Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
26
Ago 10
publicado por João Monteiro Lima, às 00:05link do post

Da Direcção Sub-regional do Vale do Sousa e Baixo Tãmega do PCP recebemos a seguinte tomada de posição sobre a linha do Douro, transcreve-se na integra:

 

"Remonta ao ano de 2003 a preocupação do PCP com a situação da Linha do Douro. Desde esse ano que em sede de PIDDAC têm sido apresentadas várias propostas - sempre rejeitadas pelo PS, PSD e CDS – que visavam a electrificação e colocação de via dupla na ferrovia entre as Estações de Caíde e Ermida, com base no princípio que o transporte ferroviário presta um importante serviço às populações do interior do País, por contrariar a tendência para a sua desertificação e possibilitar um desenvolvimento sustentado nas regiões limítrofes.

O benefício desta obra abrangeria para além dos concelhos de Baião e Marco de Canavezes, também Cinfães e Resende.
No entanto, e contra as expectativas em ver esta obra concretizada, dado que finalmente o concurso para a requalificação da Linha do Douro avançou, o PCP obteve recentemente confirmação oficial do abandono desta obra sem data prevista para a sua retoma, em virtude dos cortes orçamentais no investimento público.

Em resposta a uma pergunta do Deputado Honório Novo, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações informou que por orientação do Governo, este é um dos projectos “recalendarizados” pela REFER, afirmando também que “o serviços de transporte público de passageiros continua e continuará a ser assegurado como tem sido até aqui, não existindo qualquer prejuízo para os passageiros”.

Com esta resposta ficou, mais uma vez, bem patente a noção e critério do actual Governo relativamente a um serviço público essencial às populações abrangidas, aos prejuízos causados às mesmas pela não concretização desta obra estruturante e ao agravamento das assimetrias regionais que daí resultam.

Se somarmos a “recalendarização” das obras na Linha do Douro à triste sina da Linha do Tâmega, cujos carris foram arrancados para possibilitar obras de beneficiação da linha que também não se sabe quando irão ser retomadas (já há troços da linha convertidos em ciclovia), fica ainda mais clara qual a estratégia do Governo: os caminhos-de-ferro só são prioritários quando toca à privatização.

A Direcção Sub-regional do Vale do Sousa e Baixo Tâmega do PCP demonstra a sua indignação pela situação criada pelo Governo, para a qual chama a atenção das populações envolvidas.

A Direcção Sub-regional do Vale do Sousa e Baixo Tâmega
24 de Agosto de 2010


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