Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

Os avanços e recuos no processo de cobrança das SCUT (auto-estradas sem custo para o utilizador) tem deixado à vista várias incongruências. As medidas destinadas a remediar a factura demasiado pesada com aquelas estradas levantam novos problemas a cada solução avançada. 

Não são apenas o perfil e a qualidade das vias ou o número de nós de entrada e saída que impedem a adopção de um tratamento igual em situações claramente desiguais. As soluções propostas dirigem-se apenas àquelas concessões que foram negociadas no modelo SCUT, o que marca injustiças tremendas face a outras auto-estradas que, negociadas de forma diferente, não têm as mesmas compensações e cria mesmo situações bizarras.

Tinha reflectido nisto quando vi o Governo sugerir isenções a um conjunto de municípios atravessados pelas SCUT, por terem um índice de poder de compra inferior à média nacional (100), e concluí que Marco de Canaveses e outros concelhos em situação igual têm um índice de poder de compra mais baixo que muitos daqueles municípios, mas continuarão a pagar as suas portagens...e sem bufar!

Finalmente, Armindo Abreu e Alberto Santos, presidentes das Câmaras de Amarante e Penafiel, vieram a terreiro verbalizar esta queixa fundamentada. O Governo socorre-se daquilo que tem à mão para colher receitas imprescindíveis e travar o endividamento, mas esta matéria vai queimar as mãos dos governantes.

Como as questões jurídicas e de concessão de auto-estradas são alheias às populações, marcoenses, penafidelenses e amarantinos nunca compreenderão por que razão têm de pagar portagens e outros vizinhos próximos, de Paredes, de Lousada ou de Paços de Ferreira, por exemplo, gozam de um estatuto diferente.


Além da grande injustiça, há casos surreais... Entre os concelhos abrangidos pela isenção 5 deles são capitais de distrito (Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Viana do Castelo); E Valongo? Será que a este faltam alternativas? Póvoa de Varzim servida pelo metro do Porto? Parece impossível que a medida avance nestes termos...
R Oliveira
R Oliveira a 2 de Julho de 2010 às 23:29

De facto, são inúmeras as "trapalhadas" deste processo de decisão.

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