Jaime Teixeiraescreve, no blogue Marcoense como nós, um texto sobre um comentário que fez por estas bandas.
O direito básico em democracia que assiste ao Jaime de concordar ou não com o que quer que seja, é o mesmo que me leva a não concordar com o que por vezes é escrito no blogue em que ele participa, mas como direito que é, não me obriga a escreve-lo.
Sobre o facto de ter escrito que o discurso (de Lino Dias) tinha “agradado e empolgado os presentes”, foi tão só porque diversas pessoas presentes na reunião me transmitiram (aliás como se depreende pois começo a frase com um “dizem-me”).
Dizem-me também que na segunda-feira, os “agradados e empolgados” eram muitos e os desagradados poucos, mas isso é outra coisa.
Ao contrário do que o Jaime escreve, se ele alguma vez me tivesse dito que “o discurso de alguém do PS tinha empolgado um auditório”, eu não teria qualquer problema em escrever tal. E se nunca escrevi, foi por um de dois motivos, ou nunca aconteceu ou o Jaime nunca me disse.
Já tive oportunidade de comentar com o Jaime que, apesar de militar num partido, consigo ouvir um discurso de alguém de outro partido e tirar conclusões sobre o mesmo. Aconteceu há dias, quando ouvi Francisco Assis na AR a fazer a defesa das posições do seu partido e terminado o discurso dei por mim a concordar com o que o deputado amarantino tinha dito. Fiquei agradado com o que disse Assis e empolgado quando soube que o discurso tinha sido feito de improviso.
Sobre a equidistância em relação aos partidos a que o Jaime se refere, dir-lhe-ei que mesmo militando num partido, nunca endeusei quem quer que fosse (prática que o PC repudia no discurso, mas que alguns “funcionários-militantes” praticam sem cuidar de disfarçar) e que se calhar, (também) por esse mesmo motivo, é que hoje estou cada vez mais distante do Partido ao qual aderi em 1988 e pelo qual, publicamente, me fui batendo desde 1993
Sobre a redução do discurso “aos insultos à família e á formação das pessoas”, penso que não terá sido no Marco 2009 que o Jaime leu algo que o ofendesse, ele sabe que, não só não o permito como assumo que não deixo que entrem por esses caminhos. Não permito que visem pessoalmente seja quem for, muito menos permitirei que o façam a alguém que conheço desde sempre e de quem sou amigo. Escrevo-o mas não precisava, porque o Jaime sabe-o.
Jaime, tu sabes que há muita gente que tem inveja, muitas vezes até de haver quem tenha um “canudo”, mas para esses tu, Jaime, respondeste-lhes bem.
A estima que o Jaime tem por mim, é recíproca.
E não Jaime, não és estranho, tal como não o são os nossos amigos, que assumem que o são, onde quer que seja, custe o que custar. Até porque a amizade não é algo que não se possa apregoar