessa área. Este Grupo pode desempenhar um papel decisivo na modernização dessa área e em muitos outros projetos que o Engº Belmiro de Azevedo tem em mente e que me tem comunicado. Que bom seria que alguns fossem implementados. Digo-vos que seria uma evolução fantástica para o concelho e para a região. Espero que se venham a tornar realidade.
Na área desportiva dotar a AR Tuías de um campo com piso sintético, assim como criar um campo polidesportivo em Rio de Galinhas com parque de estacionamento, parque ambiental e pedagógico e um centro de BTT no Freixo, seria importante para melhorar a oferta actual. Tudo isto ficaria muito mais completo e atrativo se a pista de pesca desportiva a avançar no Rio Ovelha fosse real, tal como a criação de uma praia fluvial na Pontinha, desde que a qualidade das águas o permitam. Mas se estas não o permitirem, existem soluções alternativas capazes de serem tão eficientes como a praia. Não se pode desperdiçar a chegada da electrificação da linha do Douro. Há uma nova centralidade a ter em conta.
Por falar em centralidade, sabemos que está muito próximo um acordo, para o qual temos trabalhado, para que no Marco exista um parque da cidade como uma cidade do século XXI tem que ter. Falta muito pouco para que o acordo se faça e tenhamos um lugar digno e lindissimo que motivará gentes a fixarem-se na cidade. Isto terá, também, um impacto positivo no comércio e na restauração local.
Na área social ainda há muito para fazer. Trabalhar em conjunto com as isntituições criadas pode ajudar. Nós temos apoiado, com maior relevância a Associação Alegria de Crescer, mas outras instituições têm merecido o nosso apoio, bem como alguns cidadãos onde a evidência das necessidades é efectiva. Trabalhar em conjunto com a Santa Casa da Misericórdia para apoios aos mais necessitados e acamados também é um objectivo conseguido e que seguirá em frente. Apostamos nos centros de dia, mas não descuramos a hipótese dos centros de noite, em que estamos a trabalhar.
Na área cultural, e por hoje fico-me por aqui, a nossa aposta nos Mercados Romanos e Medieval, estão mais do que ganhas e, cada uma na sua identidade, demonstram que existe potencial para atraír atenções e desenvolvimento. Temos trabalhado a área religiosa apoiando as paróquias nos seus espaços e apostando nos seus monumentos. Neste particular,a Igreja de Santa Maria de Fornos, numa dimensão diferente das restantes, como S.Nicolau ou Tongóbriga, tem merecido a nossa máxima atenção. Acreditamos que o projecto em que trabalhamos com várias instituições e que permitiria terminar o complexo paroquial de Fornos, nos levaria a uma outra dimensão e tornar o Marco como uma referência a visitar não só por Portugueses, como turistas e arquitectos do mundo inteiro, fossem os que chegam ao Norte por avião, ou através dos barcos que circulam pelo Douro.
Termino aqui, hoje, este texto, prometendo que voltarei ao assunto, até porque falta pouco para terminar este mandato.