A questão que José Carlos Pereira deixa, abaixo, sobre as intenções políticas de António Coutinho é interessante e já falámos do tema várias vezes.
Porque participei activamente na última campanha eleitoral e, nela, cheguei a viajar com Coutinho e Manuel Moreira entre sessões, pude verificar que empresário não era "apenas" o candidato à Assembleia Municipal. O seu empenhamento e a sua influência na campanha, na definição da estratégia, o tom do seu discurso, fizeram dele uma das pedras mais fortes da recandidatura de Manuel Moreira. Diria, até, que uma peça imprescindível. Fiquei, mesmo, com a sensação de que Moreira não tomaria qualquer decisão importante sem o ouvir.
Não me espanta, por isso, que António Coutinho ambicione, a prazo, ser candidato a presidente da Câmara do Marco. Uma ambição legítima, de um marcuense que gosta da sua terra, que não renega as suas origens e que tem provas dadas fora da política. Com a vantagem - que eu prezo muito - de que não precisa da política para viver melhor.
Mas, para tanto, é importante que António Coutinho saiba, desde já, separar águas e não caia na tentação de confundir a sua actual vida de empresário com a política. E eu acho que ele já percebeu.