De acordo com os Anuários Estatísticos Regionais de 2007, publicados em Dezembro de 2008 (!) pelo Instituto Nacional de Estatística, no ano lectivo 2006/07 havia, nos estabelecimentos de ensino básico e secundário de Marco de Canaveses, um computador para cada 17,2 alunos. O terceiro pior indicador a nível nacional, apenas suplantado por Penafiel (17,4) e Arruda dos Vinhos (18,1). A média nacional fixou-se em 9,5 alunos por computador.
Naturalmente muita coisa mudou desde então – quero crer – e projectos recentemente implementados contribuirão também para alterar este desolador panorama. Contudo, muito do nosso atraso, dos números do insucesso e do abandono escolar precoce, também reside aqui. Nas condições que a escola (não) oferece para cativar os mais jovens e convencer os mais velhos de que a escola é imprescindível para os seus filhos. No conformismo dos agentes educativos e das autoridades públicas.
O Marco perdeu demasiadas oportunidades durante tempo demais. De nada valeu construir escolas e mais escolas, nos lugares mais recônditos, para terem as portas fechadas e não cumprirem a sua missão. Em vez de apostar no betão, as maiorias CDS-PP deveriam ter privilegiado as pessoas. Mas o betão tem muita força…