O meu amigo Rui Cunha, presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Marco de Canaveses, não gostou que tivesse escrito que o seu partido está amorfo e veio explicar as suas razões, enumerando aquilo que o PSD tem feito.
Como Rui Cunha bem sabe, não defendo a actuação político-partidária baseada em pequenos fogachos e na exploração de números populistas. O que entendo, isso sim, é que se os partidos viverem fechados na sua concha os eleitores desconhecem a sua intervenção. E os partidos precisam de chegar à generalidade dos eleitores, não lhes bastando falar para os militantes.
Com a resposta de Rui Cunha, ficámos a saber que o PSD/Marco está incondicionalmente ao lado da Câmara nos protestos sobre a Linha do Douro e que os seus deputados na Assembleia Municipal e na Assembleia Intermunicipal do Tâmega e Sousa fizeram aprovar por unanimidade declarações no mesmo sentido. Passámos a saber que a Concelhia está a trabalhar de perto com os autarcas de freguesia e que prepara uma convenção autárquica para o próximo Outono. Pelo meio, está a organizar a casa do ponto de vista administrativo e financeiro e pretende reforçar a militância feminina.
Rui Cunha promete um apoio sério aos autarcas e ninguém o ouvirá tecer críticas em público, o que me parece um bom princípio. Apoia naturalmente a liderança nacional do partido e não percebeu que a minha expressão “é a vida…” apenas queria dizer que, quando pertencemos a um partido, temos naturalmente de ser solidários e, por vezes, apoiar publicamente aqueles que não consideramos os melhores para a função. Não é?
Nunca estive à espera de ver um Rui Cunha “desordeiro, irresponsável, insensato”. Mas por aquilo que nos revelou, valeu a pena ter “importunado” o líder concelhio do PSD.
ps: Naturalmente, fico à espera de uma tomada de posição pública do PSD/Marco sobre o diferendo entre a Câmara Municipal e a concessionária Águas do Marco, que conheceu novos desenvolvimentos com a recente sentença do Tribunal Arbitral.