Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
08
Nov 12
publicado por João Monteiro Lima, às 00:05link do post | comentar

No passado dia 27 de Outubro, os socialistas marcoenses reuniram em plenário, no qual terão sido abordado, em outros assuntos, as autárquicas do próximo ano. Era público que o líder do PS Marco, Agostinho de Sousa Pinto, defendia que Artur Melo e Castro seria o seu candidato, caso mostrasse disponibilidade para avançar novamente.

No mesmo encontro terão sido referidos outros nomes, sendo que Cristina Vieira, presidente da Junta de Freguesia de Soalhães, surgiu como uma possibilidade, que a própria terá descartado

Tal como acontece nos outros partidos com outras pessoas, entre militantes e simpatizantes socialistas, há quem entenda que existem pessoas em melhores condições, do que Artur Melo, de assumir uma candidatura ganhadora. Assim, fui ouvindo ao longo dos últimos tempos diversas opiniões sendo que os nomes mais badalados eram os de José Carlos Pereira, Cristina Vieira, Agostinho de Sousa Pinto, Rui Valdoleiros, Rolando Pimenta ou … José Luís Carneiro.

Descartadas as possibilidades  de Cristina Vieira e José Luís Carneiro (que deverá avançar de novo para a Câmara de Baião e espero que ganhe), desconheço se há ou não disponibilidade de alguma das outras figuras para avançar. Caso tal viesse a acontecer, e partindo do principio que a disponibilidade de Artur Melo se verifica, os militantes do PS Marco teriam que decidir em “directas” quem seria o candidato à Câmara, tal como se prevê que venha a acontecer em Matosinhos e em Santo Tirso, por exemplo.

Mas sobre esta ida a “directas” o socialista Rolando Pimenta, que disputou a duas ultimas eleições internas contra Artur Melo e Agostinho de Sousa Pinto, poderá ter uma palavra a dizer, na medida em que o resultado alcançado internamente confere ao economista a legitimidade de (querer) intervir na escolha do candidato ou da composição das lista.

Nas eleições de 2009, o PS ficou em 3º lugar com Artur Melo e Castro como candidato tendo perdido cerca de 1000 votos em relação ao resultado alcançado em 2005 por Luís Almeida. O argumento “voto útil” em Manuel Moreira prejudicou (também) o PS (que noutras circunstâncias não se inibe de fazer apelo ao mesmo), argumento que agora perde força.

Em 2009, o PS surpreendeu com a apresentação de João Valdoleiros como candidato à Assembleia e com a inclusão de diversos independentes nas suas listas, não se sabendo o médico está disposto a avançar para um novo mandato, depois de um mandato como líder do grupo municipal socialista

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Nos outros partidos também existem essas opiniões diversas, mas como é habitual, só as refere quando se trata do PS... Estranho que não tenha essa postura quando fala do PSD ou do CDS... Será que nestes partidos não tem amigos? Ou será que nestes partidos há unanimismo? Ou será que estes partidos não lhe interessam? Ou será que não quer beliscar os seus amigos nestes outros partidos? Estava a contar com uma análise mais "desapaixonada", mas como sempre o João/PCP surge "colado" à direita... Estranho num partido que quase desaparecia e que continua a tentar ir buscar votos à direita e não à esquerda. Isto por simpatia. Mas descanse que ninguém que tenha votado nos outros partidos se vai converter a esta ortodoxia anti-PS.
Fernando a 8 de Novembro de 2012 às 14:46

Que haja quem não entende o que se escreve ainda percebo, agora não saber ler é outra coisa.
Não terei escrito que “tal como acontece noutros partidos com outras pessoas”? O que quererá dizer isto? Não quererá dizer que as divergências que existem no PS – e que tolhem este leitor – também acontecem nos outros partidos? Em todos?
Não que seja obrigado a fazê-lo, até porque não conheço este Fernando, digo que tenho amigos no PCP, PS, PSD e CDS (neste caso, são apenas militantes), pelo que estou à vontade.
Não terei abordado as divergências internas no PSD, quer no post sobre o PSD, quer em posts anteriores? Não terei escrito que há militantes do PSD que querem que Rui Cunha avance um lugar elegível relegando uma das vereadoras?
Não sou dos que me apaixona e/ ou desapaixono com facilidade, é certo, mas também quem não gosta do que cá é escrito tem bom remédio, não lê.
Se não fosse triste diria que essa de estar colado à direita dava para rir. Eu nunca fui militante do PSD nem do CDS, entende?Também nunca estive, como alguns militantes do seu partido, ao lado de Ferreira Torres.
Sobre conversões, digo que não quero que ninguém se converta no que quer que seja, não vivo obcecado com nada nem com ninguém na política.
Já quanto a estar descansado, apenas ficaria quando, quer o PS quer o PCP no Marco, decidissem assumir-se como alternativa válida, não meramente formal, à gestão do PSD, em vez de andarem com tacticismo que apenas beneficia quem está no poder
Eu sei que lhe custa saber que apoiaria, quase incondicionalmente, uma candidatura de José Luís Carneiro ou de José Carlos Pereira pelo PS ao Marco, mas, como diria o outro, “é vida”.

Como é que dizem os miúdos? LOL! José Carlos Pereira dava-lhe jeito porque é da sua ala... O Zé Luís não é de cá, nem sei porque fala nele... Se calhar também gosta do Moreira por ele ser do Porto...
Fernando a 8 de Novembro de 2012 às 19:13

Realmente não devo saber ler... Porque essa de Rui Cunha fazer parte das listas é quase óbvio... Já agora, porque não fala de possíveis candidatos do PSD além de Moreira? Já que está com a veia especuladora tão afiada... Quem é que lhe falou desses nomes para o PS? É que parece uma galeria assim... Tipo, com todos... Ou o PS afinal é muito bom porque tem muita gente? Não entendo.
Fernando a 8 de Novembro de 2012 às 19:15

Caro amigo João Lima

Apenas e só,porque o meu nome foi referido por si no seu post "E no P.S.?Teremos "directas" ou não?" e no meu entendimento não ter ficado bem explícito,que o fiz como independente é que resolvi sair a terreiro para esclarecer quaisquer mal-entendidos.
Procurei desde então,embora na condição de líder do grupo municipal do P.S.,antes de tudo servir a causa pública,a defesa dos valores democráticos,manter viva a luta dos capitães de Abril,sem nunca perder a dignidade e a honra,pelo grande respeito que me merecem os os muitos eleitores marcoenses,que em mim confiaram o seu voto.
Nem de outro modo saberia estar na vida política.
Ao contrário duns tantos não considerei dar o meu contributo (no caso ao P.S.) para obter ou alcançar visibilidade política,dividendos ou mordomias de qualquer tipo.
Se fora essa a intenção,tê-lo-ia feito em 1974,quando activista do MDMC (Movimento Democrático de Marco de Canaveses),fui convidado a aceitar a nomeação para a presidência da comissão administrativa que ficaria a gerir os destinos da nossa autarquia,após o 25 de Abril, até à realização de eleições autárquicas em liberdade.
A minha causa foi desde sempre a causa do Marco,das suas gentes e quem me conhece sabe que me poderá julgar pelas minhas palavras.
Caro João Lima,o futuro a Deus pertence.
A nossa Democracia está muito doente,diria mesmo,quase agonizante.
Vai perdoar-me a minha frontalidade,mas mais importante que discutir ou dar palpites sobre as figuras de possíveis candidatos dos partidos A, B ou C, dada a razoável distância temporal das próximas eleições autárquicas, será travar a necessária batalha na defesa dos valores de Abril não permitindo,que a coberto de maiorias que se dizem legitimadas pelo voto,mas incapazes de lidar com a Verdade,a Transparência,a Justiça,a Solidariedade Social,antes usando do repetitivo logro,da mentira institucionalizada,pretendem somente destruir tudo quanto a revolução nos deu.
E o Marco é Portugal,não é infelizmente excepção à regra geral.
Um grande abraço

João Valdoleiros

João Valdoleiros a 8 de Novembro de 2012 às 23:13

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