Na campanha que fiz em 2005, como candidato pelo PS à presidência da Assembleia Municipal, lancei ideias e compromissos, que ajudei a levar à prática no actual mandato. Fui o primeiro a propor a realização de Assembleias descentralizadas nas freguesias, de forma a levar o órgão por excelência de debate político ao encontro dos marcoenses. Defendi a afirmação dos poderes de fiscalização e acompanhamento da actividade do executivo. Comprometi-me a constituir uma Mesa com representantes dos partidos mais votados. Assumi como prioritário dignificar o papel dos grupos municipais. Depois de eleito, empenhei-me na revisão do regimento, de forma a torná-lo mais aberto, participativo e plural. Propus, nessa medida, que todos os partidos passassem a ter acesso à primeira fila da sala de sessões, o que não sucedia. Contribuí para que houvesse comissões e representações com membros dos vários partidos.
Neste momento são já conhecidos todos os candidatos à liderança da Assembleia Municipal nas próximas autárquicas: António Coutinho, actual presidente, recandidata-se pelo PSD, Monteiro da Rocha, actual deputado e presidente entre 1985 e 2005, recandidata-se pelo movimento de Ferreira Torres, João Monteiro Lima, actual deputado, recandidata-se pela CDU, João Valdoleiros e Duarte Menezes candidatam-se pela primeira vez, respectivamente pelo PS e pelo movimento de Norberto Soares. É hora, portanto, de lhes perguntar o que pensam fazer no próximo mandato.
Que propostas se propõem apresentar e que modelo de Assembleia preconizam? Defenderão um modelo plural ou procurarão fazer desse órgão um reflexo da maioria vencedora? Que relação pretendem ter com o presidente da Câmara e com o executivo? Se não ganharem as eleições ficam na Assembleia como deputados municipais? Estas e outras questões aguardam pelas suas respostas.