Dizem-me que o PCP reunirá em plenário de militantes, e mesmo desconhecendo o que lá será discutido, não andarei longe se avançar que provavelmente abordarão as próximas eleições autárquicas.
Em 2009, a CDU perdeu mais de 400 para a Câmara com António Varela e cerca de 190 votos para Assembleia na lista que encabecei.
Tal como tive oportunidade de escrever logo após terem sido conhecidos os resultados, a CDU (que tal como o PS foi vítima do voto útil em Manuel Moreira) não atingiu os objectivos a que se tinha proposto, apesar de ter mantido um eleito na Assembleia e ter reforçado votação e eleitos em Toutosa e Rosem
Nestes 3 anos, o PCP elegeu uma nova comissão concelhia (a qual até hoje nunca foi tornada pública) e está perante o seguinte dilema: apostará na candidatura à Câmara (onde poderá tentar recuperar o eleitorado perdido em 2009) ou jogará a sua cartada na Assembleia tentando recuperar eleitorado e reforçar o número de eleitos?
Uns dirão que a actividade política do PCP não se esgota nas eleições, mas o certo é que nesse momento que grande parte da actividade partidária está em jogo, e os partidos fazem-se de pessoas, de votos e eleitos.
Entre os possíveis candidatos a um ou outro órgão estão, entre outros, Filipe Baldaia, José Fonseca, José Vasconcelos, Isabel Baldaia, Isabel Pinto, Soledade Coutinho ou Benjamim Marques, desconhecendo, no entanto, se há ou não disponibilidade de algum destes para ir a votos como primeiro candidato.
Naturalmente, Isabel Baldaia deverá ser de novo candidata à freguesia de Toutosa (isto se se mantiverem as actuais freguesias) para um terceiro mandato. Atendendo a que o quadro mais qualificado para encabeçar uma candidatura é Filipe Baldaia, o PCP terá que optar (caso o advogado esteja disponível) se avança para a Câmara ou para a Assembleia.
As probabilidades de eleição para a Câmara são reduzidas, sendo que, caso avance para a Assembleia, Filipe Baldaia poderá dar continuidade a um trabalho que iniciou em 2001e ao qual tentei dar continuidade em 2005 e 2009. O surgimento de um outro candidato à Assembleia poderá não estar afastado, mas poderá ser uma jogada arriscada do PCP, pois arrisca um eleito num órgão de grande importância, pelo que esse eventual candidato poderá a avançar para a Câmara onde o risco é menor.
A, em alguns sectores socialistas e comunistas, tão desejada alternativa de esquerda no Marco dificilmente acontecerá no próximo ano, pois mesmo que da parte do PS Marco houvesse essa disponibilidade (que desconheço), pelo menos, os órgãos não locais do PCP se oporiam