Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Jan 09
publicado por José Carlos Pereira, às 21:00link do post | comentar

O JN reafirma a notícia divulgada ontem também aqui de que Avelino Ferreira Torres levará consigo, como número dois da sua candidatura pelo movimento Marco Confiante, o antigo vice-presidente da Câmara Lindorfo Costa. Nada de surpreendente.

Ferreira Torres, recorde-se, que foi condenado em primeira instância, no longínquo dia 11 de Junho de 2004, pelos crimes de peculato e peculato de uso, praticados no exercício das suas funções autárquicas, sendo sentenciado a uma pena de três anos de prisão, suspensa durante quatro anos, a setenta dias de multa à taxa diária de setenta e cinco euros e à perda de mandato, como pena acessória. Como a aplicação da justiça é o que se sabe, esta condenação, de recurso em recurso, não transitou em julgado e corre o risco de vir a prescrever.

AFT voltou ao banco dos réus há menos de um ano, encontrando-se a ser julgado por seis crimes – um de corrupção, um de extorsão, três de abuso de poder e um de peculato de uso – igualmente praticados enquanto presidente da Câmara de Marco de Canaveses.

Já Lindorfo Costa, actual presidente da Mesa da Assembleia concelhia do CDS-PP, foi condenado em primeira instância, em 18 de Abril de 2008, a quinze meses de prisão com pena suspensa, pelo crime continuado de abuso de poder, praticado enquanto vereador.

Marco confiante? A perspectiva de regresso de Avelino Ferreira Torres e Lindorfo Costa à Câmara Municipal, cujo desgoverno na autarquia se pagará durante muitos e longos anos, faz-nos antes pensar num Marco condenado.


Sou filha do Dr. Lindorfo Costa, mas não é como filha que comento esta mensagem, mas antes como cidadã marcoense que conhece a realidade que vai para além do que é transmitido nos jornais.

Lindorfo Costa foi condenado por pedir empréstimos junto dos seus amigos, pessoas que trabalharam com ele por muitos e longos anos. Ficou provado que o montante que foi pedido foi devolvido, até ao último tostão.

Pergunto eu: Que mal existe em alguém socorrer-se de um amigo?

Saliento que dessas pessoas, que ajudaram Lindorfo Costa, nenhuma referiu que emprestou porque foi coagido, ou por outro motivo, que não a amizade e a entre ajuda.

Gostava ainda de realçar que essa ajuda destinava-se a cobrir carências de tesouraria de uma fábrica que alberga mais de 60 pessoas, as quais representam mais de 60 famílias... Sem essa ajuda, a fábrica fecharia, e essas 60 famílias estariam neste momento em maus lençóis .

Ora, pergunto eu, e peço-vos que olhem para este caso de uma forma isenta... O que é que poderemos condenar nesta atitude, claramente desesperada, de salvar o pão de mais de 60 famílias?

E mais... Porquê abuso de poder, quando os maiores interessados afirmam, e reafirmam que emprestaram e voltariam a emprestar se fosse necessário???

Não estaremos a condenar o homem errado? Não estará a justiça deste país errada? Não deveremos ser nós os condenados por esta atitude tão egoísta e egocêntrica , que visa apenas destruir a imagem de um homem honesto construída ao longo de dezenas de anos?

Não sou isenta, concordo!!! Mas, para mim, isto é tão evidente que me custa poder admitir que alguém ainda tem dúvidas quanto ao carácter deste homem, que só fez o bem pelo Marco.

Falam de Marco condenado? A meu ver, NÃO!
Ana Costa a 26 de Janeiro de 2009 às 14:57

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