Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
27
Abr 10
publicado por J.M. Coutinho Ribeiro, às 04:46link do post | comentar

O ataque que os actuais senhores do PS fizeram a Gil Mendes - de que só tomei conhecimento no Domingo passado - não é, apenas, um tiro no pé. É uma ignomínia. Divirjo de Gil Mendes em várias coisas e, como ele próprio poderá confirmar, tive o ensejo de lhe explicar, por diversas vezes que o bravo combate que ele travou contra Avelino Ferreira Torres, ao longo de tantos anos, era uma luta quixotesca. Sempre lhe disse: O homem acabará por caír, mas pela força dos votos - não pela força da Justiça. Ainda assim, não lhe regateei ajuda quando precisou dela. Foi neste pressuposto que, na última campanha eleitoral, fiz finca-pé, enquanto mandatário do presidente Moreira, em não ir ao tribunal pedir a inelegibilidade (frustrada) de Avelino Ferreira Torres. Foi neste pressuposto, também, que, em 2001, expliquei a Gil Mendes que gostaria muito de o ter nas minhas listas, mas que achava que não devia: ele estava o seguir o caminho da polícia; eu queria seguir o caminho da política. Não convinha misturar. Gil Mendes, que sempre me pareceu um homem de convicções e desapegado do poder, aceitou com a maior tranquilidade a minha posição, ainda que, por momentos, possa não ter percebido muito bem o verdadeiro alcance do que eu pretendia. Tenho a certeza de que hoje sabe. Depois de ter estourado muito dinheiro no seu combate judicial contra Ferreira Torres, depois de ter estourado a sua própria saúde, depois de ter ficado indignado com os relativos insucessos da sua luta, acomodou-se. Mas nem assim perdeu o sentido crítico. É sabido que Gil Mendes, no primeiro mandato de Manuel Moreira, não ficou empolgado (ele, que foi quem lançou a ideia da sua candidatura em 2005). Soube conter-se nas críticas. E, quando lhe cheirou a esturro e pressentiu que Avelino poderia voltar, vestiu a camisola e eu vi-o em todos os comícios, de bandeira do PSD na mão nas eleições de 2009. Hoje, é vice-presidente da Concelhia do PSD - da nova, da que rejeita o regresso a Avelino. Foi-lhe feita justiça. O homem que foi prejudicado dentro do PSD pela sua luta contra Torres, não podia ficar, indefinidamente, fora de jogo. Não se aceita, por isso, que o PS dominante venha atacá-lo, ainda por cima por uma situação que não é verdadeira. Entendamo-nos: Gil Mendes lutou mais pela democracia no Marco, do que esses senhores todos juntos. Há, apenas, uma diferença: Mendes aceita as regras do jogo. Os senhores que o atacaram, acham que o jogo lhes pertence, por uma questão de estirpe. Como se imaginará, não irão longe. A estirpe, hoje, não é genética - é uma coisa que se conquista. Contingências da democracia. O feudalismo já não é o que era.


26
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:05link do post | comentar | ver comentários (6)

O PS/Marco decidiu apontar as suas baterias, de forma inopinada, contra Gil Mendes, novo vice-presidente do PSD local, durante a última Assembleia Municipal. Diz o PS que políticos como Gil Mendes não fazem falta. Em causa estavam supostas declarações na última campanha eleitoral. Declarações que, afinal, Mendes não proferira e que justificaram posteriores desculpas do líder do grupo socialista na Assembleia, João Valdoleiros.

Ora, se nem sempre as posições de Gil Mendes são consensuais, a verdade é que o seu percurso íntegro, de combatente corajoso pela liberdade e pela democracia em Marco de Canaveses dá-lhe um enorme crédito perante a maioria dos marcoenses.

Gil Mendes foi um estóico autarca na freguesia de Ariz, dirigente sindical e associativo, um dos principais impulsionadores da Associação dos Amigos do Marco e director-adjunto do "Notícias do Marco", um periódico que teve um papel fulcral na luta contra a maioria de Ferreira Torres. O facto de agora se tornar dirigente do PSD é uma garantia de que esse partido não mais será permeável às investidas dos sectores próximos de Ferreira Torres. O que é bom para todos os marcoenses, independentemente do seu credo político.

Por tudo isto, a opção do PS de erigir Gil Mendes em alvo dos seus ataques é incompreensível, à luz dos meus olhos e de muitos e muitos marcoenses. Um verdadeiro tiro no pé dos dirigentes socialistas.


24
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:19link do post | comentar

Meio ano depois das eleições autárquicas, o deputado municipal João Valdoleiros trouxe o munícipe Gil Mendes, novo vice-presidente do PSD/Marco, e o presidente António Coutinho para a discussão do diz-que-disse na derradeira campanha eleitoral. E a Assembleia Municipal só agora começa a madrugada...


20
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

Rui Cunha ganhou as eleições no PSD e o partido vira uma página em Marco de Canaveses. A elevada participação e a votação significativa nas listas de Rui Cunha e José Mota, que contavam também com o apoio de vários presidentes de Junta de Freguesia, são um sinal de que a maioria clara dos militantes está alinhada com a maioria que ocupa o poder nos órgãos autárquicos.

O projecto liderado por Manuel Moreira sai reforçado internamente e a Comissão Política Concelhia deixa de ser um “contrapoder”, para passar a ser um órgão de apoio e de crítica construtiva. A presença de Gil Mendes como vice-presidente do PSD/Marco é um sinal encorajador para todos os sociais-democratas que nunca se vergaram ao poder absoluto das maiorias de Ferreira Torres.

Rui Cunha reforça a sua posição no PSD local e vê o futuro com novos olhos. Os desafios mais próximos passarão, a meu ver, por procurar congregar o partido em torno do projecto autárquico, contribuindo para a reflexão sobre as opções estratégicas para o concelho, apoiar na retaguarda os autarcas em funções, abrir o PSD à sociedade civil marcoense e preparar as estruturas para a aguardada campanha eleitoral presidencial de Cavaco Silva.


12
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar

O candidato à presidência da Comissão Política Concelhia do PSD/Marco, Rui Cunha, enviou-nos para publicação um texto em que elenca as cinco principais razões que o levaram a candidatar-se. No mesmo documento ficamos a saber que os candidatos a vice-presidentes da Concelhia na sua lista serão Gil Mendes e Zita Freitas e que José Mota, vice-presidente da Câmara, será candidato a presidente da Assembleia Concelhia.

O texto de Rui Cunha pode ser lido aqui.


27
Jan 09
publicado por J.M. Coutinho Ribeiro, às 10:00link do post | comentar

Gil Mendes decidiu comentar o post de Ana Costa e optámos também por transformar o comentário em post:

 

 (foto Público)

 

«A filha de Lindorfo Costa entendeu defender o pai e eu acho que fez bem, pois pai é pai. No entanto, gostaria de referir dois ou três aspectos que omitiu, eventualmente pelo facto do pai não a ter informado correctamente.
Em primeiro lugar, não é verdade que todas as testemunhas tenham dito que não foram coagidas. Houve algumas que afirmaram que emprestaram dinheiro, como forma de receberem mais rapidamente da Câmara as verbas de de que eram credores.
Por outro lado, muitas afirmaram que não eram amigas de Lindorfo Costa. Aliás, provou-se que, durante anos, Lindorfo Costa pediu dinheiro a quase todos os empreiteiros que tinham relações comerciais com a Câmara!...
Também houve um indivíduo (sócio da empresa Eulacorte ) que assumiu em julgamento que nunca mais tinha recebido de Lindorfo Costa o dinheiro (salvo erro, cerca de 30000 euros) que lhe havia emprestado.
Por último, uma pergunta: se foi assim tão injustiçado, se não cometeu nenhum crime - nas palavras de sua filha, até deveria ser condecorado - por que razão não recorreu da sentença? Não terá sido pelo facto de ter tido testemunhas "suaves" que ajudaram a que a pena fosse muitíssimo mais branda do que todos estariam à espera?»


publicado por J.M. Coutinho Ribeiro, às 00:38link do post | comentar

Gil Mendes escreve-nos a "rectificar" algumas das afirmações de Ana Costa sobre o processo judicial que envolveu Lindorfo Costa. Mais logo, o comentário de Gil Mendes será publicado em post. E é mais logo, porque, antes disso, é preciso esclarecer um pequeno pormenor do texto enviado.

Entretanto, para situar melhor os nossos leitores, fica aqui o link da notícia do Público sobre o assunto.


pesquisar neste blog
 
blogs SAPO