Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Abr 09
publicado por J.M. Coutinho Ribeiro, às 20:02link do post | comentar

Passei pelos Paços do Concelho, sexta-feira à noite, enquanto decorria a sessão da Assembleia Municipal. Não atentei muito nas matérias em discussão. A ideia era mesmo a de avaliar o clima pré-eleitoral. Alguns sinais:

  • Lindorfo Costa esteve ao ataque, quando se falou de contas (ali ao lado, no auditório, Avelino Ferreira Torres protagonizava um "número", num colóquio sobre educação especial).
  • Estranhei as ausências dos vereadores Bento Marinho e José Mota, numa sessão em que se debatiam questões muito importantes.
  • Manuel Moreira estava nitidamente tenso e nervoso, o que talvez explique a forma pouco adequada como respondeu a Pedro Costa e Silva (qualquer coisa como isto: se a ignorância pagasse imposto, o senhor seria um grande contribuinte líquido). Desnecessário...
  • Há quem nem por momento duvide de que Ferreira Torres ganha folgadamente as eleições; e há quem garanta que o homem não tem qualquer hipótese. Exageros, talvez, em ambos os casos.
  • Conversa cá fora: há quem utilize argumentos e linguagem deslocados para atacar adversários. Um sinal dos tempos que se avizinham, quando a campanha apertar. Não vai ser bonito.
  • Norberto Soares não consegue esconder que anda agastado comigo. Deve ter sido por alguma coisa que eu escrevi. Quem escreve, arrisca-se a ser injusto; quem é referido, tem de ter alguma capacidade de encaixe.
  • A transmissão da Rádio Marcoense estava péssima. Ainda assim, há quem garanta que foi possível ouvir António Coutinho com apartes sobre deputados que não são reproduzíveis (cuidado com os microfones...).
  • Movimentações na bancada do CDS-PP. Nota-se que anda ali divisão entre os apoiantes de Norberto e de Torres. Como não podia deixar de ser.
  • Bancada do PS anda um bocado como tolo no meio da ponte. Como também não se estranha.

     


Quando conhecer melhor o Marco, vai verificar que esta distinção esquerda/direita faz por cá pouco sentido, quando se fala de eleições autárquicas.
Qual qualquer pessoa - Artur Melo incluído - poderá relatar-lhe casos de candidatos de esquerda que se revelaram um verdadeiro "flop" e que, rapidamente, engrrossaram as redes do poder supostamente da direita.
E isto não tem a ver, obviamente, com as escolhas que diz já ter feito.

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