Sobre a reposta que Norberto Soares - sim, o post está assinado por ele - no seu blogue, quanto à minha previsão de que as eleições no Marco serão bipolarizadas entre Manuel Moreira e Avelino Ferreira Torres, acusa-me o leitor Telmo Ferraz de eu estar a laborar em confusão. Não estou. Confuso está o leitor.
Desde logo, porque em lado algum eu "arrumo" três candidatos. O que afirmei - e afirmo - é que só há dois com reais hipóteses de ganhar. E que, criada essa expectativa no eleitorado, haverá tendência para o voto útil em cada um deles. É apenas isso. Sem que tenha querido dizer, sequer, que as pessoas não devem votar nos candidatos da sua preferência, mesmo quando o que está em causa é optar entre o que há e o que houve num passado próximo.
É claro que eu respeito a opinião de quem pensa o contrário. E sobre essa questão, julgo que não tenho provas a dar.
O que me pareceu mal na resposta de NS foi o de ter pretendido bater, não na minha opinião, mas, sim, na pessoa de quem dá opinião, aludindo a lanches com AFT - foi só um cafezinho - e com MM - foram dois jantares, tudo em sítios públicos e com notícia dada. Por mim. Com autorização dos próprios.
Quanto ao mais, acredite que não me preocupa nada que haja candidatos que querem saber a minha opinião e outros que não querem. Se soubesse o tempo que eu perco... Além de que nunca sou eu que procuro as pessoas para dar a minha opinião. Estranho, contudo, que NS venha dizer que é dos que não querem ouvir a minha opinião. Estranho e é por isso que opto por não responder a NS, não vá dar-me para lhe recordar algumas coisas.
Confesso, por outro lado, que me espanta que se me impute qualquer tipo de animosidade contra NS. Será animosidade dizer o que se pensa?
Inexplicável é NS ter sentido necessidade de vir responder-me nos termos em que o fez. Alguém deveria explicar-lhe que um candidato autárquico comete um erro tremendo quando se atira aos comentadores de política local. Imagine-se o que seria o primeiro-ministro andar a protestar contras os colunistas de política nacional...
Por fim: quando fui candidato à Câmara, quem me dera que já houvesse blogues e ferramentas afins. Teria sido muito divertido. E muito útil. Porque eu saberia usá-las.