Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
01
Jun 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (2)

Numa altura em que a Câmara Municipal de Marco de Canaveses tem pela frente o desafio de decidir sobre os investimentos estruturantes para o futuro do município, peneirando os projectos em função das exíguas disponibilidades financeiras, defendo que a aposta nos centros escolares deve ser privilegiada em benefício das novas gerações e do combate ao abandono e insucesso escolar. Isso mesmo referi aqui há dias, na sequência do que expressei na Assembleia Municipal aquando do debate sobre a Carta Educativa.

Pois bem, quando pensamos nestas matérias devemos olhar para as boas práticas e para os excelentes exemplos de investimento na educação que acontecem neste país. E um dos casos de sucesso que merece ser assinalado está aqui bem perto, em Paredes.

A autarquia paredense decidiu fazer da educação uma das bandeiras do concelho e, depois de outras medidas de combate ao insucesso e de promoção da inclusão, está a levar por diante a construção de quinze centros escolares.

A RTP passou ao longo do último domingo uma reportagem sobre um desses centros escolares em construção, em Mouriz. Trata-se de um investimento de 2,3 milhões de euros e que albergará 375 crianças. Uma obra arrojada, de arquitectura magnífica, com evidentes preocupações ambientais e plenamente integrada no espaço envolvente, que contará com vários equipamentos desportivos. Aprender numa escola destas é meio caminho andado para almejar o sucesso.

A reportagem pode ser vista aqui.

 

Ontem tive oportunidade de visitar a escola em construção com o presidente da Câmara, Celso Ferreira. O que se vê na reportagem televisiva não faz completa justiça ao que está a ser construído.

 


22
Mar 10
publicado por José Carlos Pereira, às 20:00link do post | comentar

As eleições para a liderança do PSD têm assinalado as divergências entre alguns dos principais actores do partido em Marco de Canaveses. Quem viu a RTPN ontem à noite pôde ver que enquanto José Pedro Aguiar Branco confraternizava com autarcas e militantes marcoenses na Casa da Ribeira, em Sobretâmega, o presidente da Câmara, Manuel Moreira, marcava presença numa iniciativa com Paulo Rangel, em Paredes. Por certo, também o deputado municipal Luís Vales, mandatário nacional para a juventude de Pedro Passos Coelho, andava numa qualquer lide partidária neste final de campanha.

Entre os presentes na sessão com Aguiar Branco viam-se actuais e antigos autarcas como Rui Cunha, Zita Freitas, Coutinho Ribeiro, Gil Mendes, Rui Mendes e Manuel Couto.

Resta saber os efeitos desta divisão interna na próxima eleição da Comissão Política Concelhia, agendada para Abril.


28
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (2)

O presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Manuel Moreira, marcou ontem presença, no Porto, na sessão de apresentação do livro "Mudar", que resume as ideias e as propostas de Pedro Passos Coelho na sua corrida à liderança do PSD.

A presença de Moreira teve um cariz sobretudo institucional ou corresponderá a um apoio efectivo a Passos Coelho?


11
Dez 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (13)

Viram a pérola que constituiu a troca de insultos entre os deputados Maria José Nogueira Pinto (PSD) e Ricardo Gonçalves (PS) na Comissão Parlamentar de Saúde?

Pois bem, há quem garanta que aquele deputado socialista, eleito por Braga, esteve muito envolvido, há um ano, na indigitação de Norberto Soares como candidato pelo PS à Câmara de Marco de Canaveses. Verdade? Mais não posso nem devo dizer...


20
Nov 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (1)

Com a notícia do JN da passada segunda-feira (ver aqui) abriu-se uma verdadeira caixa de pandora sobre a toponímia marcoense. Todos os principais órgãos de comunicação quiseram pegar no assunto - Ferreira Torres, na realidade, é um verdadeiro fétiche para a comunicação social nacional. Ontem foi a vez do "Diário de Notícias" e da SIC, no programa "Nós por cá".

Entretanto, posso adiantar que a Comissão Municipal de Toponímia, tal como Manuel Moreira disse ao DN, será empossada na próxima semana, mais precisamente no dia 24, terça-feira, às 19 horas.


09
Nov 09
publicado por José Carlos Pereira, às 20:30link do post | comentar | ver comentários (1)

O Tâmega online publica hoje a distribuição oficial dos pelouros da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, antes mesmo do próprio site da autarquia. O essencial já tinha sido avançado aqui.

A notícia refere ainda que na primeira reunião do executivo, Manuel Moreira  apresentou a proposta para alteração da denominação do Estádio “Avelino Ferreira Torres” para “Estádio Municipal do Marco de Canaveses”. Será essa proposta que a Comissão Municipal de Toponímia e a Junta de Freguesia de Fornos serão chamadas a analisar em breve.


04
Nov 09
publicado por José Carlos Pereira, às 19:55link do post | comentar | ver comentários (1)

O recém-empossado presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, Manuel Moreira, deu uma entrevista à Douro Verde TV, que pode ser vista aqui.


09
Out 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (6)

Avelino Ferreira Torres tirou mais um coelho da cartola e arranjou forma de se furtar ao debate com os seus adversários, ao contrário do combinado com a organização (Rádio Marcoense, Douro Verde TV e "Repórter do Marão"). Há muito que todos sabiam que o debate se realizaria no espaço do auditório. Ferreira Torres teme, sobretudo, a possibilidade de não se conter perante o contraditório dos adversários. Se ele já mordeu a orelha a um...

O modelo do debate, muito compartimentado, deixou a desejar por não colocar os candidatos em diálogo permanente. Mas reconheço que isso também poderia tornar o debate confuso e inconclusivo.

Norberto Soares esteve sereno, mas sem a chama que se esperaria de alguém que teve mais de nove mil votos há quatro anos. Norberto tem de conviver com o seu passado e esse foi um peso em cima da suas costas quando se falou de temas como a dívida ou a concessão da água e saneamento.

António Varela insistiu nas posições habituais da CDU e foi perspicaz quando referiu que a concentração dos pelouros das finanças e das obras, prometida por Artur Melo no caso de vencer, costuma degenerar em maus exemplos na presidência de autarquias. De facto, o que se diria se fosse Avelino Ferreira Torres e não Artur Melo a anunciar que concentrava em si esses dois pelouros, a manifestar a sua pressa em negociar amigavelmente com a Águas do Marco e pagar aos empreiteiros que fizeram as obras não cabimentadas de 2005?

Artur Melo embrenhou-se nas questões contabilísticas (imobilizado em curso, controlo de existências, gestão de stocks, provisões), num discurso mais próprio de um técnico do que de um político.

Manuel Moreira começou por lamentar a ausência de Ferreira Torres, reveladora de falta de cultura democrática. Recordou o escândalo da atribuição de verbas para obras não cabimentadas nas vésperas das eleições de 2005 - Artur Melo era então vereador e não votou contra a proposta - e enfatizou as consequências da dívida. Falou menos do futuro do que do passado.

Artur Melo disse que o passado já não fará mossa nestas eleições. Ora, não concordo de todo com esta afirmação. Em Marco de Canaveses temos ainda um longo caminho até podermos proclamar, como António Varela, que a política é a arte mais séria e honesta que devia existir.

 


08
Out 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (7)

A poucas horas do debate entre os candidatos à Câmara Municipal, permito-me recordar aqui o meu post anterior com interpelações directas a Avelino Ferreira Torres.

 


publicado por José Carlos Pereira, às 00:40link do post | comentar | ver comentários (3)

Decorrerá hoje o único debate entre os cinco candidatos à presidência da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, numa organização conjunta do "Repórter do Marão", da Douro Verde TV e da Rádio Marcoense.

O debate terá lugar no Auditório Municipal a partir das 16 horas, com transmissão em directo na Rádio Marcoense. Apenas um reduzido staff de apoio de cada candidato poderá assistir ao vivo. O debate será retransmitido pela Rádio Marcoense depois das 21h00.


05
Out 09
publicado por José Carlos Pereira, às 13:30link do post | comentar

Acabo de ver no "Primeiro Jornal" da SIC a reportagem sobre as eleições em Marco de Canaveses. E percebi, finalmente, por que razão o Tribunal Constitucional se decidiu pela elegibilidade de Avelino Ferreira Torres. Houve luzes que se acenderam em Tuías...


02
Out 09
publicado por José Carlos Pereira, às 00:10link do post | comentar

Pela voz de António Varela e Norberto Soares soube ontem que os candidatos à Câmara foram ouvidos na quarta-feira pela SIC e que a Rádio Renascença também quer ouvir os candidatos. Entretanto, o "Jornal de Notícias" publica hoje duas páginas sobre as eleições em Marco de Canaveses.

Não há dúvida de que a comunicação social nacional está atenta ao que se passa no nosso concelho.


01
Out 09
publicado por José Carlos Pereira, às 18:15link do post | comentar

O "Correio da Manhã" de ontem dava nota de uma acção a cargo do denominado "Movimento Marcoenses com Vergonha na Cara" que difundiu uma mensagem escrita por telemóvel apelando ao voto contra a lista do Movimento Marco Confiante com Ferreira Torres.

Na mesma notícia, Ferreira Torres dá nota das pretensas dificuldades de comunicação que terão feito com que não estivesse presente no debate da Rádio Clube de Penafiel. Torres diz que a sua candidatura não tem mail. Então que endereço é este que está colocado no seu blogue?


30
Set 09
publicado por José Carlos Pereira, às 00:30link do post | comentar | ver comentários (13)

O debate da Rádio Clube de Penafiel começou com a novidade que era conhecida por nós desde a noite anterior. Sabíamos que Ferreira Torres não respondera ao convite da RCP, mas cumprimos a solicitação de não divulgar esse facto até que a rádio emitisse a sua nota sobre o assunto. Lamenta-se mas não se estranha a atitude de Ferreira Torres, que apenas Manuel Moreira criticou no lançamento do debate. E agora os quatro candidatos aceitam serenamente a presença de Ferreira Torres no debate da Rádio Marcoense?

O modelo do debate seguiu a nova moda iniciada pelas televisões. O jornalista, no caso António Orlando, apenas faz a ligação entre os temas pré-seleccionados, o que torna o debate pouco vivo e acutilante. Ainda assim, foi melhor a segunda parte, uma vez que a questão financeira e a área social suscitaram uma troca mais viva de opiniões.

Manuel Moreira esteve muito voltado para a obra que fez no mandato que está a terminar e olhou menos para o futuro. Esteve bem na abordagem à situação financeira, denunciando a realidade que encontrou na Câmara. Não disse se estava aberto a coligações em caso de vitória sem maioria.

Norberto Soares foi o único que se pronunciou sobre a matemática pós-eleitoral, ao assegurar mais uma vez que não será segundo de ninguém. Criticou o esbanjamento do actual executivo em assessorias e com o motorista. Por ele, até de bicicleta ou a pé desempenhava a função.

Artur Melo esteve combativo no debate e insistiu na negociação do contrato com a Águas do Marco, muito embora Moreira lhe tenha referido que também esgotara a via negocial antes de avançar para a modificação unilateral do contrato. Enalteceu o historial de combatividade e de oposição dos autarcas do PS e deixou clara a sua opção pela via empresarial. Depois de anunciar uma empresa municipal para a área do turismo, lançou no debate a ideia de uma agência municipal para o investimento.

António Varela foi vigoroso na crítica a Ferreira Torres ao dizer que a gestão do ex-presidente deu um tratamento "abaixo de cão" aos marcoenses. Apontou o dedo ao facilitismo na gestão do Rendimento Social de Inserção, associando Cristina Vieira a esse facto. Foi infeliz ao referir-se a ausências do vereador Luís Almeida em algumas votações do executivo, por aquilo que lhe tinha sido dito, embora não soubesse se era assim ou se era boato. Ora, se Luís Almeida se absteve de participar em alguma votação foi tão só por considerar que, eticamente, essa era a atitude mais adequada.

 


28
Set 09
publicado por José Carlos Pereira, às 12:40link do post | comentar | ver comentários (11)

Tem lugar amanhã o debate entre os candidatos à Câmara de Marco de Canaveses na Rádio Clube de Penafiel. Está agendado um segundo debate para o dia 8 de Outubro na Rádio Marcoense. Estas oportunidades não podem ser desperdiçadas pelos candidatos da área democrática para interpelarem Avelino Ferreira Torres sobre assuntos que “desmascaram” a sua governação anterior e põem a nu as suas debilidades. Cito alguns exemplos:

- Como se sente na pele de candidato condenado a pena de prisão, embora com execução suspensa, por crimes praticados enquanto presidente da Câmara? Sente orgulho por isso? Confiaria a condução dos seus negócios privados a uma pessoa condenada por crimes de gestão danosa? Apresenta-se como um exemplo de conduta aos marcoenses?

- O que pensa do facto do segundo candidato da sua lista ter sido também condenado a prisão, com pena suspensa, por crime continuado praticado no exercício de funções de vereador?

- Quanto custa a sua campanha eleitoral e quem a paga? Qual é a estimativa de custo para os meios utilizados, que superam o conjunto dos meios de todos os seus concorrentes?

- A dívida de 45 milhões mais juros que deixou como herança, e obriga ao pagamento de 300 mil euros por mês à banca, foi a contrapartida de que obras estruturantes? Que investimentos reprodutivos e fulcrais para a qualidade de vida dos marcoenses foram concretizados? Água e saneamento? Parques empresariais qualificados? Incubadoras de empresas? Biblioteca? Arquivo Municipal? Teatro? Centro cultural? Sala de espectáculos? Infra-estruturas turísticas de qualidade? Requalificação da cidade e dos principais pólos urbanos? Onde estão os investimentos que justificam o “prémio” de ter sido a segunda Câmara do país a declarar a ruptura financeira?

- Como justifica o negócio do cineteatro Alameda com um grupo imobiliário local? Não acha que foram depauperados os dinheiros públicos ao decidir pagar dois milhões de euros por uma obra inacabada, que devia ter sido concluída pelo empreiteiro que adquirira o imóvel?

- Qual foi a sua posição na negociação do contrato de concessão da água e saneamento e o que é que pensa hoje sobre esse contrato? Qual foi o sentido do seu recente depoimento no Tribunal Arbitral?

- É uma coincidência que o mesmo grupo imobiliário estivesse envolvido no negócio do cineteatro Alameda, participasse na concessão da água e saneamento e ainda fosse adjudicatário de várias obras da autarquia?

- Quantos milhões foram transferidos para o Futebol Clube do Marco, através de direcções que sempre lhe foram fiéis, com resultados que conduziram à falência e extinção do clube?

- Como justifica a ilegalidade de assumir compromissos não cabimentados, de valor superior a três milhões de euros, na véspera das últimas eleições?

- Como justifica as sucessivas ilegalidades detectadas pela Inspecção-Geral de Finanças e Inspecção-Geral das Autarquias Locais, com várias participações efectuadas nos tribunais?

- Como justifica o plano de recrutamento de pessoal para a autarquia ao longo dos anos? É simples coincidência o facto de diversos dirigentes, autarcas e familiares de autarcas do partido por que sempre concorreu serem funcionários da autarquia?

Estes debates radiofónicos são importantes porque permitem confrontar Ferreira Torres com a realidade e com o peso da sua “herança”. Mais uma vez, afirmo que o que está em jogo, em primeiro lugar, é salvaguardar o respeito pelas regras mais elementares do jogo democrático na nossa terra. Será bom que os candidatos que se opõem a Ferreira Torres não esqueçam o exemplo de Amarante em 2005, em que o PSD cedo percebeu que não podia ceder à tentação de querer colocar Armindo Abreu e Ferreira Torres no mesmo plano, sob pena de causarem danos irreparáveis ao município, contribuindo para a vitória de Torres.

 


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