Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
15
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:35link do post | comentar

Formação e Emprego

 

O desemprego cresceu de forma significativa no concelho de Marco de Canaveses e tem sido difícil inverter os indicadores do abandono e insucesso escolar. É urgente, por isso, encontrar um novo caminho, que trave o empobrecimento e a emigração crescente dos mais novos.

Defendo que as escolas se abram cada vez mais à comunidade e proporcionem a formação adequada às necessidades, através de uma grande interligação entre escolas, autarquia, associação empresarial, centro de emprego e os próprios empresários.

É também necessário recuperar aqueles que já estão fora do sistema educativo mas que não têm as competências exigidas pelo mercado de trabalho. Qualificar os recursos é uma forma de contribuir para a criação de emprego, o aumento da produtividade e um melhor clima social. A palavra aos actores...


José Carlos,

Há muito tempo que penso que seria interessante ter um observatório Municipal dedicado àqueles que acedem ao ensino superior e criar formas de os fixar no próprio concelho. Também seria interessante acompanhar aqueles que frequentam cursos profissionais. Seria também interessante fazer um levantamento das instalações industriais paradas e saber se as mesmas poderiam ser disponibilizadas para os recém formados em áreas técnicas . Quem sabe não começaríamos a criar "ninhos" de crescimento.
António Santana a 15 de Janeiro de 2010 às 23:38

Tens razão no que dizes. Há muito trabalho por fazer e ideias que podem ser implementadas. A reconversão de unidades industriais abandonadas tem sido aproveitada, em muitos municípios, para fazer emergir espaços de incubação e de novas iniciativas de jovens empreendedores.

Caro Dr José Carlos,

No Decreto-lei 75/2008, que aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário, referindo-se aos princípios gerais a observar, pode ler-se: “Integrar as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das actividades económicas, sociais, culturais e científicas”.
O mesmo diploma estatui “… além de representantes dos municípios, o conselho geral integra representantes da comunidade local, designadamente de instituições, organizações e as actividades de carácter económico, social, cultural e científico”.
Observando a composição de alguns CG , sou levado a colocar a hipótese, que em algumas localidades as instituições, organizações, e actividades de carácter económico, social, cultural e científico, são em número reduzido ou inexistentes…,
antónio ferreira a 16 de Janeiro de 2010 às 00:11

Há, de facto, um longo caminho a percorrer no sentido de aproximar a escola da comunidade. Há muito que defendo essa aproximação efectiva.

Caro José Carlos Pereira,
Levanta uma questão muito importante, que merece ser tratada de uma forma mais ampla. Na minha opinião não há 'desenvolvimento económico' se não existir Formação/Qualificação dos recursos humanos. É claramente um dos pilares onde é obrigatório investir/apostar.

No que toca à AEMarco, deixo aqui umas breves notas do nosso trabalho nesta matéria:
1. Vamos inaugurar brevemente o "Centro de Formação da AEMarco". Um espaço com todas as condições para o desenvolvimento da Formação de uma forma eficiente, durante "24 horas";
2. A AEMarco é a única associação empresarial do país que apresentou e ganhou uma candidatura ao IAPMEI, onde somos parceiros para a realização de formação só para empresários marcuenses, denominada ACADEMIA PME. Termina na próxima semana a 1ª acção de 14 empresários e arranca em Fevereiro com mais 14;
3. Fez protocolos com IEFP de Amarante, Porto e Vila Real, onde já em 2009, desenvolveu formação para desempregados e tem projectos aprovados até 2011;
4. Tem um Plano de Formação apresentado, após um diagnóstico das necessidades junto dos nossos Associados, com objectivo de formar cerca de 1.200 pessoas até 2011:
5. ...

No Estudo de levantamento e caracterização do tecido empresarial do nosso concelho, apresentado em Novembro de 2008, a Formação das pessoas era um dos principais entraves ao desenvolvimento.
Temos lutado para inverter esta tendência, no entanto, temos consciência que não é um trabalho fácil, e sabemos também, que só a envolvência de um conjunto de entidades, será possível atingir os objectivos.

Estamos abertos naturalmente a parcerias que 'apenas sejam claramente uma mais-valia para o nosso concelho'.

Cláudio Ferreira

Cláudio Ferreira a 16 de Janeiro de 2010 às 12:18

Cláudio Ferreira, o papel da AE Marco é com certeza importante e tem feito aquilo que está ao seu alcance. É preciso que mais instituições sigam o seu exemplo e que cada uma faça tudo o que pode em prol da qualificação dos nossos recursos.

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