O Presidente da JSD Marco, Luis Pereira Pinto, enviou-nos um comunicado da JSD que transcrevemos:
Comunicado
Assunto: Governo do Partido Socialista trava o desenvolvimento do MCN
O interior também é Portugal!
A questão da falta de coesão territorial tem sido amplamente debatida ao longo das últimas décadas. De facto, a questão da interioridade serve de bandeira em todas as campanhas eleitorais. Embora sem grandes resultados práticos, a verdade é que a recorrência deste debate confere pelo menos, a certeza de que o problema existe e o diagnóstico está feito.
A construção de infra-estruturas públicas, as acessibilidades e os incentivos fiscais foram muito importantes para o desenvolvimento destas regiões, no entanto o problema mantém-se.
A litoralização é um fenómeno crescente, a população decresceu significativamente nas regiões do interior, a economia esvaziou-se, a criação de emprego líquida apresenta um saldo claramente negativo e os fenómenos de emigração voltaram a manifestar-se, fruto da falta de oportunidades e da crescente degradação das condições de vida do interior e do próprio país.
Há sem dúvida, medidas específicas que poderão resultar aqui ou ali numa melhoria localizada das condições de vida das pessoas.
Ainda assim, a falta de capacidade financeira do país que se prolongará, provavelmente, por décadas, leva a que todas as propostas políticas tenham de ser devidamente analisadas com vista a não criar ainda mais assimetrias regionais.
Marco de Canaveses é um concelho do interior do Distrito do Porto, e tem vivido uma situação difícil muito por culpa da desastrosa gestão financeira que nos geriu durante 23 anos. Facto que levou à necessidade de fazer um contrato de reequilíbrio financeiro que obriga a edilidade marcuense a esforços financeiros gigantescos. Dessa forma o investimento no futuro começa a ser posto em causa, e tememos que Marco de Canaveses pare no tempo. Preocupa-nos por acreditamos que temos potencial económico para evoluir, levando à fixação dos jovens, cada vez mais formados e capacitados para o salto tecnológico e inovador que necessitamos.
Segundo dados do IEFP (Instituto Emprego e Formação Profissional), no mês de Outubro, Marco de Canaveses tem cerca de 4021 desempregados, sendo que cerca de 10% são jovens desempregados. Estes dados mostram a tendência evolutiva deste flagelo desde Janeiro de 2010 até Setembro em 7,1%, muito por culpa da falta de capacidade de competitividade das empresas marcuenses.
Além destas dificuldades, o Governo do Partido Socialista liderado pelo Eng. José Sócrates tem tido uma atitude claramente discriminatória para com o interior e para com este concelho. Foram prometidos duas obras essenciais na nossa óptica que não chegaram a ser realizadas, que prejudicam os jovens marcuenses de forma directa e indirecta. Afectam a nossa acessibilidade e concorrência empresarial no distrito e no país.
Incompreensível é o facto de, repetidamente, o Marco de Canaveses não ser contemplado com um único projecto de investimento específico para o concelho por parte do Governo, em sede de PIDDAC.
Electrificação da Linha Caíde – Marco
Não obstante, a prometida electrificação da linha do Douro, nomeadamente no troço Caíde-Marco e a respectiva requalificação das estações de Marco de Canaveses, Livração e de Vila Meã, foi abandonada ao abrigo de questões de contenção orçamental.
Esta obra pretendia aumentar a frequência e velocidade dos comboios para 120km/h incluindo a supressão de passagens de nível. Adquiria ainda relevância pelo enquadramento na região, potenciando o seu desenvolvimento, através da cativação de investimento.
Acreditamos que a aposta na linha sub-urbana para comboios mais rápidos e confortáveis viria a beneficiar o tráfego de pessoas entre os grandes centros urbanos, permitindo, desta forma, que núcleos maiores adquirissem uma maior centralidade dentro da sua condição geográfica.
Numa altura de crise económica, esta linha permitiria a deslocação dos jovens para os seus locais de trabalho e de estudo, de uma forma mais rápida e confortável. Não podemos concordar com esta situação por ser injusta e discriminatória para os Portugueses que vivem neste concelho. Marco de Canaveses é Portugal. Queremos mais, precisamos de mais.
IC35
Falamos também do IC35, obra que permitiria o acesso rápido entre o baixo concelho e a A4, na zona do ramal de acesso Penafiel/Sul.
O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, anunciou este ano, que iria suspender por tempo indeterminado os concursos para a construção de várias auto-estradas, entre elas a concessão do Vouga, que incluiu o IC35.
Depois de sucessivos anúncios do arranque do concurso público e de reuniões para definição do traçado, eis que o governo decide colocar o projecto na gaveta, e não garante que de lá saia tão cedo.
Este é um processo que se arrasta há mais de 10 anos e que já mereceu uma decisão extraordinária e unânime da Assembleia da República.
Na ressaca da queda da Ponte de Entre-os-Rios, o parlamento decidiu aprovar, por unanimidade, um conjunto de intervenções, classificadas de prioritárias, para o eixo Penafiel-Castelo de Paiva.
Esta obra é importante para Marco de Canaveses, nomeadamente para o baixo concelho, onde se encontra cerca de 1/3 do tecido empresarial, bem como a maior fatia da receita de IRS e IRC.
As empresas das freguesias de Alpendorada, Favões, Magrelos, Torrão, Várzea do Douro, Vila Boa do Bispo, e indirectamente as freguesias do eixo ribeirinho do Douro, S. Lourenço do Douro e Sande beneficiariam com esta medida pois permitiria encurtar em cerca de metade o tempo de demora para que conseguissem fazer chegar o seu produto ao principal porto de embarque da zona Norte, o porto de Leixões. Em tempos de crise conseguiríamos diminuir os gastos de uma indústria que, directa e indirectamente, gera uma bolsa empregadora para mais de 16 mil pessoas.
A CPS da JSD de Marco de Canaveses, não se resigna e não aceita que o desenvolvimento do nosso concelho seja prejudicado por uma atitude altruísta e de cortes cegos do Governo PS, afectando o aumento da qualidade de vida das populações do interior.
O Governo PS continua a mostrar que não honra os compromissos assumidos. Piora no que toca a descentralização de investimentos públicos, tendo a região Norte, e com grande enfoco e persistência prejudicado o nosso concelho.
Assim apresentamos a nossa expressão de combate político, lançando hoje dois outdoor’s para que os Marcuenses percebam que o nosso concelho não avança pela irresponsabilidade deste Governo Socialista e pelo seu centralismo injustificado.
Os jovens Marcuenses podem ter a certeza inabalável que faremos o que estiver ao nosso alcance para defender estes dois investimentos urgentes e importante para o nosso concelho. Levaremos via deputados da JSD a nossa preocupação e angústia no desinvestimento sucessivo neste concelho, a Assembleia da República.
Nos tempos difíceis definem os líderes, ficam na história os corajosos, os que não atiram a toalha ao chão. Mas, também os solidários e os que apresentam ideias construtivas para o desenvolvimento da nossa terra. Não ficam, de certeza, aqueles que passam mais tempo a ouvir, do que a agir.
Temos assistido a um comportamento inadmissível por parte da oposição socialista marcuense, no que toca a estas questões com sucessivos e inqualificáveis comunicados, bem como a uma posição destrutiva em sede Câmara e Assembleia Municipal, defendendo sempre as tomadas de posição do Governo Socialista do Eng. José Socrates em detrimento do desenvolvimento do nosso concelho.
Acreditamos no futuro de Marco de Canaveses, um Marco inovador e empreendedor, para tal pedimos mais investimento na nossa região.
Acreditamos num interior mais justo!
Queremos um Marco empreendedor e desenvolvido!
Não nos calaremos enquanto este Governo continuar com esta atitude discriminatória!
Estamos Aqui… Por Marco de Canaveses!
A CPS da JSD Marco de Canaveses
Luís Pereira Pinto
Presidente da JSD Marco de Canaveses