Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
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Dez 10
publicado por João Monteiro Lima, às 00:05link do post | comentar | ver comentários (6)

 O Presidente da JSD Marco, Luis Pereira Pinto, enviou-nos um comunicado da JSD que transcrevemos:

 

Comunicado

 

Assunto: Governo do Partido Socialista trava o desenvolvimento do MCN

 

O interior também é Portugal!

 

A questão da falta de coesão territorial tem sido amplamente debatida ao longo das últimas décadas. De facto, a questão da interioridade serve de bandeira em todas as campanhas eleitorais. Embora sem grandes resultados práticos, a verdade é que a recorrência deste debate confere pelo menos, a certeza de que o problema existe e o diagnóstico está feito.

A construção de infra-estruturas públicas, as acessibilidades e os incentivos fiscais foram muito importantes para o desenvolvimento destas regiões, no entanto o problema mantém-se.

A litoralização é um fenómeno crescente, a população decresceu significativamente nas regiões do interior, a economia esvaziou-se, a criação de emprego líquida apresenta um saldo claramente negativo e os fenómenos de emigração voltaram a manifestar-se, fruto da falta de oportunidades e da crescente degradação das condições de vida do interior e do próprio país.

Há sem dúvida, medidas específicas que poderão resultar aqui ou ali numa melhoria localizada das condições de vida das pessoas.

Ainda assim, a falta de capacidade financeira do país que se prolongará, provavelmente, por décadas, leva a que todas as propostas políticas tenham de ser devidamente analisadas com vista a não criar ainda mais assimetrias regionais.

Marco de Canaveses é um concelho do interior do Distrito do Porto, e tem vivido uma situação difícil muito por culpa da desastrosa gestão financeira que nos geriu durante 23 anos. Facto que levou à necessidade de fazer um contrato de reequilíbrio financeiro que obriga a edilidade marcuense a esforços financeiros gigantescos. Dessa forma o investimento no futuro começa a ser posto em causa, e tememos que Marco de Canaveses pare no tempo. Preocupa-nos por acreditamos que temos potencial económico para evoluir, levando à fixação dos jovens, cada vez mais formados e capacitados para o salto tecnológico e inovador que necessitamos.

Segundo dados do IEFP (Instituto Emprego e Formação Profissional), no mês de Outubro, Marco de Canaveses tem cerca de 4021 desempregados, sendo que cerca de 10% são jovens desempregados. Estes dados mostram a tendência evolutiva deste flagelo desde Janeiro de 2010 até Setembro em 7,1%, muito por culpa da falta de capacidade de competitividade das empresas marcuenses.

Além destas dificuldades, o Governo do Partido Socialista liderado pelo Eng. José Sócrates tem tido uma atitude claramente discriminatória para com o interior e para com este concelho. Foram prometidos duas obras essenciais na nossa óptica que não chegaram a ser realizadas, que prejudicam os jovens marcuenses de forma directa e indirecta. Afectam a nossa acessibilidade e concorrência empresarial no distrito e no país.

Incompreensível é o facto de, repetidamente, o Marco de Canaveses não ser contemplado com um único projecto de investimento específico para o concelho por parte do Governo, em sede de PIDDAC.

Electrificação da Linha Caíde – Marco

Não obstante, a prometida electrificação da linha do Douro, nomeadamente no troço Caíde-Marco e a respectiva requalificação das estações de Marco de Canaveses, Livração e de Vila Meã, foi abandonada ao abrigo de questões de contenção orçamental.

Esta obra pretendia aumentar a frequência e velocidade dos comboios para 120km/h incluindo a supressão de passagens de nível. Adquiria ainda relevância pelo enquadramento na região, potenciando o seu desenvolvimento, através da cativação de investimento.

Acreditamos que a aposta na linha sub-urbana para comboios mais rápidos e confortáveis viria a beneficiar o tráfego de pessoas entre os grandes centros urbanos, permitindo, desta forma, que núcleos maiores adquirissem uma maior centralidade dentro da sua condição geográfica.

Numa altura de crise económica, esta linha permitiria a deslocação dos jovens para os seus locais de trabalho e de estudo, de uma forma mais rápida e confortável. Não podemos concordar com esta situação por ser injusta e discriminatória para os Portugueses que vivem neste concelho. Marco de Canaveses é Portugal. Queremos mais, precisamos de mais.

IC35

Falamos também do IC35, obra que permitiria o acesso rápido entre o baixo concelho e a A4, na zona do ramal de acesso Penafiel/Sul.

O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, anunciou este ano, que iria suspender por tempo indeterminado os concursos para a construção de várias auto-estradas, entre elas a concessão do Vouga, que incluiu o IC35.

Depois de sucessivos anúncios do arranque do concurso público e de reuniões para definição do traçado, eis que o governo decide colocar o projecto na gaveta, e não garante que de lá saia tão cedo.

Este é um processo que se arrasta há mais de 10 anos e que já mereceu uma decisão extraordinária e unânime da Assembleia da República.

Na ressaca da queda da Ponte de Entre-os-Rios, o parlamento decidiu aprovar, por unanimidade, um conjunto de intervenções, classificadas de prioritárias, para o eixo Penafiel-Castelo de Paiva.

Esta obra é importante para Marco de Canaveses, nomeadamente para o baixo concelho, onde se encontra cerca de 1/3 do tecido empresarial, bem como a maior fatia da receita de IRS e IRC.

As empresas das freguesias de Alpendorada, Favões, Magrelos, Torrão, Várzea do Douro, Vila Boa do Bispo, e indirectamente as freguesias do eixo ribeirinho do Douro, S. Lourenço do Douro e Sande beneficiariam com esta medida pois permitiria encurtar em cerca de metade o tempo de demora para que conseguissem fazer chegar o seu produto ao principal porto de embarque da zona Norte, o porto de Leixões. Em tempos de crise conseguiríamos diminuir os gastos de uma indústria que, directa e indirectamente, gera uma bolsa empregadora para mais de 16 mil pessoas.

A CPS da JSD de Marco de Canaveses, não se resigna e não aceita que o desenvolvimento do nosso concelho seja prejudicado por uma atitude altruísta e de cortes cegos do Governo PS, afectando o aumento da qualidade de vida das populações do interior.

O Governo PS continua a mostrar que não honra os compromissos assumidos. Piora no que toca a descentralização de investimentos públicos, tendo a região Norte, e com grande enfoco e persistência prejudicado o nosso concelho.

Assim apresentamos a nossa expressão de combate político, lançando hoje dois outdoor’s para que os Marcuenses percebam que o nosso concelho não avança pela irresponsabilidade deste Governo Socialista e pelo seu centralismo injustificado.

Os jovens Marcuenses podem ter a certeza inabalável que faremos o que estiver ao nosso alcance para defender estes dois investimentos urgentes e importante para o nosso concelho. Levaremos via deputados da JSD a nossa preocupação e angústia no desinvestimento sucessivo neste concelho, a Assembleia da República.

Nos tempos difíceis definem os líderes, ficam na história os corajosos, os que não atiram a toalha ao chão. Mas, também os solidários e os que apresentam ideias construtivas para o desenvolvimento da nossa terra. Não ficam, de certeza, aqueles que passam mais tempo a ouvir, do que a agir.

Temos assistido a um comportamento inadmissível por parte da oposição socialista marcuense, no que toca a estas questões com sucessivos e inqualificáveis comunicados, bem como a uma posição destrutiva em sede Câmara e Assembleia Municipal, defendendo sempre as tomadas de posição do Governo Socialista do Eng. José Socrates em detrimento do desenvolvimento do nosso concelho.

Acreditamos no futuro de Marco de Canaveses, um Marco inovador e empreendedor, para tal pedimos mais investimento na nossa região.

Acreditamos num interior mais justo!

Queremos um Marco empreendedor e desenvolvido!

Não nos calaremos enquanto este Governo continuar com esta atitude discriminatória!

Estamos Aqui… Por Marco de Canaveses!

 

A CPS da JSD Marco de Canaveses

 

Luís Pereira Pinto

Presidente da JSD Marco de Canaveses

 

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Dez 10
publicado por João Monteiro Lima, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (1)

Tanto quanto sei, a JSD do Marco prepara uma homenagem aos diversos líderes da concelhia da jota social-democrata nos próximos dias. A homenagem acontecerá na sede local do PSD e estão convidados os líderes da JSD marcoense.

Para não parecer inconfidente não darei mais promenores sobre o evento, adiantando, no entanto, aos leitores do Marco2009, que terão sido convidados José António Mota (actualmente vice-Presidente da Câmara), Fernando António Queirós (um dos mais antigos deputados municipais do PSD), Jasmim Reis, Paulo Vieira da Silva (ex-líder distrital da JSD), Luís Vales (deputado à AR), José Carlos Pereira (ex-autor deste blogue e ex-deputado municipal), entre outros ex-líderes.

A equipa de jovens "laranja" liderada por Luís António Pinto pretende reconhecer o trabalho destes, agora menos jovens marcoenses, que em tempos militaram na JSD no Marco.

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29
Jan 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (2)

A recente eleição dos órgãos distritais da JSD/Porto conduziu à substituição do marcoense Luís Vales na presidência da Comissão Política Distrital. Ao atingir o limite de idade, Vales deu lugar a uma geração mais nova e tinha já assegurado um lugar na Comissão Política Distrital do PSD pela mão de Marco António Costa. Agora, Vales tem um olho na eventual entrada na Assembleia da República, como substituto, e pensa na corrida à liderança concelhia do PSD.

Entretanto, o deputado municipal e recém-eleito líder da JSD/Marco, Luís Pereira Pinto, passou a integrar a Comissão Política Distrital da JSD, mantendo assim uma representação marcoense no seio da direcção dos jovens laranjas.


10
Dez 09
publicado por José Carlos Pereira, às 13:45link do post | comentar | ver comentários (4)

Faz hoje precisamente 29 anos que entreguei a minha ficha de adesão à JSD, subscrita pelo então presidente da concelhia da JSD/Marco, Armando David. Tinha participado nas campanhas eleitorais de 1980, mas o acidente de Camarate e a morte de Sá Carneiro foram o clique emocional que me levou a aderir formalmente à JSD, quando estava prestes a completar 15 anos.

Depois, comecei por envolver-me na vida associativa estudantil – integrei a direcção da Associação de Estudantes (AE) da Escola Secundária, liderada por Armando David e José Mota, em 1981, presidi eu próprio à AE a partir de 1982 e em 1983 falhei a reeleição, após derrota na segunda volta. Nesses anos, participei no Conselho Pedagógico e representei os alunos junto do Conselho Directivo. Já no ensino superior, fui eleito em 1986 para a Assembleia de Representantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, ainda em lista apoiada pela JSD.

A nível partidário, integrei a concelhia da JSD liderada por José Mota em 1982 e em 1983 passei eu a presidir àquele órgão. Fui também membro do Conselho Distrital e escrevi durante alguns anos para o "Jovem Reformista", órgão nacional da JSD. Foram anos quentes, que coincidiram com a vitória do CDS nas autárquicas de 1982, a queda da Câmara e as eleições intercalares de 1983. Fui um dos subscritores do acordo de coligação entre PSD e PS, já que na altura era membro por inerência da concelhia do PSD. A pesada derrota eleitoral foi um dos motivos que me levou à demissão da concelhia no início de 1984.

Ainda acompanhei Aniceto Costa na campanha autárquica de 1985, mesmo sem qualquer vínculo formal, mas as presidenciais que se seguiram, em que apoiei publicamente Mário Soares, foram o início do fim da minha militância na JSD e no PSD. Renunciei à condição de militante em meados de 1987. Ao fim de seis anos e meio.

Em termos ideológicos, sempre me mantive fiel aos princípios da social-democracia, plasmada dos exemplos que nos chegavam dos países do norte da Europa. A sua aplicação prática, em Portugal, é que ajudou a levar-me, na idade adulta, para terrenos mais próximos do PS. Sem traumas...

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25
Nov 09
publicado por José Carlos Pereira, às 13:30link do post | comentar

A JSD/Marco teve eleições para os órgãos concelhios no passado sábado, segundo pode ler-se no seu site. O novo presidente da Comissão Política Concelhia é Luís Pinto, deputado municipal de Várzea do Douro, e o presidente da Mesa do Plenário passa a ser Vítor Gonçalo, secretário-geral adjunto da distrital do Porto da JSD, ex-deputado municipal e candidato a vereador nas últimas autárquicas.

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27
Out 09
publicado por José Carlos Pereira, às 20:15link do post | comentar | ver comentários (4)

Nas últimas semanas, designadamente após a realização das eleições autárquicas, têm sido muito comentados os processos disciplinares visando os militantes partidários que se candidataram contra os respectivos partidos. É público que haverá mesmo processos dessa natureza no PS/Marco,  a acreditar nas palavras do líder distrital, Renato Sampaio.

Esse anúncio fez-me recuar no tempo e lembrar os idos de 1986, era eu militante da JSD, quando recebi esta carta intimidatória (deve relevar-se o português da mesma) a convocar-me para prestar contas sobre o meu comportamento político. Tinha acabado de cometer a "heresia" de apoiar Mário Soares nas eleições presidenciais, intervindo mesmo no comício realizado em Marco de Canaveses.

Isso foi o suficiente para a douta Comissão Política Concelhia da JSD ameaçar com um processo, depois de ter sido anteriormente presidente da concelhia, presidente da Associação de Estudantes da secundária, apoiado pela JSD, e membro do Conselho Municipal, entre outros cargos, e de me ter envolvido activamente na campanha autárquica de 1985, ao lado de Aniceto Costa. Depois da dita ameaça ainda fui membro da Assembleia de Representantes da Faculdade de Letras do Porto, apoiado pela JSD, mas renunciaria à condição de militante em Julho de 1987, nas vésperas da maioria absoluta de Cavaco Silva. Aquele já não era o meu "mundo" e fui votar no PS de Vítor Constâncio. Mas foi o bastante para me vacinar contra os partidos políticos!

 

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02
Jul 09
publicado por J.M. Coutinho Ribeiro, às 03:52link do post | comentar | ver comentários (2)

Tive oportunidade de escrever, mais abaixo, que não estava nada de acordo com o outdoor em que a JSD do Marco alegadamente associava o "todo-terreno" Ferreira Torres a um burro. E também não me comove a explicação dada de que o outdoor tinha cumprido a sua missão, porque levou as pessoas a falar dele. Mas há um lado positivo na iniciativa: ficamos a saber que a actual direcção da JSD do Marco está claramente ao lado do candidato Manuel Moreira, tal como lhe compete. Normal? Sim. Não. Sou do tempo em que a JSD do Marco, ao não conseguir os lugares que queria nas listas autárquicas, se passou em peso para a candidatura adversária de Ferreira Torres contra mim, que era o candidato do partido. E são esses os mesmos que, agora, quais virgens ofendidas, mais se escandalizam com o outdoor e pedem a cabeça dos seus responsáveis. Insisto: a ideia do outdoor, revelando criatividade, não foi boa em termos de táctica eleitoral. Mas é uma atitude honesta. O que, em política, tem o seu valor.


25
Jun 09
publicado por J.M. Coutinho Ribeiro, às 11:30link do post | comentar | ver comentários (9)

 

Avelino Ferreira Torres define-se, nos outdoors que tem pelo concelho, como o candidato "todo-o-terreno". Por sua vez, a JSD do Marco decidiu colocar, junto à ponte de Canaveses, um outdoor (imagem acima) onde se associa o "todo-o-terreno" a um burro, que custou 70 milhões de euros aos marcuenses, em referência ao putativo valor da dívida que a liderança de Ferreira Torres deixou no Município.

A iniciativa da JSD é lamentável por vários motivos.

É lamentável, porque extravasa em muito o sinal da irreverência que deve ser marca das juventudes partidárias. O cartaz em causa é ofensivo para Ferreira Torres.

Mas é mais lamentável, ainda, porque a JSD não percebeu que ao utilizar este tipo de linguagem está a abrir a porta para que a campanha eleitoral desça para planos inadmissíveis de conflitualidade.

Ferreira Torres é, mesmo quando não acicatado, um candidato truculento que utiliza linguagem violenta, capaz de visar o adversário em termos pessoais. Com este precedente, Ferreira Torres fica, agora, legitimado para dizer o que lhe apetecer em relação ao candidato Manuel Moreira. O que deve estar ele agradecido à JSD... É que, mesmo partindo do princípio que Moreira nada teve a ver com a ideia de colocar o outdoor com aqueles termos, não se pode perder de vista que a JSD integra o partido que sustenta o edil politicamente.

Faria bem Manuel Moreira se rapidamente se demarcasse publicamente desta lamentável atitude da JSD. Se não o fizer, depois que não se queixe quando a artilharia lhe cair em cima...


26
Abr 09
publicado por José Carlos Pereira, às 10:00link do post | comentar | ver comentários (2)

Os dirigentes marcoenses das duas principais organizações de juventude escreveram-nos. Bruno Pinto, membro do secretariado da Federação Distrital da JS, dá-nos conta da "Semana Federativa do Porto da Juventude Socialista", com visita marcada a Marco de Canaveses, mais concretamente a Soalhães, para inauguração de um núcleo da JS nesta freguesia. Estarão presentes, entre outros, Duarte Cordeiro (Secretário-Geral da JS), Nuno Araújo (Presidente da Federação Distrital da JS Porto) e Renato Sampaio (Presidente da Federação Distrital do PS Porto). Ler aqui o comunicado.
Luís Vales, vice-presidente da JSD e líder da Distrital do Porto,  informa-nos sobre uma petição à Assembleia da Republica em defesa dos jovens portugueses "porque  na actual conjuntura e instabilidade que vive o País, os jovens estão a encontrar um mercado de trabalho cada vez mais precário e cada vez mais distante das suas possibilidades." A petição pode ser subscrita em  http://www.peticao.com.pt/emprego-jovem.


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