Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Jul 09
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

Nos últimos dias assistimos a um recrudescer de críticas agudas nos blogues marcoenses, sobretudo da parte de apoiantes de Norberto Soares (Ind.) e Artur Melo (PS), em resposta à previsão de Coutinho Ribeiro de que as próximas eleições seriam bipolarizadas entre Manuel Moreira (PSD) e Ferreira Torres (Ind.).

Refira-se, em primeiro lugar, que a opinião de Coutinho Ribeiro veicula aquilo que o próprio pensa a partir das análises que terá feito. Ou seja, é a voz de alguém experiente que já viveu muitas campanhas eleitorais, como actor principal ou secundário. Coutinho Ribeiro, nos seus tempos de militância no CDS nos anos 80, foi candidato à presidência da Associação Académica de Coimbra, esteve nas primeiras campanhas de Ferreira Torres e foi  candidato ao Parlamento Europeu com Lucas Pires. Militante do PSD desde meados dos anos 90, participou em várias lutas partidárias ao lado de Luís Filipe Menezes, que assessorou no Governo, e foi candidato à presidência da Câmara de Marco de Canaveses em 2001. Ou seja, ganhou e perdeu eleições e certamente aprendeu com tudo isso.

Diga-se também que não é difícil encontrar marcoenses com a sua opinião. Eu próprio tenho ouvido muitas pessoas, de todos os quadrantes, que avançam as mesmas previsões. Se tivéssemos sondagens fiáveis e públicas poderíamos confirmar esses dados. Assim, teremos de esperar pelo desenrolar da campanha para tirarmos as conclusões. 

O que aconselharia, de todo o modo, aos apoiantes dos diferentes candidatos é que não vejam os projectos políticos e partidários com o "clubismo" próprio do futebol, em que o nosso clube, fundado na emoção com que o vivemos, é sempre o melhor e como tal não admite discussão. A política exige reflexão, análise e distanciamento para sermos capazes de avaliar convenientemente todos os dados e encontrar a melhor forma de apoiarmos assertivamente os candidatos que seguimos. Com mais razão do que emoção e sem fanatismos, porque de outro modo não conseguimos ver para além das bandeiras e dos slogans que animam as hostes.

 

 

A propósito, por que razão não se associam a Rádio Marcoense, o jornal "A Verdade" e o "Marão online" para fazerem uma sondagem credível sobre as eleições em Marco de Canaveses?


O direito à opinião nunca esteve nem estará em causa. O que procurei relevar foi a experiência de Coutinho Ribeiro, que lhe terá permitido analisar a realidade marcoense sob um determinado prisma. O Tony Madureira tem direito a pensar o contrário, naturalmente.
Quanto ao "mau serviço" prestado, aí é que não posso concordar. Se estamos no domínio das opiniões, como diz, não pode enfatizar a importância da opinião de Coutinho Ribeiro, não é?

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