Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Nov 09
publicado por J.M. Coutinho Ribeiro, às 02:31link do post | comentar

Com a tomada de posse, sábado passado, dos autarcas eleitos no passado dia 11, terminou o meu ciclo político no Marco. E talvez mais nenhum se reinicie. Não tem importância. No fundo, a minha ida ao terreno - contra todas as previsões - foi mesmo ajudar a acabar o que foi iniciado em 2001, quando, em circunstâncias difíceis - tenebrosas, aliás - fui dar o corpo às balas. Desta feita, fui dar o corpo às balas por outros. Ouso pensar que foi um contributo útil. Pelo menos, um contributo leal, empenhado, desinteressado. A tese da bipolarização que lancei - sendo arriscada - colheu frutos e traduziram-se em 125 votos de diferença. Risco calculado: nada pior do que não ter arriscado e ter, agora, uma Câmara ingovernável.


António:
Se bem me recordo, a tese da bipolarização foi lançada ainda antes de estar envolvido na candidatura de Manuel Moreira. Assim, antes de ser a estratégia que melhor se adequava à candidatura que apoiei, era aquilo que eu achava que melhor se adequava aos interesses do Marco, porque a única que podia evitar o regresso de AFT.
E foi porque previ que a bipolarização ia funcionar, que decidi ir dar o meu contributo. É que ela podia cair para qualquer um dos lados e isso assustava-me.
Tal como tu, também espero que daqui a 4 anos o Marco esteja melhor. E espero que, pelo menos, esteja uma terra mais normal, onde não seja preciso fazer dramáticos pedidos de voto útil. E o futuro do Marco está garantido: anda por aí muita gente nova com valor que se encarregará de o garantir.
Um abraço

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