Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Nov 09
publicado por José Carlos Pereira, às 20:05link do post

A edição online do jornal "A Verdade" faz o relato da primeira sessão pública da Câmara Municipal de Marco de Canaveses e dá conta dos "números" de Avelino Ferreira Torres, o (agora) paladino da legalidade e da observância dos direitos da oposição. Torres aprendeu em Amarante estes truques e vai querer incendiar os apaniguados com as suas prestações. Nada que surpreenda, depois dos impropérios lançados na primeira reunião do executivo.

Manuel Moreira e a sua equipa vão ter de pôr Ferreira Torres no seu sítio e já! Mais tarde pode ser tarde demais e por isso têm de atalhar caminho. Continuo a pensar que Ferreira Torres, se tiver pela frente um poder forte, vai cansar-se deste papel, como ocorreu em Amarante. Mas Moreira vai ter de mostrar, pelas palavras e actos, de que massa é feito. As reuniões do executivo não podem transformar-se numa feira e quando os insultos e os impropérios subirem de tom a maioria tem de ter a coragem que Armindo Abreu algumas vezes teve em Amarante - encerrar a sessão por falta de condições.

Se é verdade que Torres irrompeu, há dias, pela Câmara dentro para falar e reunir livremente com funcionários da autarquia, sem articular essa atitude com a maioria do executivo, perdeu-se uma oportunidade para actuar exemplarmente. Depois, como se vê, Torres aproveita e cavalga a onda.

Lendo no seu blogue as propostas que levou à reunião de ontem, e perdoando os erros gramaticais dos vereadores "confiantes", vê-se que o seu objectivo é condicionar o executivo. A Manuel Moreira resta limitar o raio de acção dos vereadores da oposição - e Artur Melo acabará vítima por tabela. Em meu entender, perante o quadro criado, o executivo deve obrigar a que quaisquer contactos dos vereadores sem pelouro com os funcionários e dirigentes da autarquia sejam intermediados pelo gabinete do presidente da Câmara ou pelos vereadores dos respectivos pelouros. Isto deve ficar claro para os vereadores e para os funcionários. Há alturas em que o poder deve ser afirmado. Sem margem para dúvidas.


Antes de mais quero deixar claro que não sou apoiante nem concordo minimamente com as posições de AFT, mas parece-me que MM, mesmo tendo maioria absoluta, vai ter um mandato complicado e só por sua culpa.
Primeiro porque a sua equipa, a começar por ele próprio, é fraca. Não apresenta categoria para mostrar diferença suficiente em relação às próprias equipas do tempo de AFT.
Segundo, para não poder ser acusado facilmente por uma pessoa como AFT, teria que ser muito mais rigoroso nos seus actos. No mandato anterior a sua gestão não esteve distante das políticas do passado, assim vai ser um alvo facílimo das críticas populistas, sobretudo por quem conhece bem essas políticas e protagonistas.
Terceiro, porque já se começa a perceber que a solução que os seus apoiantes propõem é a de aumentar o autoritarismo pela parte do actual Presidente. E para mim só existe autoritarismo quando falta poder de liderança, o que no caso de MM é evidente.
Artur Melo terá uma oportunidade de mostrar mais uma vez que no meio tudo é a única alternativa às políticas que tem levado o Marco à situação onde está.
jvaldoleiros a 27 de Novembro de 2009 às 21:22

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