Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
30
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (2)

A anterior edição do jornal “A Verdade” publicava na sua primeira página um espaço publicitário em que se fazia apelo ao voto numa lista concorrente à Concelhia do PSD. No interior era uma lista concorrente à Concelhia do PS que fazia publicar um anúncio.

Pois bem, não sei se essa publicação é legal ou ilegal. Admito que o legislador não se tenha preocupado com este tipo de campanhas internas nos partidos e tenha centrado a sua atenção apenas no período próximo dos actos eleitorais, sejam legislativas, presidenciais ou autárquicas. Confesso, no entanto, que, aos meus olhos de leitor e de pessoa interessada no fenómeno da comunicação, não me é agradável ver tratar a eleição interna de um partido da mesma forma que o faríamos com um qualquer produto, de maior ou menor consumo.

Se eu tivesse responsabilidades editoriais num jornal jamais aceitaria colocar propaganda relativa a uma eleição partidária, pelo menos na primeira página do jornal. Num meio como Marco de Canaveses, em que muitos leitores não têm o discernimento para perceber se aquilo é espaço publicitário ou mero conteúdo editorial, certamente seria mais prudente não publicar esses anúncios. E mais acertado também.

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29
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 22:30link do post | comentar | ver comentários (9)

O “Jornal de Notícias” de hoje publica uma referência às recentes deliberações da Câmara e da Assembleia Municipal de Marco de Canaveses que aprovaram a nulidade da deliberação do executivo de 15 de Março de 2004, por via da qual foi decidido adjudicar a “concessão da exploração e gestão dos sistemas de abastecimento de água para consumo público e de recolha, tratamento e rejeição de efluentes do Concelho do Marco de Canaveses”, bem como a nulidade das deliberações camarárias que posteriormente alteraram os termos da adjudicação e/ou aprovaram com alterações a minuta do contrato.

Nessa notícia, o vice-presidente da Câmara, José Mota, adianta algumas das razões do executivo.


publicado por José Carlos Pereira, às 12:45link do post | comentar

A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas apresentou na passada segunda-feira o seu anuário relativo à situação financeira dos municípios portugueses, um documento que todos os anos traça um retrato das contas autárquicas.

Num concelho como Marco de Canaveses, um dos poucos a declarar a ruptura financeira e impossibilitado legalmente de recorrer a mais endividamento, é interessante comparar as contas da autarquia com as de outras localidades.

Para ler aqui o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses.


publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

Por ocasião da comemoração dos 30 anos de investigação em Tongobriga – a cidade romana localizada em Freixo, Marco de Canaveses – a Associação dos Amigos de Tongobriga leva a efeito um ciclo de conferências, destinado a interpretar “as leituras contemporâneas que Tongobriga propicia”.

A primeira conferência ocorre já amanhã, sexta-feira, à hora de jantar, no restaurante junto ao forum de Tongobriga. O anfitrião Lino Tavares Dias, responsável pela condução da investigação arqueológica, descodificará as “Leituras contemporâneas”. Depois, o Director Regional de Educação do Norte, António Leite, e o presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica e antigo secretário de Estado, Joaquim Azevedo, debruçar-se-ão sobre o tema ”O papel da escola na salvaguarda da herança cultural”.

O programa completo das conferências pode ser lido aqui.

 

Agradecemos o envio da informação pela Junta de Freguesia do Freixo, muito embora ela já fosse do nosso conhecimento, atendendo ao convite recebido.


28
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (1)

A revista “Pro Teste” do corrente mês publica um inquérito ambiental realizado junto de 69 concelhos – todos os que têm mais de 50.000 habitantes e as capitais de distrito – e de 5.031 cidadãos dessas localidades.

Entre os elementos publicados surge um inquérito à satisfação com a recolha de plástico e metal e com a recolha de lixo, numa escala de 1 (muito insatisfeito) a 10 (muito satisfeito).

Na recolha de plástico e metal, Marco de Canaveses está em 53º lugar, ao lado de Aveiro, Pombal, Famalicão, Figueira da Foz e Felgueiras, com o índice 6,4. Portimão lidera com 8,4 e a última posição pertence a Tomar com 5,5.

Quanto à recolha de lixo, o nosso concelho surge apenas no 61ºlugar, juntamente com Sesimbra e Abrantes, com o índice de 6,2. Portimão está novamente em primeiro lugar com 8,2 e Gondomar aparece em último com 5,7.

Num cenário sem avaliações negativas – valores inferiores a 5 – constata-se que os marcoenses inquiridos não ultrapassaram o suficiente na pontuação atribuída, muito embora estejam mais satisfeitos com a recolha de plástico e metal do que com a recolha do lixo comum.


27
Abr 10
publicado por J.M. Coutinho Ribeiro, às 04:46link do post | comentar

O ataque que os actuais senhores do PS fizeram a Gil Mendes - de que só tomei conhecimento no Domingo passado - não é, apenas, um tiro no pé. É uma ignomínia. Divirjo de Gil Mendes em várias coisas e, como ele próprio poderá confirmar, tive o ensejo de lhe explicar, por diversas vezes que o bravo combate que ele travou contra Avelino Ferreira Torres, ao longo de tantos anos, era uma luta quixotesca. Sempre lhe disse: O homem acabará por caír, mas pela força dos votos - não pela força da Justiça. Ainda assim, não lhe regateei ajuda quando precisou dela. Foi neste pressuposto que, na última campanha eleitoral, fiz finca-pé, enquanto mandatário do presidente Moreira, em não ir ao tribunal pedir a inelegibilidade (frustrada) de Avelino Ferreira Torres. Foi neste pressuposto, também, que, em 2001, expliquei a Gil Mendes que gostaria muito de o ter nas minhas listas, mas que achava que não devia: ele estava o seguir o caminho da polícia; eu queria seguir o caminho da política. Não convinha misturar. Gil Mendes, que sempre me pareceu um homem de convicções e desapegado do poder, aceitou com a maior tranquilidade a minha posição, ainda que, por momentos, possa não ter percebido muito bem o verdadeiro alcance do que eu pretendia. Tenho a certeza de que hoje sabe. Depois de ter estourado muito dinheiro no seu combate judicial contra Ferreira Torres, depois de ter estourado a sua própria saúde, depois de ter ficado indignado com os relativos insucessos da sua luta, acomodou-se. Mas nem assim perdeu o sentido crítico. É sabido que Gil Mendes, no primeiro mandato de Manuel Moreira, não ficou empolgado (ele, que foi quem lançou a ideia da sua candidatura em 2005). Soube conter-se nas críticas. E, quando lhe cheirou a esturro e pressentiu que Avelino poderia voltar, vestiu a camisola e eu vi-o em todos os comícios, de bandeira do PSD na mão nas eleições de 2009. Hoje, é vice-presidente da Concelhia do PSD - da nova, da que rejeita o regresso a Avelino. Foi-lhe feita justiça. O homem que foi prejudicado dentro do PSD pela sua luta contra Torres, não podia ficar, indefinidamente, fora de jogo. Não se aceita, por isso, que o PS dominante venha atacá-lo, ainda por cima por uma situação que não é verdadeira. Entendamo-nos: Gil Mendes lutou mais pela democracia no Marco, do que esses senhores todos juntos. Há, apenas, uma diferença: Mendes aceita as regras do jogo. Os senhores que o atacaram, acham que o jogo lhes pertence, por uma questão de estirpe. Como se imaginará, não irão longe. A estirpe, hoje, não é genética - é uma coisa que se conquista. Contingências da democracia. O feudalismo já não é o que era.


publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

O marcoense Miguel Leal, licenciado em Educação Física e mestre em Futebol, está a terminar a sua primeira época como técnico de futebol no estrangeiro. É actualmente adjunto do antigo treinador do FC Porto, José Couceiro, no Gazientepspor da Turquia. Vive nesse país uma experiência única, já que o entusiasmo e os meios colocados à disposição da sua equipa são incomparáveis face a clubes de igual dimensão em Portugal.

Miguel Leal foi anteriormente adjunto do actual técnico do Sporting, Carlos Carvalhal, no Beira-Mar e no Leixões, tendo contribuído para a presença desta equipa na final da Taça de Portugal em 2002. Tem ainda um vasto percurso como treinador nos escalões de formação e em equipas secundárias.

Co-autor do livro “O Treino do Futebol – Uma concepção para a formação”, Miguel Leal é formador nos cursos de treinador de futebol e habitual conferencista em encontros desta modalidade.

Meu colega desde os tempos da escola secundária e dos escalões jovens do FC Marco, Miguel Leal colaborou com os executivos de Ferreira Torres e foi candidato pelo CDS à Câmara e à Assembleia Municipal em 2005, em lugares não elegíveis.


26
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:05link do post | comentar | ver comentários (6)

O PS/Marco decidiu apontar as suas baterias, de forma inopinada, contra Gil Mendes, novo vice-presidente do PSD local, durante a última Assembleia Municipal. Diz o PS que políticos como Gil Mendes não fazem falta. Em causa estavam supostas declarações na última campanha eleitoral. Declarações que, afinal, Mendes não proferira e que justificaram posteriores desculpas do líder do grupo socialista na Assembleia, João Valdoleiros.

Ora, se nem sempre as posições de Gil Mendes são consensuais, a verdade é que o seu percurso íntegro, de combatente corajoso pela liberdade e pela democracia em Marco de Canaveses dá-lhe um enorme crédito perante a maioria dos marcoenses.

Gil Mendes foi um estóico autarca na freguesia de Ariz, dirigente sindical e associativo, um dos principais impulsionadores da Associação dos Amigos do Marco e director-adjunto do "Notícias do Marco", um periódico que teve um papel fulcral na luta contra a maioria de Ferreira Torres. O facto de agora se tornar dirigente do PSD é uma garantia de que esse partido não mais será permeável às investidas dos sectores próximos de Ferreira Torres. O que é bom para todos os marcoenses, independentemente do seu credo político.

Por tudo isto, a opção do PS de erigir Gil Mendes em alvo dos seus ataques é incompreensível, à luz dos meus olhos e de muitos e muitos marcoenses. Um verdadeiro tiro no pé dos dirigentes socialistas.


25
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (2)

Hoje, dia 25 de Abril de 2010, assinala-se o 36º aniversário da revolução dos cravos. Como modesto contributo para assinalar esse dia que nos abriu as portas de um futuro diferente, trago aqui o texto publicado na edição desta semana do “Repórter do Marão”:

 

Comemorar o 25 de Abril de 1974 é recordar uma data determinante do Portugal contemporâneo – o dia em que um punhado de jovens militares teve a ousadia e a coragem de conduzir uma revolução que mudou o regime político e abriu as portas à construção de um estado de direito, livre e democrático.

Não é possível lembrar esse dia sem enaltecer a acção desses homens a quem tanto devemos e à frente dos quais me permito destacar, pela coragem, pela humildade, pelos valores, pelo desapego ao poder, o malogrado Salgueiro Maia.

O processo revolucionário que se viveu nos anos imediatamente a seguir à revolução não foi isento de percalços, mas foram esses jovens capitães de Abril que permitiram que a minha geração e as que se lhe seguiram crescessem numa sociedade renovada, aberta, plural, receptiva a todas as formas de manifestação artística e cultural. Sem censuras, sem medos, sem ameaças. Sem polícia política e sem guerra. Com total liberdade.

O país renascido em Abril percorreu o seu caminho, por vezes com dificuldades, mas soube ganhar o respeito da comunidade internacional, acabando por constituir um exemplo pela forma como decorreu o processo de transição para o regime democrático e a integração na União Europeia.

Contudo, trinta e seis anos depois da revolução de Abril, há ainda muito por fazer. Quando olho para a nossa região, vejo indicadores de desenvolvimento dos mais atrasados do país. Seja na educação, na cultura, na economia ou no ambiente. É urgente, por isso, encontrar um rumo novo.

Não nos podemos conformar com as elevadas taxas de abandono e insucesso escolar, com o baixo investimento na cultura e no património, com as crescentes taxas de desemprego, com o definhar do comércio tradicional e da agricultura, com a escassez de empresas de capital tecnológico, com a insuficiente cobertura das redes de água e saneamento, com o desinvestimento na defesa e valorização da floresta e dos recursos naturais.

É necessário ajudar a construir um país novo. Com esperança, determinação, ousadia e ambição. Ainda e sempre, em nome de Abril!


24
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 13:00link do post | comentar | ver comentários (2)

A Assembleia Municipal de Marco de Canaveses acabou os seus trabalhos perto das cinco horas da madrugada. Como sempre disse enquanto desempenhei funções nesse órgão, esta realidade não prestigia a Assembleia e os seus membros e não é bem compreendida pelo cidadão comum.

Quanto às deliberações principais que estavam em jogo, a maioria dos deputados aprovou a conta de gerência de 2009 e a declaração de nulidade da deliberação do executivo de 15 de Março de 2004, por via da qual foi decidido adjudicar a “concessão da exploração e gestão dos sistemas de abastecimento de água para consumo público e de recolha, tratamento e rejeição de efluentes do Concelho do Marco de Canaveses”, bem como a nulidade das deliberações camarárias que posteriormente alteraram os termos da adjudicação e/ou aprovaram com alterações a minuta do contrato.

Avelino Ferreira Torres já não estava na sala quando se discutiu este último ponto...


publicado por José Carlos Pereira, às 10:00link do post | comentar

A Comissão Municipal de Toponímia de Marco de Canaveses reúne hoje pela segunda vez. Na agenda estarão os pedidos de apreciação de alterações ao roteiro toponímico de algumas freguesias, submetidos pela Câmara Municipal, bem como outras questões relacionadas com a toponímia local.


publicado por João Monteiro Lima, às 02:12link do post | comentar

Nas intervenções dos deputados municipais sobre as contas do município destacou-se a intervenção de João Valdoleiros sobre diversos aspectos, dando importância ao aumento das despesas com pessoal, apontando ainda caminhos para combater a diminuição de algumas receitas, nomeadamente nas questões das taxas e licenças defendendo uma maior participação da polícia municipal na fiscalização.

Bento Marinho disse que intervinha como ex-responsável pelo pelouro, mais do que abordar a prestação de contas de 2009, falou do período em que esteve à frente da área financeira do município, realçou algumas das propostas do deputado João Valdoleiros, em particular no que se refere à questão do imobilizado.

Bento Marinho criticou os bolos, ou "sacos" como lhe chamou, dos tempos da gestão Ferreira Torres, não reconhecendo que quer no tempo em que esteve à frente da área financeira do município quer actualmente, vem sendo hábito criar "bolos" onde tudo cabe, sem que sejam explicitadas as obras que pretendem executar.  (sobre esta temática dos "bolos" ou "sacos" a CDU insiste em criticar tal opção em cada prestação de contas e em cada orçamento, sem que os executivos que se vão sucedendo revejam tal atitude).

Assessorado pela vereadora Carla Babo na utilização dos meios informáticos, Bento Marinho gastou largos minutos a comparar o Marco com os municípios vizinhos de Amarante e Baião. O deputado municipal Bento Marinho volta a insistir na diminuição de lâmpadas de iluminação publica, avança uma proposta inqualificável de "desligar as luzes públicas" a uma determinada hora, como forma de diminuir os contas com a energia (segundo as palavras de Bento Marinho, a Câmara pagou cerca de 1 Milhão de euros em 2009, de iluminação pública).

Mais importante do que desligar as luzes públicas do concelho à 1h da manhã, era importante reduzir nos assessores, nos membros de gabinete (independentemente de estarem contemplados na lei), nos gastos supérfluos.

O termo "É a vida" foi várias vezes utilizado, mas que má que seria a vida dos marcoenses, se o Marco (por via das suas luzes desligadas) se apagasse à 1h da manhã.

Carla Babo tenta ripostar sobre João Valdoleiros e diz que foi ela quem apresentou o orçamento de 2010 na Assembleia, mas esqueceu a "ajudazinha" dada, na mesma sessão e para o mesmo assunto, por Bento Marinho.

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publicado por João Monteiro Lima, às 01:18link do post | comentar | ver comentários (1)

Por esta hora na Assembleia Municipal, Carla Babo vai tentando explicar aos deputados as contas do município. Vou ouvindo que a crise financeira mundial vai servindo para explicar muito do que consta das contas do munícipio do ano de 2009.

A diminuição da receita proveniente das licenças das obras, por exemplo, é culpa da crise financeira. Tão só, segundo ouço. O executivo continua a não assumir que não é só a crise que deve ser culpabilizada pela diminuição daquela fonte de receita. Atente-se aos valores de taxas e licenças de obras praticados no Marco e nos concelhos vizinhos e percebe-se que por cá são muito superiores. E estes valores também poderão ajudar a que haja uma diminuição daquela fonte de receita.

No anterior mandato, numa sessão da Assembleia, demonstrei com um caso concreto (o de um médico que se pretendia fixar no concelho e construir uma habitação no Marco) e que era mais aliciante construir em Amarante, Baião ou Penafiel do que no Marco.

Se para além destes valores de taxas e licenças, atentarmos que o executivo teimou (sem que, até à entrada em vigor da actual Lei das Finanças Locais, fosse obrigado a tal) em aplicar os valores máximos das taxas do IMI bem como o valor máximo na participação no IRS, vemos que, do ponto de vista, económico não são muitas as vantagens de escolher viver no Marco.

Aguardo com expectativa as intervenções da oposição, em particular de João Valdoleiros (já demonstrou estar bem preparado na matéria) e de Filipe Baldaia. E, ou muito me engano, ou a defesa das contas do município será feita pelo deputado municipal Bento Marinho.


publicado por João Monteiro Lima, às 00:36link do post | comentar | ver comentários (2)

Leio um texto atribuído a um deputado municipal do PS, que aborda a questão de uma medida do governo que impossibilita a recandidatura de " de autarcas com condenação judicial transitada em julgado" e termina de uma forma "engraçada", dizendo que "o Governo vem dar razão ao PS Marco e legisla nesta matéria tão importante para a moralização, credibilização do poder autárquico".

Alguém acredita que o governo legislou para dar razão ao PS/ Marco? O governo legislou porque tinha que o fazer, e poderia ter ido mais longe em tantas e tantas medidas.

Algures no texto, o actual deputado municipal do PS, lança umas farpas à CDU, afirmando que a CDU não esteve do que entende ser o lado da defesa do prestígio dos autarcas e do poder local.

E por falar em defesa do prestígio dos autarcas, o que dizer dos autarcas que aliciaram em 2001, candidatos da CDU em Várzea de Ovelha, ou em 2009, em Avessadas?

É público que, quando entendeu, o agora deputado municipal do PS e que já havia sido candidato em 3 (três) eleições pela CDU, tendo sido autarca numa freguesia, trilhou o seu caminho e rumou ao PS e que será seguramente a sua casa política, dado que não é difícil perceber que as suas candidaturas pela CDU não passaram de erros. Erros dos que aceitam ser candidatos por côr diferente da sua e erro dos que os aceitaram para tal.

No entanto, o autor não pode, sob pena de faltar à verdade, dizer que a CDU/ Marco (ou o PCP, se quiser), não esteve do lado dos valores da democracia, da liberdade e da defesa do prestígio dos autarcas e do poder local. Até porque se o disser, admitirá que, entanto por lá andou, também não defendeu tais valores.

É bom lembrar que, no Marco, a CDU teve sempre eleitos na Assembleia Municipal que dignificaram o órgão e sempre se bateram por tais valores. Aliás, eu tive oportunidade de participar em iniciativas juntamente com o alegado autor do texto, em iniciativas da Associação Amigos do Marco em defesa da liberdade e contra o regime autoritário que então se vivia no Marco. Iniciativas supra partidárias, onde se viam, unidos pelos mesmos valores, comunistas, socialistas e sociais-democratas e marcoenses sem partido .

Relembro Soledade Coutinho, Isabel Pinto, José M. Vasconcelos, Fernando Ferreira, José Fonsêca, Jorge Baldaia ou Filipe Pinto Baldaia e ainda os candidatos à Câmara João Pinto da Silva ou António Varela, e a forma como sempre encararam as candidaturas e/ou os mandatos que foram atribuídos e a defesa intransigente dos valores da democracia e da liberdade. Valores estes que têm muitos e muitos anos, e que não foram descobertos no ano 2009. Para mim, não há o antes e o depois de 2009, para mim estes valores são eternos.


publicado por José Carlos Pereira, às 00:19link do post | comentar

Meio ano depois das eleições autárquicas, o deputado municipal João Valdoleiros trouxe o munícipe Gil Mendes, novo vice-presidente do PSD/Marco, e o presidente António Coutinho para a discussão do diz-que-disse na derradeira campanha eleitoral. E a Assembleia Municipal só agora começa a madrugada...


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