Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
15
Mai 13
publicado por João Monteiro Lima, às 00:55link do post | comentar | ver comentários (1)

Recebemos do Movimento Marco Positivo o seguinte pedido de divulgação

 

NOTA DE IMPRENSA

 

Está criado um movimento independente de cidadãos que vai concorrer às próximas eleições autárquicas. Com a designação de "MARCO POSITIVO", este movimento apoiará a candidatura de Artur Melo à presidência da Câmara Municipal e apresentará candidaturas à Assembleia Municipal e às Juntas de Freguesia, estando já em curso a recolha de assinaturas para esse efeito.

Na sua origem está um grupo de cidadãos que pretende a resolução dos problemas que afetam o município do Marco de Canaveses e que para além do próximo ato eleitoral querem continuar a sua intervenção cívica e politica. O Marco Positivo posiciona-se como um grupo organizado com uma mensagem positiva para o concelho e que aos seus elementos não questiona a sua origem, classe social, género, opção ideológica ou outro. Estes propõem-se a usar a sua imaginação e ideias em prol de um Marco mais evoluído social e economicamente e entendem que para transformar a nossa terra é necessário uma melhor gestão dos recursos naturais e financeiros.

A situação em que se encontra o concelho do Marco de Canaveses e a falta de políticas locais que atenuem ou eliminem o atraso atualmente verificado, levam a que seja necessário apresentar candidaturas de pessoas que nas suas vidas profissionais e políticas tenham dado provas de serem capazes de protagonizar a desejada mudança para a nossa terra. A viver a segunda década do séc. XXI, o Marco apresenta indicadores que urge retificar, como sejam a elevada taxa de desemprego, a ausência de um projeto educativo ou a incapacidade do município atrair investimento que potencie o tão desejado desenvolvimento económico e social.

Perante este cenário, ao próximo executivo municipal exige-se muito mais do aquilo que até agora foi feito. Ao longo deste mandato assistimos a uma maioria distante dos problemas do município, sem chama nem arrojo para assumir uma postura de ação positiva junto das populações. Por isso, o Marco Positivo afirma-se como um espaço de intervenção cívica e de Esperança num futuro melhor que dependa em grande parte da vontade de cada um.

Assim, consideramos que no atual panorama a criação de emprego deve assumir um lugar de destaque na nossa ação política. Para tal, propomo-nos a potenciar a criação do autoemprego através de apoio aos candidatos ao microcrédito que tenham visto os seus projetos aprovados mas que não tenham condições financeiras para os iniciarem. A maior parte destes projetos são de pequena dimensão e visam a criação de pequenas empresas locais, tais como, cabeleireiros, picheleiros ou mecânicos, e muitas vezes os promotores não têm condições financeiras para os concretizarem, pelo que através da nossa proposta a Câmara Municipal apoiará financeiramente projetos que tenham sido aprovados e demonstrem mérito para serem viáveis, servindo de garantia à sua concretização. Criar o autoemprego significa combater o desemprego, dinamizar a economia local, promover o empreendedorismo e potenciar as capacidades intrínsecas das pessoas, levando-as a acreditar em si.

Daí que seja necessária uma política para as pessoas e com as pessoas, de modo que os habitantes do Marco se sintam parte de um projeto comum, numa política participativa que não exclui ninguém e que pensa no Futuro, pois, mesmo respeitando o papel que tiveram os responsáveis pelos destinos da nossa terra até agora, entende o Marco Positivo que é possível fazer melhor.

 

Marco de Canaveses, 07.05.2013


26
Mar 13
publicado por João Monteiro Lima, às 17:55link do post | comentar | ver comentários (1)

Recebemos de Artur Melo o seguinte comunicado que se transcreve

 

Quando aderi ao Partido Socialista, fi-lo por considerar que poderia dessa forma contribuir para materializar a mudança no Marco de Canaveses. Durante anos dei o meu melhor em prol de um projeto que considerava ter condições para ser reconhecido como a alternativa marcoense ao estado em que se encontra o concelho. O desemprego, as precárias condições de vida de muitos dos nossos concidadãos e, sobretudo, a falta de esperança exigem que todos nos mobilizemos em prol de um Marco melhor.

E quando refiro todos, quero dizer expressamente todos sem exceção. Defendo, como defendia antes, que a importância dos partidos políticos não deve ser confundida com o exclusivo da participação dos cidadãos na vida pública. Aliás, cada vez mais aparecem grupos e movimentos de pessoas que fora do espectro político-partidário manifestam a sua vontade de participar nas decisões que as afetam.

Da minha parte, estou, como sempre estive, disponível para continuar a participar na vida pública e a pôr ao serviço da comunidade os conhecimentos e a experiência que acumulei ao longo destes anos.

Sinto, hoje, que serei muito mais útil à causa que para mim é o Marco se o fizer fora do partido a que até hoje pertenci. O espaço do PS no Marco está confinado a determinadas condicionantes que limitam esta minha disponibilidade.

Por esse facto, demito-me de militante do Partido Socialista, assumindo a condição de Vereador independente na Câmara Municipal do Marco de Canaveses.

Marco de Canaveses, 25/03/13
Artur Melo

03
Fev 13
publicado por João Monteiro Lima, às 12:55link do post | comentar

Recebemos do socialista Artur Melo o comunicado que se transcreve relativo ao processo de escolha do candidato do PS à Câmara do Marco.

 

 

Comunicado Artur Melo

 

O Partido Socialista do Marco de Canaveses viveu ontem a mais terrível humilhação que há memória. Uma coligação negativa circunstancial capturou a Comissão Politica Concelhia e tornou-o refém dos seus interesses e ambições pessoais. Estes militantes sem terem a coragem de apresentar uma candidatura alternativa à minha, bloquearam o projeto que no PS Marco se vinha a construir desde há anos e criaram as condições para que não possa aceitar ser o candidato do partido à Câmara Municipal.

Na verdade, não se compreende que por duas vezes tivessem tido a possibilidade de apresentar uma candidatura alternativa à minha, por duas vezes não o fizessem. Poderemos perguntar porquê, mas a resposta é óbvia: porque sabiam que a maioria dos militantes em votação direta ratificaria o meu nome. Sim, essa imensa mole humana que respira, vive e sofre com o PS está do meu lado, pois, como eles, amo e luto pelo PS e para que este possa ser poder na nossa terra.

As condições politicam locais e nacionais eram excelentes para que obtivéssemos um grande resultado em outubro nas autárquicas. Pela primeira vez o PS poderia repetir um candidato e os eleitores poderiam avaliar o trabalho realizado durante o presente mandato. Foi sempre isso que quis: ser avaliado pelo que faço. Os nossos principais adversários, PSD e CDS vivem num emaranhado tal, que os torna aos olhos dos marcoenses um filme já visto e revisto. A maioria camarária do PSD vai em oito anos de poder e não consegue resolver os principais problemas do concelho. O CDS por seu lado, não consegue desligar-se do seu passado e mais uma vez se apresentará a votos como se 1982 estivéssemos, sem conseguir perceber o mundo que o rodeia e as transformações que se verificaram.

Era esta a altura em que os marcoenses poderiam confiar em nós. Estava na hora do PS ganhar a Câmara Municipal do Marco. Como foi, então, possível que 6 dos membros da Comissão Politica Concelhia que sempre me incentivaram e apoiaram publicamente, não tivessem tido o discernimento de perceber isto mesmo, e que ao votar com a oposição interna estavam a colocar o PS refém dessas pessoas? E tendo em conta que até à hora da votação não tiveram a coragem de me informar das suas intenções, como classificar esta atitude? Se tivessem votado como se esperava, o resultado teria sido diferente.

Em política não vale tudo e esta tem, forçosamente, de ser feita com ética. Por isso, aqueles que cobardemente não se assumiram nem tiveram a coragem de apresentar uma alternativa, não contarão com a minha confiança politica. De consciência e mãos limpas, não quero estar num lodaçal de interesses mesquinhos e obscuros.

Cumprirei, fiel aos meus princípios e aos do partido a que pertenço, o mandato de Vereador até ao fim.

 

Marco de Canaveses, 01/02/13

 

 

Artur Melo e Castro


07
Ago 10
publicado por João Monteiro Lima, às 15:15link do post | comentar

A Comissão Política do PS Marco, através do seu líder Artur Melo, remeteu-nos para publicação a sua posição sobre a recente decisão do Tribunal Arbitral no diferendo "Águas do Marco vs Município do Marco de Canaveses". Transcreve-se na integra:

 

COMUNICADO

 

"No município do Marco de Canaveses mais de 2/3 da população não têm acesso a água e saneamento da rede pública. Esta situação é fruto de uma ausência de interesse da autarquia durante 23 anos de poder do CDS/PP e da falta de clarividência nos últimos 5 anos da maioria PSD, plasmada na recente condenação do município a pagar uma indemnização à concessionária.

Face a esta decisão, veio o executivo camarário anunciar que iria recorrer desta condenação, o que não é possível dado ter renunciado expressamente a essa possibilidade, conforme a cláusula 100º, ponto 6º, do Contrato de Concessão. Estas afirmações são incompreensíveis e denotam falta de lucidez num momento em que todos se obrigam a serem sérios na análise da situação ora criada. É um argumento falso e enganador, que mostra bem a falta de preparação com que a Câmara Municipal abordou este processo.

Temos direito a ser informados sobre o impacto que esta crise terá nos cofres do município. Aliás, foi o executivo que afirmou na Assembleia Municipal de 29/02/2008 que “a autarquia tem sempre capacidade para indemnizar a empresa, pois é questão do que se faz com o dinheiro do orçamento”. Assim sendo e face à inevitabilidade do cumprimento da sentença, de que forma esta condenação irá afectar o orçamento e a respectiva execução em vigor e anos vindouros? Quais as repercussões que terá na despesa corrente e de capital do município? Que rubricas serão objecto de corte orçamental? E quanto aos investimentos previstos na Modificação Unilateral do Contrato de Concessão relativos ao alargamento das taxas de cobertura de 82 % e 72%., respectivamente para água e saneamento previstos executar até 2016, estará a Câmara em condições de garantir os cerca de 28 M€ necessários para esta obra?

É que o que está em causa e resulta de toda esta trapalhada é um valor global de cerca de 45 M€, 17 M€ relativos à condenação em causa e os restantes 28 M€ para as obras na rede acima referidas. É muito dinheiro para tão depauperadas e mal geridas finanças municipais.

Por último, espera-se que os políticos que nos conduziram para esta situação tenham o bom senso de publicamente assumirem as suas responsabilidades e dêem expressão prática àquilo que afirmaram, “que a política sem riscos é uma chatice e sem ética uma vergonha”. Aguardamos, todos, com expectativa as consequências políticas deste acto que nos condenou a não sabermos quando teremos direito a sermos portugueses e europeus.

O PS e o Povo do Marco exigem explicações."

 

Presidente da Comissão Política Concelhia do PS,

 

Artur Melo e Castro

 

Marco de Canaveses, 2010-08-03


26
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 18:50link do post | comentar

O vereador e presidente da Comissão Política Concelhia do PS, Artur Melo, enviou-nos para publicação a proposta de mobilidade que apresentou na última reunião da Câmara Municipal de Marco de Canaveses.

O documento pode ser lido aqui.


25
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 09:00link do post | comentar

O meu post anterior sobre a atribuição de medalhas honoríficas pela Câmara Municipal de Marco de Canaveses motivou alguns comentários e dúvidas que a leitura da acta da reunião de 23 de Junho vem esclarecer.

Assim, a proposta de atribuição partiu do presidente da Câmara, Manuel Moreira, e todas as distinções foram aprovadas por unanimidade, com excepção da medalha atribuída ao padre Hermínio Bernardo Pinto, que colheu quatro votos favoráveis e um voto branco, sendo aprovada por maioria.

Os vereadores Avelino Ferreira Torres e Artur Melo faltaram a essa reunião.

 

Adenda: Ao contrário da opinião de alguns dos seus apoiantes, Artur Melo não viu motivos relevantes para discordar das distinções honoríficas outorgadas pelo município. Caso contrário, não faria questão de estar na entrega das medalhas, como nos mostra a ultima edição do jornal "A Verdade".


22
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (8)

A leitura das actas da Câmara Municipal de Marco de Canaveses é um manancial de novidades e de motivos para reflexão. Ao ler a acta da sessão ordinária de 9 de Junho passado, não pude deixar de atender a duas situações muito curiosas.

A primeira está relacionada com o facto do vereador Avelino Ferreira Torres ter questionado a maioria, presume-se que de forma determinada e exigente, sobre a aplicação de medidas de austeridade por parte da Câmara e a elaboração de um plano de contenção de despesas. Ai se o ridículo matasse...

A segunda situação decorre dos vereadores Avelino Ferreira Torres e Artur Melo terem votado contra os protocolos com os bares da cidade no âmbito do Festival de Montedeiras. Melo votou também contra o protocolo com a Associação das Colectividades para a realização do mesmo evento.

Ao lado das questões formais, o vereador socialista, na sua declaração de voto, defende que o Festival devia "reflectir outras preocupações, como actividades de sensibilização para o uso e prevenção das drogas, colóquios com temas de interesse para os jovens e então à noite finalizar com o espectáculo propriamente dito".

Já estou mesmo a imaginar os jovens marcoenses e forasteiros a passarem a tarde em colóquios e conferências sobre o consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, o uso de preservativo, a educação, o desemprego e saídas profissionais, à espera que as bandas comecem a tocar...


20
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (5)

Os novos órgãos concelhios de Marco de Canaveses de PSD e PS tomaram posse há cerca de dois meses e muito pouco se tem ouvido falar da sua acção. As lideranças partidárias de Rui Cunha (PSD) e Artur Melo (PS) têm-se caracterizado pelo low profile, faltando saber se se trata de uma opção deliberada ou se é mero circunstancialismo. Terão preferido esperar pela rentrée, à boa maneira das estruturas nacionais?

Em minha opinião, exigir-se-ia um papel mais interventivo das estruturas partidárias, de apoio aos seus autarcas eleitos e de mobilização de simpatizantes e militantes, num momento particularmente efervescente da política nacional e quando se aproximam (pelo menos) eleições presidenciais. Que me lembre, em termos públicos apenas houve conhecimento de comunicados das duas estruturas a propósito das obras na Linha do Douro. Não há outros assuntos que motivem a intervenção das estruturas concelhias de PS e PSD?

No caso de Artur Melo, a sua actividade como vereador corre o risco de limitar a capacidade de iniciativa do partido, o que não é de todo positivo. Melo terá de saber encontrar espaço para os dois planos de intervenção, acolhendo também a opinião da corrente que lhe foi adversa nas eleições internas. Para o PS crescer não pode ficar limitado a projectar a voz do seu presidente e vereador em funções.

Já Rui Cunha, líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, terá de encontrar o equilíbrio entre o apoio e a crítica construtiva à maioria que governa o executivo autárquico, ao mesmo tempo que precisa de lançar as bases para o futuro.

Entretanto, se vierem por aí as eleições legislativas será curioso ver Rui Cunha, mandatário de Aguiar Branco nas últimas eleições do PSD, a liderar a campanha local por Pedro Passos Coelho, assim como Artur Melo a bater-se por José Sócrates, por quem nunca "morreu de amores". Como dizia Guterres, é a vida...


12
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:45link do post | comentar | ver comentários (7)

O ex-presidente da Junta de Freguesia de Rio de Galinhas, Hernâni Pinto, assina um artigo de opinião na última edição do jornal “A Verdade” sobre o cancelamento das obras de electrificação da Linha do Douro.

Este é um assunto caro a Hernâni Pinto e o antigo autarca dispara sobre vários protagonistas socialistas, desde o primeiro-ministro, José Sócrates, ao vereador Artur Melo e a outros deputados e dirigentes distritais. O PS, dos “políticos santeiros”, é o alvo de todas as críticas.

Hernâni Pinto vê ser adiado um investimento que permitiria criar uma nova centralidade em torno da estação de Rio de Galinhas e isso magoa-o, o que se percebe. Contudo, Hernâni Pinto, que foi autarca pelo PS durante largos anos, sabe que muitas vezes há circunstâncias exógenas que levam os políticos a ter de mudar de opções e prioridades, criando a ideia de que faltam à palavra dada.

Creio que nenhum agente político tem prazer em entrar em contradição com as promessas e com os objectivos anunciados publicamente. A realidade é que muitas vezes condiciona a acção dos políticos. Ainda há dias o “Público” referia que a REFER teve de reduzir o seu plano de investimentos de 800 milhões de euros para 200 milhões de euros. Foi neste quadro que foi adiada a maior parte dos investimentos na rede ferroviária, incluindo os previstos para as Linhas do Douro e do Tâmega.

Poderia haver outras opções? Poderia escapar a esses cortes a electrificação da Linha do Douro até Marco de Canaveses? Talvez, mas também aqui há que privilegiar a rentabilização dos investimentos e não conheço em pormenor os números para fazer comparações desse tipo.

Acreditemos que este cancelamento das obras não vai prolongar-se por muitos anos e que, à primeira oportunidade, a REFER voltará a colocar a requalificação da Linha do Douro no topo das prioridades. Seja qual for o Governo em exercício de funções.


14
Jun 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (10)

Há políticos que se evidenciam por pegarem em pequenos episódios do quotidiano e fazerem disso "grandes" factos políticos. Para esses actores qualquer tema serve desde que permita fazer algum show-off, seja um comunicado para a imprensa, uma notícia ou crónica de jornal, que logo se apaga na espuma dos dias. Se isso puder satisfazer os interesses de algum grupo de pressão tanto melhor. Já por aqui escrevi que Artur Melo, vereador e presidente da concelhia do PS/Marco, cai demasiadas vezes nesse pecadilho.

Na última edição do jornal "A Verdade", Artur Melo aproveita a onda de descontentamento da secção de futsal do FC Alpendorada com a Câmara Municipal e amplifica as queixas dos respectivos dirigentes num artigo de opinião. Melo considera que os 60.000 euros por ano que Câmara entrega ao FC Alpendorada não são suficientes para apoiar a competição e a formação do futsal naquele clube. O vereador socialista critica, nomeadamente, o facto da Câmara ter deixado de pagar 200 euros por mês para arrendar o espaço destinado para as escolas de formação. No limite, isso acaba por limitar a possibilidade de Artur Melo continuar a sentir a "felicidade desportiva" que o futsal lhe proporciona!

Não duvido que a Câmara concede alguns apoios de duvidoso retorno e que muitas actividades deveriam subsistir por si e não penduradas nos apoios da autarquia. Já o escrevi. Neste caso concreto, contudo, a Câmara não pode imiscuir-se na forma como os dirigentes do FC Alpendorada decidem distribuir os dinheiros pelas diferentes modalidades. Se a secção de futsal quer competir no escalão mais elevado a nível nacional terá de se preparar para isso e recolher os apoios necessários. Se a formação precisa de 200 euros por mês para dispor de instalações de treino, será assim tão difícil obtê-los? Melo diz que custava 1,74 euros/mês por cada jovem. Os pais das crianças não poderiam disponibilizar essa verba? Seria pedir demais?

Recordo-me do tempo em que, nos meus 17 ou 18 anos, jogava futebol de salão, sem clubes federados, e tínhamos de pagar inscrições nos torneios, custear as deslocações e suportar as despesas necessárias. Nessa altura ninguém se lembrava de pedir uns trocos à Câmara. Nem havia vereadores a fazer disso um cavalo de batalha...


07
Jun 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (4)

O presidente da Câmara de Baião, José Luís Carneiro, apresentou no passado sábado a sua candidatura à presidência da Federação Distrital do PS/Porto. O seu discurso evoca um conjunto de valores e princípios caros aos socialistas. Defende uma maior abertura do partido, faz a defesa da regionalização, é claro no apoio ao candidato presidencial Manuel Alegre e dá um grande enfoque às eleições autárquicas.

José Luís Carneiro defende que o processo autárquico deve começar a ser preparado desde já, com o intuito de conquistar a maioria das Câmaras. Não teme coligações à esquerda onde elas façam sentido e propõe um Plano de Desenvolvimento Integrado para a Área Metropolitana do Porto e para o Vale do Sousa e Baixo Tâmega.

Carneiro anunciou estar disponível para uma nova candidatura autárquica, mas não é líquido que esteja a pensar em Baião. Paulo Pereira, o actual vice-presidente, dá garantias de poder ganhar a Câmara de Baião e assim José Luís Carneiro poderia abalançar-se para um novo desafio, de maior risco e envergadura.

Neste caso, cabe perguntar: Por que não Marco de Canaveses, um concelho que Carneiro bem conhece e onde estudou durante alguns anos? Não seria estimulante para si tentar conquistar uma Câmara que o PS nunca ganhou? O que pensariam disto os militantes socialistas marcoenses? E Artur Melo?

 

Não estive na apresentação de José Luís Carneiro, até por entender que esse acto se destinava primordialmente aos militantes do PS, qualidade que não tenho. Mas José Luís Carneiro sabe que lhe desejo o melhor. E como sei que conhece o que se vai escrevendo por aqui, espero que não fique importunado com o desafio "marcoense".

 


18
Mai 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (13)

A forma como decorreu o antes e o depois do processo eleitoral no PS/Marco deixava antever que não seria fácil alcançar a unidade entre as “duas metades” do partido. E como aqui escrevi, cabe naturalmente à metade que ganhou criar condições para acolher o contributo daqueles que perderam. É essa a magnanimidade que se exige aos vencedores. Mas mais do que parecer magnânimo é preciso sê-lo.

Pois bem, os últimos sinais não têm sido muito encorajadores e a própria forma como foi organizada a tomada de posse dos eleitos, no passado sábado, serviu para agravar as feridas abertas no período eleitoral. Segundo nos foi transmitido, Artur Melo preparava-se para privilegiar os eleitos pela sua lista, olvidando nomeadamente que Rolando Pimenta, em virtude da aplicação do método de Hondt, foi de facto o segundo eleito para a Comissão Política Concelhia.

Espera-se agora para ver se, num partido dividido ao meio, Artur Melo terá a humildade suficiente para convidar alguns dos eleitos pela lista derrotada para o novo Secretariado concelhio. Esse sim, seria um passo que responsabilizava a metade derrotada e criava condições para a tão reclamada unidade interna.


11
Mai 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

Fontes bem colocadas do Partido Socialista indicam-nos que o reeleito líder do PS/Marco, Artur Melo, terá sido já notificado para ser ouvido pela Comissão Federativa de Jurisdição do PS/Porto, no âmbito da participação disciplinar de que já demos conta neste post e que é anterior ao recente processo eleitoral.

Esperemos para ver como encerra este insólito caso, em que um líder partidário concelhio se vê envolvido num processo de natureza disciplinar.


08
Mai 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (1)

O recém-eleito membro da Comissão Política Concelhia do PS/Marco, Abel Ribeiro, escreveu um comentário a este post, no qual lança críticas às declarações públicas de Artur Melo, ao seu comportamento no passado recente à frente da Concelhia socialista e também à sua acção enquanto vereador.

Abel Ribeiro promete uma presença activa enquanto membro da Concelhia, mas deixa perceber as suas reduzidas expectativas com a liderança de Artur Melo.


06
Mai 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (1)

Na última edição do jornal "A Verdade", o reeleito líder do PS/Marco, Artur Melo, faz o seu balanço das eleições e diz o que lhe vai na alma: "não podemos é sempre que um candidato perde a câmara, mudar de candidato".

Artur Melo revela deste modo, com toda a franqueza, o que anima a sua acção política e guia os seus mandatos no PS/Marco - garantir uma próxima candidatura à presidência da Câmara Municipal. Foi isso que demonstrou desde que foi eleito a primeira vez em 2006 e assim continuará a ser.

Depois de dois mandatos repletos de trapalhadas e demissões dentro do partido, de um péssimo resultado eleitoral em 2009 e de uma vitória à justa nas recentes eleições internas, com metade dos militantes a votar num outro candidato, Melo persiste e revela que pretende ser candidato em 2013. Nenhuma surpresa, pois foi sempre isso que pensei e escrevi. Mas, com as suas palavras, tudo fica mais claro.

Têm a palavra os militantes e os novos dirigentes socialistas, já que os simpatizantes só no dia das eleições se podem expressar.


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