Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
08
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar

A deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins, eleita pelo círculo do Porto, questionou formalmente o Ministério da Cultura pelo facto de algumas infra-estruturas da Área Arqueológica do Freixo permanecerem encerradas ao público, na sequência de uma visita efectuada pelo BE ao local no mês passado. A deputada bloquista referia-se nomeadamente ao restaurante, ao centro interpretativo e ao auditório aí construídos.

Estes equipamentos permitiriam, sem dúvida, criar melhores condições para visitar e conhecer a realidade da cidade romana de Tongobriga, custando a perceber tamanho desinteresse e desleixo por parte da administração central.

Ao que sei, o pedido de licenciamento do restaurante já nessa altura tinha dado entrada na Câmara Municipal de Marco de Canaveses, após algumas correcções imprescindíveis no edifício.


07
Jul 10
publicado por José Carlos Pereira, às 08:45link do post | comentar | ver comentários (7)

O "Repórter do Marão" denunciava na sua última edição o estado de abandono e de degradação em que se encontra o Castro de Arados, em Alpendorada, classificado como monumento nacional há mais de cem anos, completados precisamente no passado dia 16 de Junho.

Segundo a notícia, não há qualquer identificação do monumento, não há vedação, encontrando-se cercado por pedreiras e à mercê da invasão de veículos todo-o-terreno.

A Direcção Regional de Cultura do Norte lembra que, à luz da lei, a primeira responsabilidade pela limpeza é dos respectivos proprietários, mas não se pode esquecer as obrigações que cabem nomeadamente ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico e à Câmara Municipal. O facto do Castro de Arados estar situado em propriedade privada não pode limitar os marcoenses e a população em geral de conhecerem e usufruírem de um importante monumento nacional, que é um legado da nossa história ancestral. Algumas peças aí encontradas estão à guarda do Museu Nacional de Arqueologia.

Já o malogrado João Belmiro Pinto da Silva, historiador de arte e antigo candidato à câmara pela CDU, chamava a atenção há quase vinte anos para o desrespeito manifestado pela classificação do monumento.

Foi pena o "Repórter do Marão" não ter interpelado o presidente da Câmara sobre o assunto, já que é Manuel Moreira que tutela o pelouro da cultura na autarquia e importa saber o que tem sido feito com vista à preservação e dignificação do Castro de Arados.


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