Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
11
Set 10
publicado por João Monteiro Lima, às 08:45link do post | comentar

Depois de pensar nas medidas da Trofa e de Sesimbra (uma, a entrega gratuita de livros aos alunos do 1º ciclo e outra, a recolha de livros "usados" e posterior reencaminhamento dos mesmos), pensei que por cá poderíamos fazer uma mistura das duas propostas. Passo a explicar: a Câmara, no início de cada ano lectivo entregaria gratuitamente, às famílias dos alunos, os manuais necessários para o ano lectivo, ficando estas (as famílias) "obrigadas" a devolver os livros em boas condições no final do ano lectivo. Ou seja, de uma forma mais simples, a Câmara funcionaria como uma bilblioteca onde vamos buscar um livro e posteriormente devolvemos.

Obviamente que teriam que ser definidas condições inerentes ao "empréstimo", nomeadamente no que se refere às condições e prazos de devolução dos manuais e eventuais sanções a aplicar no caso de incumprimento.

Uma medida deste género permitiria que os pais não tivessem que gastar as avultadas verbas que gastam anualmente em livros, bem como potenciaria, nem que fosse por via indirecta, que os livros fossem melhor tratados pelos alunos.

Penso que esta ideia que aqui deixo poderia ser uma base para um trabalho mais desenvolvido com o objectivo de simultaneamente fomentar os estudos e ajudar as famílias.


08
Set 10
publicado por João Monteiro Lima, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (5)

Ao regressar da 34ª edição da Festa do Avante, reparei que a Câmara Municipal do Seixal, presidida pelo comunista Alfredo Monteiro, andava a proceder à colocação de "bocas de incêndio" nas ruas da freguesia da Amora. Em Sesimbra, é também frequente encontrar nos loteamentos mais recentes a chamadas "bocas de incêndio", tão importantes para os bombeiros no combate aos incêndios, quer urbanos quer florestais.

Se atentarmos a alguns loteamentos existentes no concelho do Marco, reparámos que não possuem este importante equipamento. Fica pois a ideia para a Câmara exigir que, pelo menos, nos novos loteamentos sejam colocados estrategicamente "bocas de incêndio".

A definição dos locais para serem colocadas as "bocas de incêndio" poderiam ser decididas em colaboração com o Comando dos Bombeiros, Protecção Civil, técnicos da Câmara com responsabilidade na aprovação dos loteamentos e proprietários dos loteamentos.

Esta medida, sem custos imediatos para o município e com custos não muito elevados para os proprietários, seria bastante importante no caso de incêndio e de fácil concretização.

Espera-se uma resposta do executivo sobre esta ideia.


07
Jul 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar

GESTÃO AUTÁRQUICA

 

O executivo municipal deve adoptar, desde o primeiro momento, uma política de rigor na gestão dos dinheiros públicos. A verdade e a transparência devem constituir um compromisso de honra.

Para que os recursos humanos da autarquia possam assumir na plenitude o seu papel de servidores do município e dos seus cidadãos, o executivo deve apostar no desenvolvimento profissional dos seus quadros e no reforço das competências internas da autarquia.

A Câmara Municipal deve implementar uma política de desburocratização e de real aproximação aos cidadãos, fazendo dos Paços do Concelho a casa de todos os marcoenses. Além do Gabinete do Munícipe instalado em Alpendorada, a Câmara deve instalar um outro pólo no Alto Concelho, assegurando uma maior comodidade aos cidadãos e promovendo a fixação de pessoas e serviços nessas freguesias.

A autarquia deve privilegiar uma gestão aberta, tirando o máximo partido das tecnologias de informação, designadamente dos meios entretanto disponibilizados pelo projecto Tâmega Digital, de modo a facilitar o acesso dos marcoenses aos serviços municipais.

Defende-se a abertura de dois Postos de Atendimento ao Cidadão, instalando um na cidade e outro no baixo concelho. Estes Postos funcionam como uma extensão das Lojas do Cidadão e permitem, a partir de um único ponto de contacto personalizado, aceder a vários serviços da Administração Pública.

Requer-se que a Câmara desenvolva um diálogo intenso e construtivo com a Administração Central, reivindicando os meios e os instrumentos necessários para o desenvolvimento do concelho, seja na saúde, na educação, no turismo ou nas acessibilidades.

A Câmara deve tornar-se um interlocutor privilegiado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, captando os fundos estruturais disponíveis no actual Programa Operacional Regional para o desenvolvimento do concelho e intervindo activamente na condução dos projectos supra municipais. Marco de Canaveses deve estar na vanguarda da região, contribuindo de forma activa para dar vida e protagonismo à Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

Defende-se uma política de descentralização de competências para as Juntas de Freguesia, aproximando o poder dos cidadãos. As Juntas de Freguesia devem ser tratadas com equidade. Os problemas são mais facilmente resolvidos por aqueles que estão mais próximos das populações, tal como é consagrado no princípio da subsidiariedade reconhecido pela Lei das Finanças Locais.

O executivo deve criar uma carta de compromisso com as Associações e Clubes, visando o fomento do associativismo através de uma política consequente de apoios e incentivos que sejam monitorizados pela autarquia e pelos dirigentes e sócios dessas agremiações.

 

 

Com este texto, chegam ao fim as minhas reflexões em torno de projectos e ideias, tendo como objectivo fomentar o debate sobre as eleições autárquicas em Marco de Canaveses. Mais do que as pessoas, interessa sobretudo debater o que os candidatos pretendem fazer e aquilo que os anima. Algumas destas ideias foram já por mim explanadas nas candidaturas autárquicas em que participei, em 2001 e 2005. O conjunto dos onze textos temáticos pode ser consultado aqui.


19
Jun 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (6)

EDUCAÇÃO

 

A educação, componente fundamental da sociedade do conhecimento, é fundamental para vencer os novos desafios originados pela globalização e é indispensável ao desenvolvimento económico. Os graves problemas que o país atravessa não são alheios aos deficientes níveis de educação e formação dos nossos activos, pelo que urge ter políticas prioritárias para esta área.

A Câmara Municipal deve acompanhar muito de perto a vida e a gestão das escolas do concelho, procurando dar resposta aos seus projectos e às suas solicitações. É urgente avançar para a implementação dos equipamentos previstos na Carta Educativa aprovada no mandato em curso. Os valores de abandono precoce e de insucesso escolar registados em Marco de Canaveses exigem um envolvimento activo da autarquia neste domínio, em conjunto com as escolas, as famílias e a comunidade em geral. A reorganização da rede escolar do concelho é um instrumento fundamental para a promoção do sucesso escolar.

Se há condicionantes que estão relacionadas com o desenvolvimento económico e com o aumento do rendimento per capita das famílias, logo de efeito mais demorado, há medidas concretas que podem contribuir para inverter o cenário de abandono e insucesso escolar. Defende-se a integração na escola de todas as crianças em idade escolar, recorrendo ao apoio de um grupo de trabalho composto por sociólogos, psicólogos e assistentes sociais que intervenham junto da população e criem condições para que as crianças que não frequentarem o ensino tradicional possam frequentar cursos alternativos, tirando partido das medidas disponibilizadas nomeadamente pelo programa Novas Oportunidades e pelo Programa para Prevenção e Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil.

A concentração de alunos nos Centros Escolares permitirá dotá-los de condições para uma prática de ensino de qualidade e actividades extra-curriculares, actualmente fora do alcance da maioria dos jovens marcoenses. Estes Centros, financiados pela Comunidade Europeia, dispõem de condições de conforto adequadas, pavilhão gimnodesportivo e equipamentos ligados às novas tecnologias. A concentração de alunos torna ainda possível a prática generalizada de educação física, a aprendizagem de línguas estrangeiras, de música e de teatro, entre outras actividades desportivas e culturais. Ainda nesta linha, o executivo municipal deve promover bolsas de estudo que permitam aos alunos mais carenciados prosseguirem os seus estudos no ensino secundário e no ensino superior.

A Câmara deve reforçar, junto do Governo, a aposta nas escolas profissionais que têm proporcionado novas competências técnicas aos jovens e tudo fazer para instalar no Marco pelo menos um pólo de ensino superior universitário ou politécnico, que corresponda aos anseios dos jovens e vá de encontro às necessidades das empresas do concelho, tanto mais que a interligação entre o ensino e o mundo empresarial é fundamental para o desenvolvimento de qualquer região.

 


04
Jun 09
publicado por José Carlos Pereira, às 13:30link do post | comentar

SEGURANÇA E PROTECÇÃO CIVIL

 

A Câmara deve estar permanentemente atenta às condições de segurança vividas no concelho e assegurar junto da GNR os meios necessários para o cabal cumprimento da sua missão. Espera-se que a Polícia Municipal seja também um instrumento de reforço da segurança e um meio de auxílio e de cooperação com os cidadãos.

Pretende-se uma actuação das forças da ordem próxima das pessoas e das escolas, atenta aos focos de marginalidade e de sinistralidade, procurando actuar mais pela prevenção do que pela repressão. 

Marco de Canaveses deve passar a ser uma terra onde apeteça viver, mas para isso os fenómenos da droga e da pequena marginalidade devem contar com uma resposta pronta e eficaz por parte das autoridades.

A Câmara deve assumir-se como parceiro privilegiado dos Bombeiros Voluntários e disponibilizar toda a colaboração possível a uma Instituição que honra o concelho e que se reveste de capital importância para a protecção dos cidadãos.

O serviço de protecção civil terá de estar em condições de permanente operacionalidade, dispondo de todos os meios necessários para a sua missão.


02
Jun 09
publicado por José Carlos Pereira, às 20:00link do post | comentar | ver comentários (4)

DESPORTO E JUVENTUDE

 

A Câmara Municipal deve apoiar o desenvolvimento da prática desportiva, proporcionando à juventude marcoense condições competitivas, ao nível das infra-estruturas e das condições de treino.

Deseja-se que, no prazo de dois anos, todos os jovens tenham acesso, de forma totalmente gratuita, à prática de uma modalidade desportiva, orientada por profissionais especializados, tomando como base uma rede de equipamentos desportivos que possa servir todas as freguesias. Com esta solução, a autarquia satisfaz as necessidades das populações, particularmente dos mais jovens, e rentabiliza os investimentos.

As colectividades de todo o concelho merecem ser apoiadas na medida da sua representatividade e dos resultados alcançados, sem descurar o estímulo que é devido à prática do desporto fora do quadro competitivo. As modalidades representadas nas competições nacionais devem contar com uma dotação orçamental própria.

Pretende-se que a Câmara estabeleça uma relação de cooperação franca e aberta com todos os clubes, apoiando sobretudo os escalões de formação. A gestão do complexo desportivo do estádio municipal deverá permitir uma utilização multifacetada pelos clubes e agremiações que necessitem desse espaço.

As preocupações e as necessidades da juventude são transversais às áreas temáticas abordadas nestas reflexões, o que acontece com particular ênfase nos assuntos económicos, no ambiente, no ensino e na cultura.

A juventude marcoense deve ser envolvida na construção do futuro, criando as condições para a participação activa na sociedade enquanto cidadãos de pleno direito e para o seu envolvimento no associativismo cultural e desportivo.

É imperioso criar condições que permitam ao concelho de Marco de Canaveses ser capaz de fixar os seus quadros, tirando partido de uma nova geração que se apresenta com novos hábitos de consumo e novas exigências culturais.

 


28
Mai 09
publicado por José Carlos Pereira, às 00:05link do post | comentar | ver comentários (16)

CULTURA

 

A cultura é um espaço de liberdade e de criatividade. Cabe à autarquia dinamizar um programa de animação cultural em todo o município, independente do ritmo imposto pelo ciclo de festividades anuais, que permita criar novos públicos e novas apetências culturais. Para isso, deve estimular o associativismo cultural e recreativo e apoiar as iniciativas que vão germinando pelo concelho, criando as condições para a realização desses eventos. Contudo, a Câmara Municipal deve privilegiar o apoio às instituições e não substituir-se a elas.

O teatro, a dança, o cinema, a música, o folclore, as artes tradicionais, são apenas algumas das vertentes a desenvolver em Marco de Canaveses. O município deve empenhar-se em contar com infra-estruturas que possam acolher esses eventos e permitam receber companhias itinerantes e todo o tipo de espectáculos, sendo urgente e prioritária a construção de um anfiteatro polivalente.

O Museu Municipal e a Biblioteca Municipal devem ser valorizados e requalificados e seguir as boas práticas de outras autarquias, com vista a serem integrados na Rede Portuguesa de Museus e na Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, respectivamente. O objectivo deve passar por criar sinergias com outros equipamentos congéneres e tirar partido desses projectos de âmbito nacional, criando condições para abrir esses locais à fruição de todos os marcoenses.

A Área Arqueológica do Freixo, uma das mais importantes estações arqueológicas romanas do país, deve merecer todo o apoio da autarquia. A existência de uma escola profissional, de núcleos museológicos e de diversas estruturas de apoio de qualidade, comprova o interesse que este local deve ter nas vertentes de cultura e turismo no panorama concelhio, nacional e internacional. O centro histórico do Freixo, com toda a sua envolvente histórica, tem todas as condições para ser um destino de referência em Portugal.

O apoio a esta estação arqueológica, a sua divulgação e o respectivo aproveitamento para realizar eventos de música, teatro, ballet e exposições, entre outros, deve merecer por parte da Câmara a maior das atenções, uma vez que se trata de um dos principais cartões-de-visita de Marco de Canaveses.

O mesmo acontece com todo o vasto património cultural do concelho, claramente subaproveitado, com particular atenção para a Igreja de Santa Maria, em Fornos, uma das mais emblemáticas obras da arquitectura portuguesa contemporânea, conhecida em todo o mundo, e que é visitada anualmente por milhares de arquitectos, estudantes e pessoas das mais diversas proveniências.


15
Mai 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (4)

SAÚDE E SOLIDARIEDADE

 

Os marcoenses exigem que os seus representantes políticos reivindiquem de forma permanente, junto da Administração Central, as instalações e os meios técnicos e humanos indispensáveis para a prestação de melhores cuidados de saúde aos marcoenses, tanto no centro de saúde da sede de concelho como nas extensões existentes nas freguesias. 

A falta de médicos que se faz sentir em muitas freguesias é um assunto que deve merecer uma particular mobilização da Câmara. O futuro executivo terá de empenhar-se na resolução urgente deste problema, mobilizando todas as forças partidárias para este objectivo e criando incentivos para a deslocação ou fixação no município dos profissionais de saúde que aceitem vir preencher as vagas existentes. Adicionalmente, a autarquia deve reunir as condições exigidas para instalar em Marco de Canaveses as Unidades Móveis de Saúde  suficientes para percorrer as freguesias mais problemáticas e prestar os cuidados de saúde necessários às populações.

À Administração Regional de Saúde deve exigir-se melhores condições para os cidadãos marcoenses no acesso às unidades hospitalares da região. A Santa Casa da Misericórdia de Marco de Canaveses, por seu lado, justifica todo o apoio da Câmara no desenvolvimento do Hospital Santa Isabel, uma unidade emblemática e de uma importância extrema para a saúde e o bem-estar dos marcoenses.

Na área social, deve privilegiar-se o investimento em equipamentos sociais para idosos, criando uma rede de centros de dia, complementada por um serviço de apoio domiciliário e de prestação de cuidados continuados, em articulação com as instituições de solidariedade social existentes. 


14
Mai 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (4)

AMBIENTE

 

Uma das prioridades da governação autárquica deve ser o ambiente, designadamente as redes de abastecimento de água e de saneamento que (não) servem os marcoenses. O desafio que se coloca é elevar as taxas de atendimento de água e saneamento às populações para 95% num período de oito anos. 

O executivo PSD optou pelo recurso à modificação unilateral do contrato de concessão da exploração e gestão dos sistemas de abastecimento de água para consumo público e de recolha, tratamento e rejeição de efluentes do concelho com a empresa Águas do Marco, que respondeu por sua vez com o recurso ao Tribunal Arbitral. Em função do veredicto deste Tribunal, a Câmara terá de acautelar os interesses dos marcoenses, que já foram confrontados com aumentos brutais nas suas facturas. A constituição de uma empresa intermunicipal com municípios vizinhos e o recurso aos fundos do QREN pode ser a solução que viabilize a concretização deste investimento estratégico.

Os espaços verdes terão de ser protegidos e revalorizados, criando novos espaços para fruição colectiva fora dos aglomerados populacionais. Num concelho com a dimensão do Marco de Canaveses, que dispõe de uma vasta área de montanha e floresta e de grandes albufeiras fluviais, não se compreende a construção de um parque verde no centro da cidade emparedado por prédios de habitação e serviços.

Os cursos de água que atravessam o município devem ser protegidos e as albufeiras do Torrão e de Carrapatelo exigem uma permanente atenção por parte da Câmara Municipal, em virtude do forte impacto causado na geografia do concelho. A Câmara deve envolver-se activamente nas negociações com a EDP, visando o pagamento de uma taxa sobre a produção eléctrica das barragens, que reverterá em parte para fins ambientais.

Terá de ser dada uma atenção especial ao tratamento e valorização dos resíduos, fazendo uma monitorização rigorosa do serviço de recolha de lixo e intervindo na administração da Rebat, a empresa responsável pelo sistema multimunicipal de triagem, recolha selectiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Baixo Tâmega. É fundamental alargar a recolha de resíduos sólidos domésticos a todo o concelho e promover a sua recolha selectiva, disponibilizando para tal ecopontos domésticos.

O Marco deve identificar-se como um concelho verde, privilegiando a fixação de indústrias não poluentes e fiscalizando o cumprimento da lei relativamente às normas ambientais a que as empresas estão obrigadas. À Câmara cabe, por exemplo, elaborar um mapa de ruído do concelho que diagnostique as fragilidades existentes e defina as medidas a implementar para a sua eliminação. 

A necessidade de procurar energias alternativas mais amigas do ambiente e de encontrar novas receitas para o município deve conduzir ao estabelecimento de parcerias com privados para a exploração de parques eólicos no concelho, obedecendo a critérios de racionalidade e de rigor.


08
Mai 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar

TRANSPORTES E ACESSIBILIDADES

 

A Câmara Municipal deve gerir eficazmente a rede viária sob sua jurisdição e lutar junto das autoridades competentes pela melhoria das acessibilidades que servem o município. 

A construção de uma ligação do baixo concelho ao IC 35, permitindo dessa forma um acesso mais fácil dessas freguesias à A4, em Penafiel, assim como a criação de um novo nó da A4 na zona da Livração, merecem que todas as forças políticas se unam num pacto local que reivindique essas obras junto do poder central.

Ao nível do caminho-de-ferro, o projecto de reformulação da linha do Douro até Marco de Canaveses não pode ser mais adiado, sob pena de vir a agravar alguns dos constrangimentos actualmente existentes, pelo que a autarquia deve exigir do Governo o cumprimento do planeamento recentemente anunciado. A Câmara deve lutar igualmente pela eliminação de todas as passagens de nível e pela remodelação das estações que servem o concelho. Defendo uma negociação com a CP e a REFER com vista à construção de um centro multimodal de transportes junto à nova estação, em Rio de Galinhas, fazendo desse pólo o centro da rede de transportes rodoviários que servirá a estação de caminho de ferro e o centro da cidade.

Deve haver uma aposta no uso de transportes públicos nas deslocações de e para o centro da cidade e entre os principais aglomerados urbanos. Para tanto, a autarquia deve avançar com negociações com os operadores privados no sentido de implementar uma rede de transportes públicos eficaz, que sirva os interesses dos utentes. A capacidade de estacionamento é outra área a merecer uma intervenção atenta, devendo aumentar, de forma racional, o número de lugares de estacionamento disponíveis, designadamente na cidade.

O desenvolvimento do concelho passa pelo aproveitamento dos dois grandes rios, o Douro e o Tâmega. A construção de uma via marginal ao Rio Tâmega, entre o Torrão e a cidade, permitiria fomentar essas potencialidades naturais. Esta marginal devia ser enquadrada por um plano de ordenamento e construção urbana que privilegie a construção unifamiliar de primeira e segunda habitação e novos equipamentos de apoio aos desportos náuticos e ao turismo.


30
Abr 09
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar

URBANISMO E HABITAÇÃO

 

O aumento do rendimento disponível e o surgimento de novas acessibilidades viárias criaram a oportunidade, ou a ilusão, de ultrapassar rapidamente a situação de “atraso” em que o Marco se encontrava. Rasgou-se o território com novos arruamentos, abriram-se as portas ao tráfego automóvel, libertaram-se terrenos para novas construções, foram feitos estudos, planos, projectos, rotundas e novas centralidades. Contudo, essa mudança foi sempre determinada por uma lógica individualista e desordenada, conduzindo vezes demais à descaracterização e à destruição do espaço natural e do edificado. O resultado traduziu-se apenas em mais betão, mais carros, mais máquinas, mais volume, mais utentes, mais poluição, mais desordem no espaço urbano.

É preciso dar aos marcoenses uma nova esperança, um horizonte com contornos mais harmoniosos, mais humano e com maior qualidade de vida. A revisão do Plano Director Municipal terá de ser concluída a breve prazo, esperando-se que resulte num documento ponderado e reflectido, que valorize as potencialidades do concelho, adaptando esse instrumento estratégico às necessidades da população, sempre com a preocupação de privilegiar os interesses da generalidade dos marcoenses em detrimento dos interesses particulares.

É necessário beneficiar o património existente no município e melhorar a qualidade de vida urbana, tendo em atenção a recuperação, protecção, salvaguarda e valorização do património edificado e dos espaços públicos. Há que dar prioridade à revitalização dos centros históricos e dos núcleos rurais, com base nas experiências de conservação que se vão acumulando. 

A revitalização do tecido urbano de mão dada com a requalificação do espaço rural, aproveitando o inquestionável potencial humano, promoverá uma nova indústria de lazer e cultura em torno do património edificado histórico e das obras contemporâneas de valor arquitectónico mais significativo. Por que não uma aposta nas indústrias criativas, cujos projectos têm sido a âncora para a revitalização de muitos municípios?

No que diz respeito ao património habitacional da autarquia, cabe à Câmara assegurar a respectiva gestão e manutenção, valorizando os espaços de fruição colectiva e assegurando que os agregados residentes nessas habitações dispõem das condições adequadas e do apoio necessário por parte da edilidade.

Em tempo de crise, é necessário criar novos instrumentos de apoio à habitação para os agregados familiares comprovadamente necessitados. Esses apoios podem revestir a forma de subsídio de renda de casa, promovendo o arrendamento de habitações nas freguesias de origem. Deste modo, a Câmara auxiliava as famílias mais carenciadas, dinamizava o mercado de arrendamento e fixava as pessoas nas suas freguesias, combatendo alguns focos de desertificação que já se fazem sentir pelo concelho.


23
Abr 09
publicado por José Carlos Pereira, às 18:45link do post | comentar

TURISMO

 

Um município com as características geográficas de Marco de Canaveses tem de apostar no turismo como uma das âncoras para o seu desenvolvimento. O seu vasto património cultural e natural e a facilidade com que, a partir do Marco, se acede a centros turísticos importantes conferem ao nosso concelho um enorme potencial turístico. Dos monumentos pré-históricos a Tongóbriga, das construções românicas à contemporaneidade da Igreja de Santa Maria, das serras aos rios, há no Marco um enorme potencial de desenvolvimento turístico.

Com efeito, o pleno aproveitamento das bacias dos Rios Douro e Tâmega, com a construção de diversos equipamentos de apoio, é fundamental para o desenvolvimento do concelho. É necessário tirar o máximo aproveitamento possível de estruturas como o Parque Fluvial do Tâmega e o Cais de Bitetos, incluindo-os no roteiro de quem navega nesses cursos, sejam turistas ou praticantes de desportos fluviais.

A Câmara Municipal deve esforçar-se por atrair para o Marco investidores na indústria hoteleira, criando condições para o surgimento de novas unidades em número e qualidade suficientes. A prioridade que a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal delineou para a fixação de investimentos no Vale do Douro não pode se desperdiçada, pelo que se deve cativar os investidores interessados em desenvolver projectos junto da margem do Douro. Cabe também à autarquia desenvolver esforços para que as Caldas de Canaveses voltem a ser uma infra-estrutura de qualidade e de renome nacional, num momento em que o turismo termal voltou a ressurgir.

Com o envolvimento dos empresários e dos demais agentes, deve apostar-se na expansão da rota dos vinhos verdes e desenvolver um roteiro dos locais de interesse arquitectónico, paisagístico, histórico, cultural e gastronómico do concelho. A Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno deve ser incentivada para acrescentar qualidade à restauração marcoense.

Contudo, é minha convicção que o sucesso do turismo no Marco deve ser projectado a uma escala regional, ou seja, implementando projectos conjuntos com os concelhos vizinhos, de modo a oferecer aos turistas programas que justifiquem a sua permanência na região durante vários dias. Essa fixação dos turistas será um factor de enriquecimento para a economia local e potenciará certamente o surgimento de várias iniciativas de índole turística e cultural.

A participação da autarquia na Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal deve servir para promover as sinergias entre municípios vizinhos e criar vantagens para os equipamentos existentes no concelho.

 


16
Abr 09
publicado por José Carlos Pereira, às 20:30link do post | comentar | ver comentários (4)

Anunciei neste post que começaria em Abril a lançar algumas ideias e propostas para o debate autárquico, a partir das reflexões que fiz nas minhas participações em candidaturas anteriores e da minha visão para o desenvolvimento do concelho. Em tempos de crise, começo pela área económica.

 

ECONOMIA

 

A Câmara Municipal deve ser um agente facilitador da actividade económica e um parceiro activo dos empresários e dos investidores na criação de emprego mais qualificado e na reintegração sócio-profissional das pessoas que se encontram desempregadas, contribuindo para uma maior coesão social. Em tempos de crise como aqueles que vivemos, a Câmara deve acompanhar de muito perto a acção desenvolvida pelo Centro de Emprego e pelos serviços da Segurança Social, exercendo uma vigilância activa sobre esses serviços do Estado em nome dos cidadãos.

É fundamental potenciar os nichos de excelência que já existem na indústria marcoense, promovendo-os dentro e fora do país, e criar condições para atrair novas indústrias de base tecnológica, de modo a aumentar a empregabilidade do concelho e a promover o desenvolvimento sustentado. 

A autarquia deve procurar aproveitar as oportunidades abertas pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional no domínio do acolhimento empresarial, designadamente os meios disponibilizados pelo Programa Operacional Regional do Norte. Quem hoje visita a zona industrial da cidade não pode deixar de se sentir constrangido e de lamentar as oportunidades que têm sido sucessivamente desperdiçadas. Muitos municípios já há muito perceberam que os projectos de fomento empresarial são um instrumento decisivo para atrair empresas e investimentos, fixar quadros, criar empregos e melhorar o nível de vida das populações, contribuindo significativamente para a prosperidade económica e para o desenvolvimento desses concelhos. 

As áreas de localização empresarial, agora enquadradas pelo recente decreto-lei 72/2009, devem ser projectos direccionados para dar resposta às necessidades das empresas, apoiados por uma gestão integrada e pela oferta alargada de equipamentos sociais e serviços de apoio, designadamente formação, consultoria técnica especializada e apoios à internacionalização. Quando estes empreendimentos são convenientemente infra-estruturados, bem promovidos e comercializados, tirando partido das acessibilidades, das mais-valias ambientais, dos recursos humanos qualificados e da relação preço/qualidade dos terrenos, estão encontrados os elementos diferenciadores que permitem criar uma vantagem competitiva para um concelho ou uma região.

A Associação Empresarial do Marco deve ser um parceiro activo na definição da política de acolhimento empresarial e de fomento do emprego. A Câmara Municipal deve manter um diálogo próximo com os representantes das principais indústrias do concelho, mantendo uma antena permanente para auscultação dos seus problemas e dos seus constrangimentos, visando a procura de soluções de interesse comum. 

O comércio e a agricultura, enquanto actividades económicas, não podem ser negligenciados. A revitalização do comércio tradicional e o estímulo à agricultura, nomeadamente através de uma colaboração empenhada com a Cooperativa Agrícola e com a Adega Cooperativa e da promoção dos produtos regionais, devem fazer parte dos objectivos da autarquia.


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