Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
05
Ago 10
publicado por João Monteiro Lima, às 12:45link do post | comentar | ver comentários (2)

O Partido Comunista Português, através do seu grupo parlamentar, questionou recentemente o Governo acerca do Posto da GNR de Alpendurada e Matos. Ficam as perguntas e aguarda-se a resposta:

 

"O Posto da GNR de Alpendorada e Matos foi aberto no ano de 1966 – oito anos antes da madrugada libertadora do 25 de Abril – tendo contado na altura com um efectivo de 20 guardas, responsável pela segurança em dez freguesias da região, na altura com cerca de dez mil habitantes, uma única “escola primária”, sem qualquer agência bancária, e com comércio e indústria na altura bem pouco expandidas.
Hoje, quarenta e quatro anos após a sua abertura, o Posto da GNR de Alpendorada e Matos continua a dar cobertura de segurança ao território constituído pelas mesmas dez freguesias.
Só que essas dez freguesias (Torrão, Várzea do Douro, Favões, Ariz, Vila Boa do Bispo, Magrelos, S. Lourenço do Douro, Sande, Penhalonga, Paços de Gaiolo mais a própria Vila de Alpendorada e Matos) possuem actualmente uma população total de cerca de 30 000 habitantes, isto é, três vezes superior à que existia quarenta e quatro anos atrás. Mais: hoje existem neste vasto território 8 (oito) agências bancárias, existe uma Escola Secundária, duas Escolas EB2,3, diversas escolas do primeiro ciclo do ensinos básico e escolas profissionais, vários jardins-de-infância, com uma população escolar rondando os 5000 alunos.
Não obstante esta enorme evolução demográfica e civilizacional, também sustentada na explosão industrial e comercial deste território, a verdade é que o efectivo dos guardas da GNR afectos ao Posto da GNR de Alpendorada e Matos permaneceu o mesmo, desde há quarenta e quatro anos a esta parte. Por mais inacreditável que possa parecer o efectivo deste Posto da GNR continua a ser de 20 guardas!

Posto isto, e ao abrigo das disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, solicita-se ao Governo que, por intermédio do Ministério da Administração Interna, responda às seguintes perguntas:

1. Confirma o Governo, ou não, a situação descrita relativamente ao Posto da GNR de Alpendorada e Matos?
2. Tem ou não o Governo a noção que face à enorme evolução económica, populacional e cívica ocorrida nesta região, a segurança do vasto conjunto de dez freguesias cuja segurança é da responsabilidade do Posto da GNR não pode continuar a ser bem assegurada pelo mesmo efectivo de há 44 anos atrás?
3. Quando é que o Governo tenciona então reforçar o número de guardas da GNR colocado no Posto da GNR de Alpendorada e Matos? Tenciona abrir algum novo concurso de admissão de guardas ou, pelo contrário, tenciona deslocar para este Posto da GNR alguns dos homens já integrados em cursos de formação em curso?"


07
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (7)

O "Repórter do Marão" denunciava na sua última edição o estado de abandono e de degradação em que se encontra o Castro de Arados, em Alpendorada, classificado como monumento nacional há mais de cem anos, completados precisamente no passado dia 16 de Junho.

Segundo a notícia, não há qualquer identificação do monumento, não há vedação, encontrando-se cercado por pedreiras e à mercê da invasão de veículos todo-o-terreno.

A Direcção Regional de Cultura do Norte lembra que, à luz da lei, a primeira responsabilidade pela limpeza é dos respectivos proprietários, mas não se pode esquecer as obrigações que cabem nomeadamente ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico e à Câmara Municipal. O facto do Castro de Arados estar situado em propriedade privada não pode limitar os marcoenses e a população em geral de conhecerem e usufruírem de um importante monumento nacional, que é um legado da nossa história ancestral. Algumas peças aí encontradas estão à guarda do Museu Nacional de Arqueologia.

Já o malogrado João Belmiro Pinto da Silva, historiador de arte e antigo candidato à câmara pela CDU, chamava a atenção há quase vinte anos para o desrespeito manifestado pela classificação do monumento.

Foi pena o "Repórter do Marão" não ter interpelado o presidente da Câmara sobre o assunto, já que é Manuel Moreira que tutela o pelouro da cultura na autarquia e importa saber o que tem sido feito com vista à preservação e dignificação do Castro de Arados.


04
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 11:00link do post | comentar

A leitora Judite Freitas, do projecto Caerus, escreveu-nos sobre o lançamento de um concurso de fotografia:

 

"A Escola EB2,3 de Alpendorada e o Caerus – projecto oportunidade, com o apoio do CityLab Marco, lançou o Concurso de Fotografia “A Imagem e a Arte de Saber Crescer”. A exposição dos trabalhos terá lugar dia 5 de Julho de 2010, pelas 16h30 na Junta de Freguesia de Alpendorada e Matos. O Júri, constituído pela Vereadora Dr.ª Gorete Monteiro, pela Directora do Agrupamento Vertical de Escolas de Alpendorada, Dr.ª Fátima Dias, pelo Director da Fundação Santo António, Dr. Manuel António, pela representante da Associação de Artistas do Marco de Canaveses, Dr.ª Márcia Luças, pelo representante do CityLab, Laboratómrios do Marco de Canaveses, L.da, Sr. Diogo Teixeira e pela representante dos alunos, Patrícia Eduarda Magalhães, irá atribuir os prémios aos trabalhos concorrentes.

Pretendemos desta forma, contribuir para o desenvolvimento do espírito crítico, da criatividade e das competências técnicas no âmbito da fotografia e promover e divulgar uma reflexão crítica sobre o património natural, cultural e ambiental, assim como sobre o património humano.

Contamos com a vossa participação e com a divulgação deste evento.

Melhores cumprimentos

Judite Freitas"


10
Mai 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:40link do post | comentar | ver comentários (4)

À entrada para a última jornada, o FC Alpendorada assegurou ontem o segundo lugar no Campeonato Distrital da Divisão de Honra, atrás do Sousense. Esse lugar de vice-campeão deverá dar acesso ao Campeonato Nacional da III Divisão, em função do número de clubes do distrito do Porto que desçam aos distritais. Tratar-se-ia de um regresso do Alpendorada aos campeonatos nacionais de futebol.

Também a AD Marco 09 aspira ainda a uma possível subida de escalão, dependendo neste momento de uma decisão dos órgãos jurisdicionais para confirmar o segundo lugar na sua série do Campeonato Distrital da II Divisão. Nesse caso, o ajustamento do número de clubes nas divisões distritais poderia permitir a subida à I Divisão Distrital, escalão em que se mantêm o Várzea do Douro e o S. Lourenço do Douro.

Livração, Paços de Gaiolo, Soalhães e Vila Boa de Quires, por esta ordem na classificação, terminaram também ontem o seu desempenho na II Divisão Distrital.


25
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:45link do post | comentar | ver comentários (3)

O professor e ex-deputado municipal Francisco Freitas Cardoso publicou um artigo de opinião no último número do jornal "A Verdade" em que secunda Domingos Neves, presidente da Junta de Freguesia, no apoio à ideia da criação do concelho de Alpendorada.

Cardoso não traz argumentos novos, mas deixa evidente o pulsar de uma certa determinação independentista em Alpendorada, transversal a diferentes gerações. Curiosamente, volta a ser no seio do PSD que surge publicamente uma  voz em defesa do novo concelho, para desconforto de Manuel Moreira.

Já aqui disse o que penso sobre o assunto e, para já, não volto a repisar a questão. Mas que ela está aí, está.


24
Nov 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (9)

Quando ficamos afastados de funções autárquicas, estamos mais livres para falar dos assuntos mais incómodos. É o caso da pretensa vontade de marcoenses do baixo concelho em criarem um novo município centrado em Alpendorada e Matos.

Domingos Neves, presidente da Junta daquela freguesia, desenterrou o assunto em recentes declarações ao jornal "A Verdade". Diz Neves que "seria uma ideia e se tivermos condições também não sou eu que me vou opor a esse projecto". Adiante, considera que o "desenvolvimento do baixo concelho pode passar por um concelho intermédio" e que Alpendorada "poderá vir a ser o centro desse novo concelho". Para isso, Neves recorda: "Já temos a escola secundária, temos a unidade de saúde familiar, temos a piscina, temos valências essenciais e mais que vierem penso que poderão vir para Alpendorada, porque as pessoas de outras freguesias vêm cá e fazem tudo, sem terem que se deslocar a outros lados".

É evidente para todos que Alpendorada criou nos últimos anos uma dinâmica económica e social própria e que muitas pessoas do baixo concelho estão mais voltadas, no seu dia a dia,  para Penafiel e outros concelhos envolventes do que para a sede do concelho de Marco de Canaveses. Contudo, daí a justificar-se um novo concelho parece-me que vai um grande passo.

Domingos Neves coloca a fasquia demasiado baixa ao elencar aquilo que Alpendorada tem e que justificaria a adesão das freguesias vizinhas. Como asseguraria a sustentabilidade do novo concelho? Faria sentido criar um concelho com cerca de quinze mil eleitores? Se juntarmos as freguesias marcoenses envolventes de Alpendorada e Matos e as freguesias ribeirinhas do Douro é a essa soma que chegamos.

Para além da vontade que se percebe que o Governo não tem de criar novos concelhos - provavelmente preferiria fundir alguns dos existentes - creio que falta percorrer um longo caminho para que tal se justifique no território do baixo concelho. Seria uma machadada no município de Marco de Canaveses e, em troca, não se constituiria uma nova entidade territorial com a devida sustentabilidade. E não cuido de saber o que pensariam disto as freguesias atingidas pela decisão, fossem de Marco de Canaveses ou até de Penafiel.

Julgo que Domingos Neves foi temerário em lançar este assunto para discussão, sem trazer consigo fortes argumentos em sua defesa. Não há pressão social sobre o assunto, é verdade, mas com amigos destes Manuel Moreira não precisa de se preocupar com os seus inimigos, como sói dizer-se. 


22
Jun 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar

Ao mesmo tempo que Norberto Soares escolheu o baixo concelho, e particularmente Alpendorada, para instalar os seus primeiros out-doors, chegam-nos notícias das hostes sociais-democratas locais.

Na sequência do que já havíamos referido aqui, Domingos Neves e José Antunes estão em rota de colisão e devem defrontar-se na corrida à Junta de Alpendorada e Matos. O actual presidente dispõe de boas ligações à distrital do PSD e manifesta vontade de concorrer por este partido, o que deve ser acolhido pela candidatura de Manuel Moreira. José Antunes, militante social-democrata e presidente da Junta até 2005, persiste em concorrer de novo e deverá fazê-lo como independente. Provavelmente com o apoio de Avelino Ferreira Torres, com quem tem sido visto amiúde e de quem sempre foi muito próximo.


01
Jun 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (1)

Domingos Neves e José Antunes disputam a corrida pela Junta de Alpendorada. Recorde-se que o primeiro sucedeu ao segundo e que este é actualmente o presidente da Assembleia de Freguesia. Ambos pela mesma lista, a AMI (julgo que iniciais de Alpendorada e Matos Independente), que em 2005 teve o apoio de PSD e CDS-PP.

Ao que parece, Domingos Neves quer fazer um novo mandato e José Antunes, descontente com o rumo dos acontecimentos, quer voltar a liderar a freguesia. Uma luta que pode provocar danos no eleitorado que suportou a AMI e que obrigará à intervenção do estado-maior do PSD, concelhio e distrital. Ferreira Torres e Norberto Soares ficam na expectativa, sobretudo o primeiro, que ainda há pouco se passeava com Neves e Antunes. Esta luta fratricida poderá vir a aproveitar ao PS se este conseguir apresentar um candidato forte.

Contudo, mais importante que a batalha da Junta será avaliar o impacto que as eleições em Alpendorada provocarão na corrida à Câmara, uma vez que a freguesia com maior número de eleitores pode vir a ser determinante para o resultado final. Daí o interesse de acompanhar de perto certas movimentações...


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