Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
14
Mar 16
publicado por António Santana, às 23:23link do post | comentar

As terras do interior deste país debatem-se com muitas dificuldades. Cada vez mais a capacidade de atração do litoral excerce a sua força e o interior vais desertificando. Verdade seja dita, nada ou pouco tem sido feito a nível de entidades decisoras para melhorar a situação, bem pelo contrário. Mesmo assim, ninguém está condenado ao insucesso, desde que não se acomode. Tal como dizia um conhecido fisico, ninguém pode esperar algo diferente quando faz o que sempre fez. É por isso importante fazer diferente, identificar essas diferenças e potenciá-las. Na diferenciação está a possibilidade de despertar curiosidade e atraír atenções.


publicado por António Santana, às 23:13link do post | comentar

Nesta estranha Europa a 28 já não pode surpreender o que se passa na Alemanha, Espanha, Grécia, Portugal, Inglaterra ou qualquer outro estado. A verdade é que não existe uma politica económica comum, uma fiscalidade comum, uma visão de desenvolvimeno comum, uma estratégia comum. O que existe é uma ideia comum ; todos queremos ter boas oportunidades de negócios e crescer. O problema é que esta ideia comum esbarra nos interesses individuais e enquanto não apareça uma liderança capaz de se distanciar das lógicas ancestrais dos interesses individuais, será improvável fazer da Europa o motor do mundo. Pelo menos de um mundo que ser pretende solidário e onde o ser humano seja o centro das politicas. O que vemos hoje está muito longe de ser isso. Acredito que a Europa pode ser um palco de desenvolvimento a nível social e económico, mas para isso é preciso definir um rumo, coisa que, pelo que vejo, não existe.


06
Mar 16
publicado por António Santana, às 22:22link do post | comentar

Como já todos sabem sou Portista e gosto de Futebol. Do que não gosto é de ver aquilo em que se está a transformar o FC Porto. As evidências de que os negócios são mais importantes do que o que significa Desporto com ambição de ser Campeão.  Não entendo, nem quero entender, como é possível que o FC Porto tenha chegado a este ponto. Já noutros fóruns referi que Pinto da Costa corre o risco de saír pela porta pequena do clube que tornou como o mais forte de Portugal. O problema é que, como tudo na vida, é necessário saber quando se tem que abandonar o palco e esse é o segedo dos grandes líderes. Este ano está a ser horrível para Pinto da Costa e para os Portistas, por isso acho que este era o momento de saír e não de continuar. Quase me atrevo a dizer que vamos ter mais três anos de penúria e de desastre. Quero estar errado.


04
Mar 16
publicado por António Santana, às 23:12link do post | comentar

Nos últimos dias tenho passado parte das minhas noites a ler actas. São actas da Junta da Paróquia de Tuías desde 1896 e da Junta de Freguesia de Tuías de 1916  até 2013. Fui procurar identidades e posses, porque queria saber se aquilo que me diziam correspondia aos documentos escritos. Verfiquei que poucos, ou nenhuns, teriam lido tais livros, autênticas reliquias que são testemunhos daquilo que foi e é o nosso povo e a sua evolução ao longo de muitos anos. Fui surpreendido por muita coisa e descobri outras tantas. Houve evolução, mas continuam os mesmos defeitos e parece que andamos ás voltas dos mesmos temas sem conseguir seguir em frente. Engraçado ler as actas do meu avô, Presidente de Junta de Freguesia de 1934 a 1954, com um interregno pelo meio de cerca de 6 anos, e ver que algumas das questões que ele colocava nessa altura, também eu as coloco agora. Ler documentos que falam da presença de Adriano José Carvalho e Melo, nas reuniões da Junta Paroquial, é algo fabuloso. Li também actas assinadas por dois Presidentes de Junta de Freguesia de Tuías que foram meus professores como o Professor Carlos da Silva Andrade e da Professora Dª Maria Amália Martins. As actas escritas pela Professora Maria Amália Martins são deliciosas. Para além de retratarem o que seguramente se discutia nas reuniões de excutivo da sua época, são textos com pormenores que diferenciam quem faz as coisas por prazer e convicção, dos que apenas fazem por profissão ou porque sim. Quero aqui prestar uma homenagem àqueles que se dedicaram e dedicam à causa pública por prazer e paixão, e porque não, ao meu avô, aos meus tios, e ao meu pai que também fizeram parte da Junta de Freguesia de Tuías, e que neles tropecei ao ler estes documentos.

Ao retomar este espaço, deixo uma homenagem também ao Coutinho Ribeiro, que também se envolveu na coisa pública e muito contribuíu para longas discussões que sempre tiveram como objectivo o bem comum. Fazem falta homens com ideias e convicções que nos despertem para caminhos mais seguros e menos movediços. Que tal se os começasse a procura para me acompanharem neste desafio de reactivar este espaço ?

 


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