Parece-me que ainda há muito a fazer para esclarecer o papel de cada órgão na gestão politica, não só a nível nacional, como a nível municipal. Não vou falar sobre os papéis de nível nacional, mas sobre os municipais. Em primeiro lugar parece-me que há um seguidismo partidário que me parece descabido. Digo seguidismo ,apenas porque entendo que muitas vezes não teremos que seguir o que nos indicam os líderes nacionais , se entendemos que as nossas causas de proximidade são mais importantes. Não tem sentido a existência de Câmaras Municipais e seus órgãos, bem como Freguesias e seus órgãos, se nos limitamos a seguir politicas definidas em qualquer sede partidária nacional. Estamos a apoiar centralismos e a abandonar aqueles que nos elegeram.
Também me parece que quem está na politica não tem que ver tudo "rosa" ou tudo "laranja". Nas últimas Assembleias Municipais têm surgido momentos pouco dignos de gente que se diz representar os Marcoenses. Erros de todos os lados. Não me parece que o recurso constante a "incompetentes", "faltar á verdade" , "hipócrita", e muitas outras, dignifiquem alguém. Não concordei com Artur Melo quando abandonou uma Assembleia Municipal porque entendi que foi uma falta de respeito para com os Marcoenses e todos os presentes. Também não concordo que não se deixem falar vereadores quando sentem que a sua honra foi ofendida. Esteja isso previsto na lei ou não. Se alguem me ofender, terá que me ouvir, esteja ou não no regimento algo em contrário. Tal não será necessário se todos souberem que papel jogam. Defender ideias e principios não significa criar "inimigos". Tão pouco criar "guerras". Tão pouco pode valer tudo para humilhar outros. Joga-se com palavras como se a "verdade" se possa moldar. Penso que temos que ir mais além. Os Marcoenses já foram muito mal tratados durante demasiados anos. Temos a obrigação de elevar a discussão e olhar para o futuro. É nossa obrigação fazer propostas e trabalhar para um melhor futuro dos marcoenses.