Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
22
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

Cultura e Turismo

 

As áreas da cultura e do turismo são estratégicas para o desenvolvimento sustentado de um território. É fulcral valorizar os recursos, promovê-los e tirar partido das suas potencialidades.

Com um vasto e rico património, em que avultam marcas perenes dos nossos antepassados, como os belos exemplares da arquitectura religiosa, do românico até Siza Vieira, e a magnífica cidade romana de Tongobriga, Marco de Canaveses deve assumir o desafio de criar riqueza em torno desses activos.

Gostaria, por outro lado, de ver a cultura tradicional, enraizada nas populações, ser acompanhada pela criação de novos públicos, sensíveis e disponíveis para diferentes formas de expressão artística. A diversidade faz crescer o conhecimento.

Desejo ver mais e melhor hotelaria e restauração, pois só assim conseguiremos atrair e fixar turistas. O património natural – os rios, as albufeiras, as serras – é um elemento que nos favorece e deve ser um trunfo forte de quem giza a estratégia turística do município.

Numa altura em que o turismo do bem-estar se consolida entre nós, com a proliferação de SPA’s e o recrudescimento da actividade termal, a revitalização das Caldas de Canaveses seria a melhor prenda para o turismo marcoense em 2010.


15
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:35link do post | comentar | ver comentários (6)

Formação e Emprego

 

O desemprego cresceu de forma significativa no concelho de Marco de Canaveses e tem sido difícil inverter os indicadores do abandono e insucesso escolar. É urgente, por isso, encontrar um novo caminho, que trave o empobrecimento e a emigração crescente dos mais novos.

Defendo que as escolas se abram cada vez mais à comunidade e proporcionem a formação adequada às necessidades, através de uma grande interligação entre escolas, autarquia, associação empresarial, centro de emprego e os próprios empresários.

É também necessário recuperar aqueles que já estão fora do sistema educativo mas que não têm as competências exigidas pelo mercado de trabalho. Qualificar os recursos é uma forma de contribuir para a criação de emprego, o aumento da produtividade e um melhor clima social. A palavra aos actores...


12
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:50link do post | comentar | ver comentários (3)

PS

 

O primeiro semestre de 2010 será altura de eleições para os órgãos concelhios do PS. Artur Melo completa o seu segundo mandato e, ao fim de quatro anos, está longe de poder dizer que uniu e mobilizou o partido. Para além de ter enfrentado dissensões na própria estrutura dirigente que escolheu, Melo registou o segundo pior resultado da história do PS/Marco. Garantiu um lugar de vereador, mas desceu nos eleitos da Assembleia Municipal, nas presidências e mandatos nas Juntas e Assembleias de Freguesia.

Estou convicto que Artur Melo será de novo candidato à Concelhia e todos os indicadores conduzem a essa leitura. Melo aposta numa recandidatura à Câmara em 2013, imaginando-se na posição de outros candidatos que passaram pelas derrotas antes de chegarem às vitórias. Contudo, na maior parte desses casos o que se verificou foi um crescimento paulatino de apoios e votos e não foi isso que sucedeu em Marco de Canaveses.

Artur Melo candidata-se e deve ganhar as eleições internas. Precisará, para tanto, de assegurar apenas umas sete ou oito dezenas de votos. É nesse patamar que se decidem as eleições no PS/Marco. O pior será depois conquistar o município, fora da sede do partido.

E adversários? Apenas Rolando Pimenta, que se demitiu do secretariado e renunciou às funções de mandatário financeiro nas autárquicas, tem dado sinais de poder estar disponível para enfrentar Artur Melo. Não sei se terá apoios suficientes para ganhar, mas pode sempre apostar em garantir uma presença vigilante na Comissão Política Concelhia, que é eleita pelo método de Hondt.

A próxima assembleia de militantes pode dar sinais sobre a postura de outros potenciais candidatos, designadamente José Neves ou Moura Pinto. Luís Almeida, que fez um discurso incisivo e muito crítico na última Assembleia, colocou-se há muito fora destas corridas. Já Cristina Vieira, membro da Comissão Nacional, espera por novos ventos.

Espero que o PS arrume a casa e tome as opções certas para se fortalecer enquanto oposição activa, com causas e protagonistas que conquistem a atenção dos marcoenses para lá do fogo-fátuo das páginas dos jornais e dos slogans de ocasião. Para isso, é necessário ser consequente nas acções realizadas e na estratégia prosseguida, que deve estar alinhada com o que verdadeiramente preocupa as populações.


07
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 01:00link do post | comentar

PSD

 

O início do ano deve trazer a marcação de eleições para a concelhia do PSD de Marco de Canaveses. A vida política local exige estruturas partidárias mobilizadas para o debate político de matriz ideológico. Prefiro isso aos movimentos populistas uninominais...

Com o PSD em maioria na autarquia, caberá à concelhia do partido assegurar a retaguarda do combate político e a mobilização das estruturas no apoio aos autarcas eleitos.

O presidente da Câmara Municipal, Manuel Moreira, é agora militante da secção local e terá chegado a pensar candidatar-se ele próprio à liderança do PSD, com o objectivo de unir o partido. O líder da bancada na Assembleia Municipal, Rui Cunha, deu sinais de que poderia avançar, recuou e estará agora a avaliar as condições de que dispõe para se candidatar. Luís Vales, deputado municipal, membro da Distrital do PSD/Porto e vice-presidente da JSD,  parece admitir uma candidatura, talvez com a perspectiva de fazer a ponte entre os apoiantes da actual concelhia, presidida por José Cruz, e os autarcas em funções.

Espero que o PSD arrume a casa e saia fortalecido deste processo eleitoral que se aproxima, já que a luta política local precisa de um PSD forte (tal como de um PS forte, de um PCP activo e, já agora, de um CDS vivo...).


06
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (5)

Câmara e Assembleia Municipal

 

Na política marcoense, a minha primeira reflexão recai sobre a Câmara Municipal. Neste primeiro ano de mandato, o executivo terá de pôr a casa em ordem, ou seja, gerir a máquina da autarquia com eficácia e mão-de-ferro, se tal for necessário. Os funcionários estão ao serviço do município e devem lealdade aos autarcas que foram eleitos para exercer o poder.

A maioria PSD terá de dar mostras de saber seleccionar projectos e prioridades e ser capaz de encontrar as parcerias e os meios adequados. O garrote financeiro não ajuda, mas compete a quem está no poder encontrar a luz ao fundo do túnel.

Negociar um novo contrato de reequilíbrio financeiro, desbloquear a concessão da água e saneamento, aprovar o novo PDM e concretizar os centros escolares e o projecto de regeneração urbana são as metas cimeiras que este executivo se vê obrigado a atingir.

À oposição cabe um papel de cooperação vigilante, activa e interveniente. Quem não souber encontrar o seu (novo) lugar, como parece acontecer com Avelino Ferreira Torres, estará a mais nesta missão.

Prevejo, por outro lado, que a Assembleia Municipal terá um mandato substancialmente diferente do anterior. O PSD conseguiu formar maioria neste órgão e sabe que pode contar com o beneplácito de vários presidentes de Junta de Freguesia. A maioria tem, assim, as votações asseguradas e reservará para si os principais lugares de representação institucional.

Gostava de ver uma oposição qualificada e interventiva na Assembleia, mas a entrada de muitos deputados estreantes e o novo enquadramento político, com maioria de um partido e a oposição muito fragmentada, leva-me a crer que a retórica aumentará na Assembleia em detrimento do debate substantivo.


04
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:45link do post | comentar

Nos próximos dias trarei aqui os meus votos para 2010 nas áreas política, económica, cultural e social de Marco de Canaveses. Será um modesto exercício sobre aquilo que gostaria de ver melhorar na nossa terra durante o ano que agora começa.

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