Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Jan 09
publicado por José Carlos Pereira, às 22:00link do post | comentar

De acordo com os Anuários Estatísticos Regionais de 2007, publicados em Dezembro de 2008 (!) pelo Instituto Nacional de Estatística, no ano lectivo 2006/07 havia, nos estabelecimentos de ensino básico e secundário de Marco de Canaveses, um computador para cada 17,2 alunos. O terceiro pior indicador a nível nacional, apenas suplantado por Penafiel (17,4) e Arruda dos Vinhos (18,1). A média nacional fixou-se em 9,5 alunos por computador.

Naturalmente muita coisa mudou desde então – quero crer – e projectos recentemente implementados contribuirão também para alterar este desolador panorama. Contudo, muito do nosso atraso, dos números do insucesso e do abandono escolar precoce, também reside aqui. Nas condições que a escola (não) oferece para cativar os mais jovens e convencer os mais velhos de que a escola é imprescindível para os seus filhos. No conformismo dos agentes educativos e das autoridades públicas.

O Marco perdeu demasiadas oportunidades durante tempo demais. De nada valeu construir escolas e mais escolas, nos lugares mais recônditos, para terem as portas fechadas e não cumprirem a sua missão. Em vez de apostar no betão, as maiorias CDS-PP deveriam ter privilegiado as pessoas. Mas o betão tem muita força…

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O computador, desde que visto como mais um recurso, é fundamental na sala de aula, concordo consigo. No entanto, um dos factores que, na minha opinião, terá uma significativa influência na elevada taxa de retenção e abandono escolar precoce, será o excesso de alunos por sala de aula. Provavelmente no nosso concelho os diversos agrupamentos têm diferentes taxas de ocupação, porque não fazer uma distribuição de alunos e recursos, mais equitativa pelos diferentes estabelecimentos existentes? Num ou outro agrupamento haverá alunos a ter aulas “num vão de escada” enquanto noutros provavelmente haverá salas desocupadas.
A autonomia também deve passar por aqui e a nível concelhia devemos falar de Escola e não no Agrupamento de Escolas de. Faz toda a diferença!
antonio ferreira a 17 de Janeiro de 2009 às 20:41

Subscrevo totalmente o que diz, caro António Ferreira.

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