Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Abr 09
publicado por José Carlos Pereira, às 18:45link do post | comentar

TURISMO

 

Um município com as características geográficas de Marco de Canaveses tem de apostar no turismo como uma das âncoras para o seu desenvolvimento. O seu vasto património cultural e natural e a facilidade com que, a partir do Marco, se acede a centros turísticos importantes conferem ao nosso concelho um enorme potencial turístico. Dos monumentos pré-históricos a Tongóbriga, das construções românicas à contemporaneidade da Igreja de Santa Maria, das serras aos rios, há no Marco um enorme potencial de desenvolvimento turístico.

Com efeito, o pleno aproveitamento das bacias dos Rios Douro e Tâmega, com a construção de diversos equipamentos de apoio, é fundamental para o desenvolvimento do concelho. É necessário tirar o máximo aproveitamento possível de estruturas como o Parque Fluvial do Tâmega e o Cais de Bitetos, incluindo-os no roteiro de quem navega nesses cursos, sejam turistas ou praticantes de desportos fluviais.

A Câmara Municipal deve esforçar-se por atrair para o Marco investidores na indústria hoteleira, criando condições para o surgimento de novas unidades em número e qualidade suficientes. A prioridade que a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal delineou para a fixação de investimentos no Vale do Douro não pode se desperdiçada, pelo que se deve cativar os investidores interessados em desenvolver projectos junto da margem do Douro. Cabe também à autarquia desenvolver esforços para que as Caldas de Canaveses voltem a ser uma infra-estrutura de qualidade e de renome nacional, num momento em que o turismo termal voltou a ressurgir.

Com o envolvimento dos empresários e dos demais agentes, deve apostar-se na expansão da rota dos vinhos verdes e desenvolver um roteiro dos locais de interesse arquitectónico, paisagístico, histórico, cultural e gastronómico do concelho. A Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno deve ser incentivada para acrescentar qualidade à restauração marcoense.

Contudo, é minha convicção que o sucesso do turismo no Marco deve ser projectado a uma escala regional, ou seja, implementando projectos conjuntos com os concelhos vizinhos, de modo a oferecer aos turistas programas que justifiquem a sua permanência na região durante vários dias. Essa fixação dos turistas será um factor de enriquecimento para a economia local e potenciará certamente o surgimento de várias iniciativas de índole turística e cultural.

A participação da autarquia na Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal deve servir para promover as sinergias entre municípios vizinhos e criar vantagens para os equipamentos existentes no concelho.

 


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