O "Repórter do Marão" denunciava na sua última edição o estado de abandono e de degradação em que se encontra o Castro de Arados, em Alpendorada, classificado como monumento nacional há mais de cem anos, completados precisamente no passado dia 16 de Junho.
Segundo a notícia, não há qualquer identificação do monumento, não há vedação, encontrando-se cercado por pedreiras e à mercê da invasão de veículos todo-o-terreno.
A Direcção Regional de Cultura do Norte lembra que, à luz da lei, a primeira responsabilidade pela limpeza é dos respectivos proprietários, mas não se pode esquecer as obrigações que cabem nomeadamente ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico e à Câmara Municipal. O facto do Castro de Arados estar situado em propriedade privada não pode limitar os marcoenses e a população em geral de conhecerem e usufruírem de um importante monumento nacional, que é um legado da nossa história ancestral. Algumas peças aí encontradas estão à guarda do Museu Nacional de Arqueologia.
Já o malogrado João Belmiro Pinto da Silva, historiador de arte e antigo candidato à câmara pela CDU, chamava a atenção há quase vinte anos para o desrespeito manifestado pela classificação do monumento.
Foi pena o "Repórter do Marão" não ter interpelado o presidente da Câmara sobre o assunto, já que é Manuel Moreira que tutela o pelouro da cultura na autarquia e importa saber o que tem sido feito com vista à preservação e dignificação do Castro de Arados.