Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
23
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 19:30link do post | comentar

O meu amigo Rui Cunha, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Marco de Canaveses, não gostou que tivesse escrito que o seu partido está amorfo e veio explicar as suas razões, enumerando aquilo que o PSD tem feito.

Como Rui Cunha bem sabe, não defendo a actuação político-partidária baseada em pequenos fogachos e na exploração de números populistas. O que entendo, isso sim, é que se os partidos viverem fechados na sua concha os eleitores desconhecem a sua intervenção. E os partidos precisam de chegar à generalidade dos eleitores, não lhes bastando falar para os militantes.

Com a resposta de Rui Cunha, ficámos a saber que o PSD/Marco está incondicionalmente ao lado da Câmara nos protestos sobre a Linha do Douro e que os seus deputados na Assembleia Municipal e na Assembleia Intermunicipal do Tâmega e Sousa fizeram aprovar por unanimidade declarações no mesmo sentido. Passámos a saber que a Concelhia está a trabalhar de perto com os autarcas de freguesia e que prepara uma convenção autárquica para o próximo Outono. Pelo meio, está a organizar a casa do ponto de vista administrativo e financeiro e pretende reforçar a militância feminina.

Rui Cunha promete um apoio sério aos autarcas e ninguém o ouvirá tecer críticas em público, o que me parece um bom princípio. Apoia naturalmente a liderança nacional do partido e não percebeu que a minha expressão “é a vida…” apenas queria dizer que, quando pertencemos a um partido, temos naturalmente de ser solidários e, por vezes, apoiar publicamente aqueles que não consideramos os melhores para a função. Não é?

Nunca estive à espera de ver um Rui Cunha “desordeiro, irresponsável, insensato”. Mas por aquilo que nos revelou, valeu a pena ter “importunado” o líder concelhio do PSD.

 

ps: Naturalmente, fico à espera de uma tomada de posição pública do PSD/Marco sobre o diferendo entre a Câmara Municipal e a concessionária Águas do Marco, que conheceu novos desenvolvimentos com a recente sentença do Tribunal Arbitral.


21
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, entidade gestora do ON.2 – Programa Operacional Regional do Norte, acaba de actualizar a informação sobre os projectos aprovados até meados do corrente mês.

Entre esses projectos interessam-nos particularmente aqueles que beneficiam o nosso concelho, seja de forma isolada ou em conjunto com outros municípios vizinhos.

Assim, merece particular destaque a aprovação dos Centros Escolares de Vila Boa do Bispo e de Fornos. O primeiro tem um incentivo de 973.424 euros para um investimento elegível de 1.390.605 euros e o segundo tem um subsídio de 1.247.652 euros para um investimento elegível de 1.782.360 euros. Estes dois projectos vêm juntar-se aos já aprovados para Soalhães, Sande e Banho e Carvalhosa.

No âmbito da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, foi aprovado o projecto “Acções imateriais para prevenção e gestão de riscos materiais e tecnológicos nos municípios do Tâmega”, com um incentivo de 1.688.635 euros para um investimento de 2.412.336 euros.

Já a Associação de Municípios do Baixo Tâmega viu serem aprovados os projectos “O Património Natural como Factor de Desenvolvimento e Competitividade”, com um apoio de 183.012 euros, e “O Património Cultural como factor de desenvolvimento e competitividade territoriais no Baixo Tâmega”, com um subsídio de 132.710 euros.

A listagem de projectos aprovados pelo ON.2 pode ser consultada aqui, permitindo verificar quais têm sido as diferentes opções dos municípios e entidades da região.


15
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (3)

O Instituto do Emprego e Formação Profissional revelou já os seus indicadores de Junho, que dão conta de uma estabilização ao nível do desemprego em Marco de Canaveses. O número de desempregados reduziu de 4.047 para 4.045 entre Maio e Junho.

Entre os concelhos do Tâmega e Sousa, Marco de Canaveses continua a ser o terceiro município com mais desempregados, logo atrás de Paredes (subiu para 5.690) e Amarante (desceu para 4.170).

É neste quadro que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e um conjunto de organizações públicas, empresariais e sociais, lançam amanhã, sexta-feira, em Lousada, o «Pacto para o Emprego do Tâmega e Sousa». Esta iniciativa juntará mais de vinte instituições na promoção do emprego e na formação de mão-de-obra qualificada que dê resposta às necessidades das empresas.

Espero que o Pacto não desperdice a oportunidade de procurar fomentar o empreendedorismo e de criar espírito de iniciativa empresarial junto dos vários estratos populacionais, a começar pelos mais jovens e qualificados para assumir o risco. É também por aqui que se começa a vencer a falta de oportunidades de emprego na região.


16
Jun 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (3)

No sábado passado, já depois da publicação deste post sobre a conferência de imprensa de Manuel Moreira relacionada com a requalificação das linhas do Douro e do Tâmega, o site da Câmara Municipal de Marco de Canaveses publicou o teor da carta endereçada este mês ao primeiro-ministro, José Sócrates, e que foi subscrita pelos presidentes de Câmara da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa. Foi também publicada a deliberação aprovada na semana passada pela Câmara Municipal.

Uma vez que o meu post suscitou comentários que defendiam que a actuação de Manuel Moreira deveria ser concertada com os autarcas dos municípios vizinhos, nomeadamente no âmbito da CIM Tâmega e Sousa, é justo fazer agora este reparo, ainda que atrasado.


13
Mar 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:00link do post | comentar

Decorreu ontem em Amarante, no Mosteiro de Travanca, a cerimónia que assinalou a integração dos municípios do Baixo Tâmega e do Douro Sul na Rota do Românico, até aqui limitada aos limites do Vale do Sousa. Esta iniciativa, recorde-se, foi já premiada em Portugal e em Espanha e faz parte da maior rede mundial do românico.

Com a abertura a mais seis concelhos, dotados de perto de quarenta monumentos românicos, alguns dos quais classificados, a Rota do Românico ganha assim uma escala maior e pode constituir um instrumento importante para a promoção do turismo cultural da região do Tâmega e Sousa.

Espera-se dos autarcas eleitos que tenham a visão estratégica necessária para saber tirar todo o partido desta iniciativa, requalificando o património e, ao mesmo tempo, usando-o como um elemento de atracção para reforçar a competitividade do território.


12
Fev 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar

O ex-presidente da Câmara e actual presidente da Assembleia Municipal de Paredes, Granja da Fonseca (PSD), é o novo presidente da Assembleia Intermunicipal do Tâmega e Sousa. A eleição decorreu no passado sábado e a única lista a votos incluiu como vice-presidente a socialista Cristina Sequeira, de Baião, e como secretário o social-democrata Carlos Nunes, de Lousada.


03
Fev 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:45link do post | comentar | ver comentários (2)

O presidente da Câmara de Penafiel e da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, Alberto Santos, veio protestar publicamente sobre a suspensão pelo Governo da construção da auto-estrada entre Penafiel e Entre-os-Rios, no âmbito da concessão Vouga (também conhecida por IC35), que ligará Penafiel a S. João da Madeira. Essa ligação, há muito prometida e cuja oportunidade foi reforçada na sequência da queda da ponte Hintze Ribeiro, beneficiaria também o concelho de Marco de Canaveses. Por isso, a Assembleia Municipal de Marco de Canaveses aprovou no mandato anterior uma proposta apelando à construção de um acesso fácil do baixo concelho ao IC 35, que também votei favoravelmente. O interesse da via e as vantagens para Marco de Canaveses são inegáveis e isso não está em causa.

Alberto Santos enfatiza o incumprimento das promessas feitas recentemente, nomeadamente pelo ministro Teixeira dos Santos. Será verdade o que diz e a reclamação é oportuna, ao evidenciar uma carência evidente da região. Pensarão o mesmo os residentes nas áreas das outras quatro concessões suspensas (Serra da Estrela, Tejo Internacional, Ribatejo e Baixo Alentejo). Todavia, Alberto Santos terá que olhar para dentro de casa – para o PSD – e decidir o que quer(em) defender em cada momento. Enquanto vice-presidente da distrital do Porto do PSD, Alberto Santos advoga mais investimento público em concessões rodoviárias, nos tempos de crise estrutural profunda que vivemos, ou quer ser solidário com a direcção nacional do seu partido e limitar ao mínimo possível esses investimentos?

Quando Manuela Ferreira Leite, (ainda) líder do seu partido, proclama que o Orçamento do Estado dá sinais de caminhar no sentido da contenção da despesa pública está a congratular-se com a suspensão do investimento público ainda não comprometido e essa foi uma das razões para o PSD viabilizar o Orçamento. Seria conveniente que o discurso no seio do maior partido da oposição estivesse mais alinhado…


11
Dez 09
publicado por José Carlos Pereira, às 21:27link do post | comentar

O PSD venceu a eleição para a Assembleia Intermunicipal do Tâmega e Sousa, que decorreu até há pouco. Com 15 votos, o PSD elegeu assim António Coutinho, Rui Cunha e António Santana. O movimento Marco Confiante com Ferreira Torres teve 8 votos e elegeu Monteiro da Rocha. A lista conjunta PS/movimento Marco de Verdade Norberto Soares alcançou 6 votos e elegeu Rui Brandão.


10
Dez 09
publicado por José Carlos Pereira, às 19:15link do post | comentar

São já conhecidas as listas para a eleição dos representantes da Assembleia Municipal de Marco de Canaveses na Assembleia Intermunicipal do Tâmega e Sousa, que decorre amanhã.

O PSD (14 deputados eleitos) apresenta António Coutinho, Rui Cunha e António Santana nos três primeiros lugares. O movimento Marco Confiante com Ferreira Torres (9 deputados) candidata Monteiro da Rocha, Sérgio Renato Bouça e Mário Luís Monteiro. A lista conjunta PS/movimento Marco de Verdade Norberto Soares (8 deputados no total) apresenta Rui Brandão, Rodrigo Lopes e Alfredo Queirós, este último deputado eleito pelo CDS-PP em 2001 e 2005.

Ao que pude apurar, nem todos os deputados estarão em condições de votar, seja porque alguns ainda não foram empossados, seja porque há ausências confirmadas e que não serão colmatadas. Essas faltas podem baralhar as votações, mas à partida só haverá para decidir o quinto representante: se será o 3º do PSD ou o 2º do movimento Marco Confiante com Ferreira Torres, já que António Coutinho, Rui Cunha, Monteiro da Rocha e Rui Brandão terão a eleição assegurada. Em condições normais, atendendo à repartição dos votos, António Santana deverá ser o quinto eleito.

Ao contrário da última eleição, em que a CDU formou lista com o PS, João Monteiro Lima ficou de fora. Parece que houve uma tentativa do PS de formar uma lista com um representante de cada grupo, mas tal não foi aceite. A CDU entendeu depois que não estavam reunidas condições para integrar uma lista com o PS e o movimento Marco de Verdade Norberto Soares.

Aliás, a opção do PS de se apresentar em conjunto com o movimento Marco de Verdade Norberto Soares custa a entender. Não traz consigo qualquer ganho eleitoral, uma vez que não aumenta as hipóteses de eleger um segundo representante e, ao que parece, nem sequer garantirá o total dos oito votos. Se o PS ainda agregasse a CDU para se apresentar como o “federador” dos grupos mais pequenos, talvez se compreendesse. Assim, teremos de esperar pelos próximos capítulos para perceber o que motivou esta aliança entre os eleitos do PS e do movimento Marco de Verdade Norberto Soares.


publicado por José Carlos Pereira, às 00:05link do post | comentar

Os membros eleitos da Assembleia Municipal de Marco de Canaveses elegem na próxima sexta-feira à noite os seus cinco representantes na Assembleia Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

A votos estarão três listas: a do PSD, a do movimento Marco Confiante com Ferreira Torres e a da surpreendente "coligação" PS/movimento Marco de Verdade Norberto Soares.

No anterior mandato, a votação conduziu à eleição de 2 deputados do PSD (Luís Vales e Zita Monteiro), 2 do CDS-PP (Monteiro da Rocha e Pedro Costa e Silva) e 1 do PS (eu próprio).


28
Nov 09
publicado por José Carlos Pereira, às 17:25link do post | comentar

O JN de ontem publicava um trabalho a partir do Anuário Estatístico Regional 2008 editado pelo Instituto Nacional de Estatística. Aí se pode ver que a região Norte pouco evoluiu na riqueza criada, por habitante, considerando a paridade do poder de compra, face à média de Portugal (100%).

A região Norte passou de 79,5% em 2006 para 79,6% em 2007. Dentro da região, o Tâmega, onde se inclui Marco de Canaveses, mantém o pior indicador, mesmo crescendo de 55,5% em 2006 para 58,1% em 2007. À sua frente estão o Minho-Lima (63,7%), Douro (67,1%), Alto Trás-os-Montes (67,6%), Ave (72,2%), Cávado (76,6%), Entre Douro e Vouga (81,7%) e Grande Porto (99,8%).

Mais um (conhecido) desafio que se impõe aos dirigentes da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.


16
Nov 09
publicado por José Carlos Pereira, às 20:00link do post | comentar

O presidente da Câmara de Penafiel, Alberto Santos (PSD), foi hoje reeleito presidente do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Para vice-presidentes foram eleitos os presidentes de Cinfães, Pereira Pinto, e Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, ambos do PS.

O facto de ter passado a registar-se um empate no número de presidências de Câmara entre PS e PSD, desde as últimas eleições, obrigou os partidos a acertar posições. A presidência e as vice-presidências passam a ser rotativas entre PS e PSD - um partido ocupa a presidência e o outro as duas vice-presidências, durante cada metade do mandato.

Já na Assembleia Intermunicipal, que deve ser instalada em breve, a realidade será bem diferente. PSD e CDS dispõem de maioria, contando com 168 deputados municipais, contra 132 do PS, 5 da CDU, 1 do BE e 20 independentes (eleitos pelos movimentos de Ferreira Torres, Fátima Felgueiras e Norberto Soares).


02
Out 09
publicado por José Carlos Pereira, às 18:45link do post | comentar

O "Diário da República" de hoje publica o Regulamento da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Um documento fundamental para estruturar aquela entidade e em cuja aprovação participei na qualidade de membro da Assembleia Intermunicipal.


31
Ago 09
publicado por José Carlos Pereira, às 19:20link do post | comentar | ver comentários (1)

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa vai fazendo o seu percurso e, aos poucos, vai-se estruturando e colocando de pé projectos de relevo para a região.

O "Jornal de Negócios" noticia hoje que, dos 543 milhões euros já contratualizados com as várias comunidades intermunicipais do país, coube à CIM do Tâmega e Sousa um dos montantes mais elevados - 125,7 milhões de euros de apoios comunitários para projectos geridos directamente por aquela estrutura, de acordo com as prioridades definidas pelos doze municípios que a integram.

Entretanto, a CIM procede também ao reforço da sua estrutura técnica e, hoje mesmo, o "Diário da República" publica um anúncio para a contratação de quadros técnicos em diferentes áreas.


02
Jul 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar

A Assembleia da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa reuniu-se na passada segunda-feira, em Penafiel, tomando conhecimento dos projectos em curso, designadamente no âmbito da contratualização entre a CIM e o Programa Operacional Regional do Norte, e da actividade desenvolvida pelo Conselho Executivo liderado por Alberto Santos, destacando-se a recente tomada de posição dos doze presidentes de câmara em defesa do IC 35.

No período de antes da ordem do dia, destacou-se a discussão de uma moção contra as barragens da bacia do Tâmega. Essa moção, rejeitada pela maioria dos deputados, apresentava uma argumentação demasiado radicalizada, que não favorecia a reflexão e o consenso. Refira-se que a moção foi apresentada por Emanuel Queirós, quadro da autarquia marcoense, deputado municipal em Amarante pelo movimento "Amarante com Ferreira Torres", mas eleito para a Assembleia Intermunicipal em coligação com o...PSD.


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