Olhares descomprometidos, mas interessados, sobre o Marco de Canaveses. Pontos de vista muitas vezes discordantes, excepto no que é essencial. E quando o essencial está em causa, é difícil assobiar para o lado.
29
Jan 13
publicado por João Monteiro Lima, às 21:55link do post | comentar | ver comentários (1)

Recebemos do socialista Rolando Pimenta o seguinte pedido de divulgação que se transcreve

 

P.S Marco:

A (in)evolução que se adivinhava…

 

Nestes conturbados tempos em que vivemos não se vislumbram mudanças quanto à forma de fazer política em Portugal: os “mortos” ressuscitam com frequência (recordamo-nos dos casos paradigmáticos de Cavaco e, mais recentemente, dos responsáveis políticos pela governação dos últimos tempos de Sócrates…). O “congelado” Costa hesita (?) em ser descongelado e avançar decididamente contra Seguro. Os amigos do exilado dourado de Paris, vislumbrando resultados da oposição séria e credível de Seguro, atraídos pelo cheiro a poder (de que têm saudades…) tudo fazem para ressuscitar, agarrando-se ao “congelado”… Em breve estaremos na primeira linha, como há dois anos!

E o Marco? Temos, para o concelho em que vivemos, o dever de participação cívica (dentro e fora dos partidos). Queremos, como é natural, o melhor para o Marco. Sustentamos, respeitando opiniões divergentes, que as soluções para o nosso concelho (e para o país) passam por opções marcadamente de esquerda e por isso solidárias, dada a crise para que fomos empurrados. Nesse sentido e dadas as responsabilidades inerentes a termos sido a oposição visível à inoperância política do PS Marco (quem não se encontra no terreno, nunca poderá ser uma alternativa credível de poder) lutámos contra a sucessão dinástica preparada por Artur Melo, porque vislumbrámos claramente a estratégia “troca de cadeiras”: sucessão na concelhia, com a contrapartida de apoio na recandidatura. Só quem andasse muito distraído é que se deixaria ludibriar pelo falso apelo da “unidade interna”… Porém, temos de ser justos: o atual líder concelhio cumpriu integralmente o que fora acordado! Como poderemos apoiar um recandidato que não consegue vencer o seu principal adversário? Afinal, sem opositor interno, Artur Melo não fez melhor resultado que empatar com ele próprio!...

Recusamo-nos a votar duas vezes na mesma eleição! Neste particular a CP Distrital tem responsabilidade por tudo o que daí possa advir. Em democracia existem sempre alternativas. É claro que é tentador para quem controla o “aparelho”, fazer “pesca à linha”, prometendo lugares, sobretudo a quem tem apenas 3 opções na vida: emigrar, tentar uma carreira política, ou ser coerente consigo e com os seus pares.

Dentro da área do PS Marco poder-se-ia encontrar o mínimo denominador comum através de diálogo. Estaríamos dispostos a apoiar um nome como o Dr. João Valdoleiros, apesar de, para nós, não ser o candidato ideal, mas no atual contexto interno talvez fosse o candidato que menos subtraísse…

Na próxima 5ªfeira, cada um dos onze elementos eleitos pela Lista A “Por um PS de Causas” optará em consciência. Os que pensam como nós não avalizarão este processo: estarão ausentes, não se fazendo representar, ou, estando presentes não votarão, ausentando-se da sala no momento da votação.

 

Rolando Pimenta – Membro da CPC


08
Dez 12
publicado por João Monteiro Lima, às 12:55link do post | comentar

Recebemos do socialista Rolando Pimenta a seguinte posição que se transcreve

 

O PS Marco e as Autárquicas 2013

Secretariado versus Comissão Política

 

 

Tomo liberdade de precisar informação veiculada pelo “Marco 2009” relativamente a hipotética candidatura de Artur Melo pelo PS à Presidência da C.M do Marco.

O “post” publicado, na sequência de reunião do Secretariado da CPC do PS – órgão de confiança política de Agostinho Pinto, onde não nos encontramos representados – dá como adquirida a candidatura do atual vereador do PS, considerando a posição pública expressa por aquele órgão. Não surpreendendo a posição (extemporânea e inconsequente) de apoio, a mesma apenas serviu para confundir a opinião pública, dado este órgão não possuir competências para indigitar ou aprovar o(a) futuro(a) candidato(a) à C.M do Marco pelo PS – o secretariado não tem funções deliberativas – pelo que objectivamente só temos uma decisão proferida pelo órgão competente: Face ao resultado da votação ocorrida na reunião da CPC o nome de Artur Melo não foi validado por quem de direito. A menos que se pretenda uma vitoria de Pirro na(o) secretaria(do)…

 

Ainda em tempo:

Gostava que o FC Porto repetisse o jogo do pretérito fim-de-semana com o Braga. O resultado não me agradou…

É a vida!...

 

Rolando Pimenta – Membro da CPC do PS Marco e da Corrente de Opinião da Esquerda Socialista

 

           


16
Jun 12
publicado por João Monteiro Lima, às 17:55link do post | comentar | ver comentários (2)
Recebemos de Rolando Pimenta o seguinte texto que se transcreve

Tínhamos sérias dúvidas sobre o empenho do novo líder concelhio do PS no apoio a JLC. A composição da sua lista à CPC falava por si. Os atos (e as omissões) também…
Listas de consenso pressupõem diálogo. Propusemos António Neves para nº 2 da lista de delegados. Afinal não apoiara qualquer dos candidatos à CPC. Após muita resistência, a proposta acabaria por ser aceite, tendo mesmo o Eng.º Agostinho comunicado a António Neves a sua participação na lista em segundo lugar…
Quanto a Samuel Vieira a situação esteve à beira da rutura. O Presidente da CPC não aceitava a sua inclusão na lista de unidade…
A situação arrastou-se até ao passado Domingo, onde ficou acordada a inclusão de Samuel Vieira na lista (até ao 5ºlugar) e da Prof.ª Lurdes Queirós em 3ºlugar (dado não ter apoiado declaradamente qualquer lista e ter integrado anteriormente lista de Artur Melo para a Concelhia…). A reunião, onde se ultimou o acordo ocorreu na sede do PS Marco, entre mim e o Eng.º Agostinho. Despedimo-nos, tendo este referido que se existisse posteriormente qualquer problema, entraria em contato. Não houve contato, logo não existiu problema…
Constatámos, através do Marco 2009, para nossa surpresa, que António Neves passou de segundo lugar para quarto e a Prof.ª Lurdes Queirós foi atirada para oitavo lugar…
Assim se constrói a unidade, segundo o evangelho neossocialista…
Nota: se o intuito era desmobilizar os apoiantes de JLC connosco não funciona. Apesar de tudo JLC triunfará (também) no Marco.

Rolando Pimenta

06
Jun 12
publicado por João Monteiro Lima, às 00:05link do post | comentar

Rolando Pimenta enviou-nos o seguinte texto no qual faz a "leitura" dos resultados das eleições para a concelhia do PS. Transcreve-se

 

 

Por um PS de Causas – Tudo pelo Marco e pela Região

 

Comunicado

 

1-      Os militantes socialistas subscritores do Programa “Por um PS de causas”, felicitam, em primeiro lugar, os elementos da lista que venceu as eleições para a CPC e manifestam a sua satisfação por se terem alcançado os dois objetivos estratégicos da nossa candidatura:

  1. Sensibilização e mobilização do partido visando a eleição do Dr. José Luís Carneiro para presidir à federação Distrital do PS Porto, pelo que reiteramos, o nosso apelo ao voto, no próximo dia 16 de Junho, nas listas que apoiam José Luís Carneiro;
  2. Alcançar mais de 33% dos votos, assegurando que a indigitação do potencial candidato do PS à CM do Marco, não seja efetuada apenas por um grupo afeto ao ex-presidente da CPC;

2-      Apesar de lamentarmos não ter ocorrido qualquer debate entre os dois candidatos, (a despeito dos vários desafios lançados pela nossa candidatura) e da lista vencedora não ter apresentado programa, o que não nos esclarece sobre as ideias do presidente da CPC eleito, manifestámos a nossa intenção de formalização das propostas subscritas pelos 120 militantes que em nós confiaram.

3-      No sentido de contribuirmos para uma verdadeira unidade no seio do PS, não apresentaremos lista de Delegados ao Congresso Distrital. Uma grande vitória do José Luís Carneiro na Federação Distrital fortalecerá o PS a nível nacional.

4-      Apresentamos ao Eng.º Agostinho Pinto os nossos votos de êxito pessoal e político, na árdua tarefa que terá pela frente, tarefa essa agravada pela distância, uma vez não residir no concelho.

O 1º subscritor “Por um PS de Causas”

Rolando Pimenta


01
Jun 12
publicado por João Monteiro Lima, às 00:55link do post | comentar | ver comentários (2)

Recebemos de Rolando Pimenta, candidato da Lista A à liderança do PS Marco, o seguinte comunicado que se transcreve

 

Lista A “Por um PS de causas – Tudo pelo Marco e pela região ”

 

Comunicado

1-      Os factos:

  1. A lista liderada por Rolando Pimenta entregou a sua candidatura na Federação Distrital do Porto no dia 17 de Maio;
  2. No dia foi tornada pública a sua composição, através do site do PS Porto;
  3. No dia 25 deu entrada na Federação Distrital a lista a que foi atribuída a letra B;
  4. No dia 29 a Federação Distrital comunicou às duas listas, a existência de 2 candidatos comuns, dando-lhes o prazo de 24horas para sua substituição nas listas A e B;
  5. Constatou-se que os candidatos em questão eram respetivamente o 15º e 20º da lista A e os dois últimos da lista de suplentes da lista B!

 

2-      Conclusões:

  1. É óbvio que a lista B acrescentou à sua lista dois elementos sabendo que estes haviam subscrito à lista A, dado esta ter sido publicitada muito antes da apresentação no Porto da lista B. com que objetivos?
  2. Os efeitos práticos desta ação premeditada foram nulos, apenas gerando um sentimento de contida indignação da parte dos elementos que lutam por um “PS de causas”;
  3. O discurso ”unitário” é mobilizador, mas os atos não correspondem às palavras…

 

 

O Mandatário da candidatura

Jorge Pinto

 

O 1º subscritor

Rolando Pimenta


01
Abr 12
publicado por João Monteiro Lima, às 21:55link do post | comentar | ver comentários (2)

O socialista Rolando Pimenta enviou-nos o texto que remeteu ao Jornal "A Verdade" e que "saiu completamente deturpado".

Pela importância do mesmo, transcreve-se com a devida autorização do autor.

 

PS Marco

Apelo à participação dos militantes

 

Comunicado

 

No pretérito dia 16 de março, nas sequência de apelo público do membro da CPC do PS Marco, Rolando França Pimenta, reuniu-se, na sede do PS, um grupo de militantes deste partido, num encontro de reflexação-ação, com o objetivo de, na ausência de diálogo interno aberto a todos os militantes, "debater o PS Marco, para construir um concelho melhor para todos".

 

Tendo ficado claro que a iniciativa de avançar com uma candidatura "unitária" à CPC foi decidida, e patrocinada pelo atual Presidente da CPC e elementos a ele afetos, sem debate interno alargado a todas as sensibilidades do partido, excluindo-se a participação da maioria dos militantes, decidiu-se:

 

1- Apelar à constituição de uma lista de unidade efetiva, assente no diálogo e na concertação, dentro dos órgãos do PS;

 

2 - Maifestar a nossa total disponibilidade para participarmos numa solução o mais abrangente possível, assente nos seguintes princípios elementares:

   a. Democracia interna:

          i. Eleição de Mesa para Assembleia de Militantes;

         ii. A CPC é o órgão colegial com competência para a definição da estratégia política;

        iii. Escola de candidatos autárquicos com a participação de todos os militantes;

         iv. Existência de uma Comissão Eleitoral para preparar atos eleitorais internos.

    b. Transparência

          i. Prestação anual de contas a todos os militantes;

         ii. Existência de atas de todas as reuniões (e respetiva leitura e aprovação)

 

3- Na ausência de resposta à nossa disponibilidade para o diálogo. formalizaremos uma candidatura tendo por base o documento "Plataforma pela Transparência" apresentado pelo militante Rolando França Pimenta, no encontro Reflexão-Ação".

 

Rolando António França Pimenta


16
Mar 12
publicado por João Monteiro Lima, às 17:55link do post | comentar | ver comentários (4)

Na edição em papel do Jornal A Verdade, o militante socialista Rolando Pimenta lança um apelo à participação dos militantes do PS Marco.

Rolando Pimenta avança que as eleições no PS Marco serão em Maio e afirma que “o PS Marco tem de mudar de rumo”.

Pimenta utiliza o termo “sistema monárquico” para descrever a sucessão do Presidente da Comissão Política concelhia.

Rolando Pimenta, que disputou a liderança da concelhia do PS Marco com Artur Melo e Castro, avança “que este processo de indigitação do sucessor nem sequer foi levado à comissão política concelhia do PS Marco”

Rolando Pimenta apela aos militantes para participarem numa reunião de “Reflexão-ação” que decorre esta noite, a partir das 21h 30m na sede do PS Marco.

Vamos esperar para ver o que sairá deste encontro


24
Mai 10
publicado por José Carlos Pereira, às 22:30link do post | comentar

O dirigente socialista Rolando Pimenta escreveu-nos um texto sobre o convite que recebeu para estar presente na tomada de posse dos órgãos concelhios do PSD/Marco. Apesar da publicação chegar com algum atraso, penso que ainda assim se justifica:

 

"Declaração para  Memória Futura

Recebi amável convite da parte do Engº Rui Cunha para estar presente na tomada de posse do PSD-Marco, o que muito me honrou.
Apesar do sectarismo militante que grassa num restrito (felizmente) sector da vida política marcoense, estarei presente no início da cerimónia, para apresentação de cumprimentos pessoais e institucionais, neste caso na qualidade de (ainda) Coordenador Executivo da Dolmen, entidade local gestora de fundos comunitários.
Considero que os partidos políticos se devem abrir à sociedade cívil e este sinal dado pelo Engº Rui Cunha deve de ser enaltecido, ao contrário do sectarismo que (ainda) subsiste em alguns (poucos) dos nossos "políticos" locais, que até  limitam a participação cívica de militantes em actos análogos.

 

Rolando Pimenta"


18
Mai 10
publicado por José Carlos Pereira, às 00:15link do post | comentar | ver comentários (13)

A forma como decorreu o antes e o depois do processo eleitoral no PS/Marco deixava antever que não seria fácil alcançar a unidade entre as “duas metades” do partido. E como aqui escrevi, cabe naturalmente à metade que ganhou criar condições para acolher o contributo daqueles que perderam. É essa a magnanimidade que se exige aos vencedores. Mas mais do que parecer magnânimo é preciso sê-lo.

Pois bem, os últimos sinais não têm sido muito encorajadores e a própria forma como foi organizada a tomada de posse dos eleitos, no passado sábado, serviu para agravar as feridas abertas no período eleitoral. Segundo nos foi transmitido, Artur Melo preparava-se para privilegiar os eleitos pela sua lista, olvidando nomeadamente que Rolando Pimenta, em virtude da aplicação do método de Hondt, foi de facto o segundo eleito para a Comissão Política Concelhia.

Espera-se agora para ver se, num partido dividido ao meio, Artur Melo terá a humildade suficiente para convidar alguns dos eleitos pela lista derrotada para o novo Secretariado concelhio. Esse sim, seria um passo que responsabilizava a metade derrotada e criava condições para a tão reclamada unidade interna.


03
Mai 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:45link do post | comentar

O candidato derrotado à presidência da Comissão Política Concelhia do PS/Marco, Rolando Pimenta, enviou-nos para publicação um texto no rescaldo do acto eleitoral em que reuniu 49% dos votos e elegeu 10 dos 21 membros que compõem aquele órgão concelhio:

 

"SEM DRAMAS NEM HISTERISMOS APESAR DE…

“Não consideramos os nossos opositores (internos ou externos) inimigos. Aliás, há métodos que nem com os inimigos se utilizam. E foram, infelizmente, utilizados nesta campanha. É óbvio que não confundimos atitudes de alguns elementos afectos à outra lista, com a dignidade da maioria dos socialista que a integram – a quem endereçamos as nossas cordiais saudações democráticas – Os actos ficarão com quem os praticou…” (excerto da carta enviada a militantes socialistas por Rolando Pimenta – 12 de Abril)

Os “túneis” da política marcoense

Apesar de os fins não justificarem os meios, encaramos a derrota nas “internas” do PS Marco com naturalidade. Que resultado seria de esperar quando não há árbitro, ou melhor, este integra a equipa do adversário? Vale (eu) tudo! Por isso, mais uma razão para continuarmos a nossa luta pela democracia interna dentro do partido. Em sede própria denunciaremos as muitas irregularidades formais e materiais cometidas, para que, dentro de dois anos, as eleições internas no nosso partido não se assemelhem a “referendos” terceiro-mundistas…

A unidade possível

Apresentámos propostas escritas no nosso Programa de Acção e quer na Sessão Pública de apresentação de candidatura, quer na Sessão de Esclarecimento, explicitámos claramente as nossas propostas. No outro lado, o vazio… Esperamos que não nos venham pedir para colaborar num “projecto” de poder pessoal…

O PS Marco terá de se manter unido em torno de ideias e princípios. A nossa luta pela democracia interna e pela transparência continuará:

- Será admissível que não se prestem contas à Comissão Política Concelhia, ao Secretariado e aos Militantes?

- Será admissível que os militantes não sejam ouvidos, nem os órgãos concelhios, no processo de constituição das listas para as eleições autárquicas?

- Será admissível que não exista uma Mesa de Assembleia Geral?

- Será admissível que não existam actas e outros documentos fundamentais, relativos à vida interna do partido?

É óbvio que apesar do empate técnico registado, não iremos exigir o cumprimento do nosso Programa de Acção (embora não exista programa alternativo…).

Apenas será possível uma plataforma de entendimento cumprindo os princípios elementares da Democracia Representativa que acima explicitámos muito sucintamente. Não será pedir muito e a qualidade da nossa democracia agradeceria.

 

Rolando Pimenta (ex-candidato à liderança da CPC do PS Marco)"


17
Abr 10
publicado por João Monteiro Lima, às 19:50link do post | comentar | ver comentários (6)

Em praticamente primeira mão, fica a informação para os leitores do Marco 2009: Artur Melo foi reeleito no PS.

Na disputa entre Melo e Pimenta a diferença foi de 3 (três) votos. À sede concelhia foram votar 127 militantes, tendo saído vencedor o actual vereador Artur Melo.

 


14
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 13:55link do post | comentar

Artur Melo, vereador e actual presidente da Comissão Política Concelhia do PS/Marco, recandidata-se ao cargo que detém no partido nas eleições deste sábado. É um caminho natural, mesmo se marcado por recuos e avanços no último mês.

Para mim, sempre foi evidente que Melo se recandidataria à liderança do PS. A forma como decorreu o antes e o depois do processo eleitoral autárquico, a reacção de Melo e dos seus apoiantes mais próximos aos (maus) resultados obtidos e até a criação logo no início do ano de um blogue com propósitos bem definidos eram sinais que não me deixavam dúvidas sobre as reais intenções de Artur Melo. Creio que o que fez Artur Melo anunciar em meados do mês passado que não seria candidato foi o facto de saber que não podia contar com o voto dos militantes que atraiu para o partido – o agendamento das eleições para 17 de Abril não permite que essas pessoas tenham o tempo de militância necessário para votar.

Contudo, Melo viu-se depois pressionado pelos seus apoiantes – um apoio mais pessoal que político ou partidário – e foi incapaz de encontrar um nome consensual no seu grupo para protagonizar uma candidatura. Perante isto, teve de recuar nos seus propósitos e avançar com a recandidatura, sem que ficasse explicado por que motivo mudou de intenções. Fez bluff com os militantes? Estava à espera da vaga de fundo? O que o fez mudar?

Vir dizer que a candidatura de Rolando Pimenta era uma coligação negativa contra si é extraordinário. No mesmo dia em que Melo voltou com a palavra atrás e decidiu recandidatar-se, Pimenta apresentou a sua candidatura. Pimenta tentou reunir todas as correntes do PS/Marco, julgando então ser o único a concorrer à liderança. Não percebo onde estava a tal coligação negativa. Quando muito, Melo poderia acusar Pimenta de reunir apoios dispersos, mas onde estaria o mal disso, tratando-se de uma candidatura que queria unir? Não foi Artur Melo que também procurou, antes das autárquicas, contar com o apoio dos que se lhe opuseram, como Luís Almeida e eu próprio? E as ideias e projectos de Melo para o partido e para o concelho nos próximos dois anos, num período em que é sabido que vai estar na oposição ao PSD? Quem as conhece?


13
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 21:30link do post | comentar

Já escrevi aqui que conheço mal Rolando Pimenta – os breves minutos em que falámos ontem no final da apresentação do livro de José Luís Carneiro, no Porto, foram a nossa conversa mais demorada. Pimenta, tanto quanto sei, aderiu ao PS após as eleições de 2005, ainda sob a liderança de Luís Almeida, e entrou para os órgãos dirigentes pela mão de Artur Melo, em 2008. Depois, no período que antecedeu as autárquicas de 2009, renunciou ao cargo de mandatário financeiro e após as eleições demitiu-se dos cargos que ocupava no partido.

Independentemente do que pensa para o partido e para o concelho – aquela ideia da nova centralidade a partir de Alpendorada, que foi abraçada inicialmente também por Artur Melo, carece de maior ponderação e sustentação – Rolando Pimenta teve a coragem de assumir a sua candidatura antes mesmo de Artur Melo anunciar que não era candidato na Convenção Autárquica de meados de Março. E o facto de Artur Melo ter recuado nas intenções pouco depois, não o demoveu. Mostrou assim que era muito o que o separava de Melo e que pretendia lutar por essa diferença. Evidenciou também nos seus propósitos que não está obcecado com uma candidatura à Câmara, o que é sempre bem acolhido pelos militantes.

No momento em que se perspectivava como único candidato em cena, Pimenta procurou fazer a ponte com todas as sensibilidades e apelar ao envolvimento dos históricos do partido, um sinal entendido de forma muito positiva por militantes e simpatizantes do PS. Depois, já com Melo na corrida, apresentou as suas ideias, dirigiu-se aos militantes e constituiu uma equipa que reúne pessoas com passado relevante no partido, algumas das quais tinham estado com Artur Melo anteriormente.

Rolando Pimenta e aqueles que o acompanham dão um forte contributo para clarificar as opções no interior do partido e esse esforço é, por si só, muito importante para a vitalidade do PS/Marco, independentemente do resultado que obtenham.


12
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 18:15link do post | comentar

À entrada da última semana de campanha para a eleição dos órgãos concelhios de Marco de Canaveses de PS e PSD deixarei aqui a minha visão sobre esses actos eleitorais. O  que sei de ambos os partidos?

Relativamente ao PS/Marco, devo dizer que fiquei a conhecer suficientemente a sua estrutura na campanha eleitoral de 2005, quando liderei, como independente, a lista candidata à Assembleia Municipal. No que diz respeito aos candidatos, conheço melhor Artur Melo do que Rolando Pimenta e quem acompanha este blogue desde o início sabe das minhas divergências políticas com Artur Melo, na sequência das posições que tomou enquanto líder do PS.

Quanto ao PSD/Marco, ignoro a sua estrutura interna - lembro que deixei de ser militante em 1987 - já que a minha experiência como deputado municipal independente entre 2001 e 2005 fez-se à margem dos órgãos desse partido. No que concerne aos candidatos, posso dizer que conheço mal José Cruz e que sou amigo de Rui Cunha desde os bancos da escola secundária. Esse lastro de convivência e amizade facilitou o nosso relacionamento político - de aliados em 2001 a adversários entre 2005 e 2009.

Está feita a minha "declaração de interesses".


06
Abr 10
publicado por José Carlos Pereira, às 12:45link do post | comentar

O vereador socialista Artur Melo explicou na última edição do jornal “A Verdade” quais foram as razões para voltar atrás com a sua palavra e decidir recandidatar-se à presidência da Comissão Política Concelhia do PS/Marco, em eleições que decorrem no próximo dia 17 de Abril. Segundo Artur Melo, um “grupo de militantes que não estavam satisfeitos com o rumo que o partido podia tomar, com o vazio e com o possível risco de uma lista única, uniram-se e manifestaram a intenção para que eu voltasse”.

Melo considera a candidatura de Rolando Pimenta um “perigo grave”, já que “é uma coligação negativa contra a minha pessoa e contra o projecto desenvolvido nestes quatro anos e não uma alternativa para o concelho”. Melo diz que é o “único candidato capaz de unir o partido. Como se viu tenho o apoio das bases e até o outro candidato me tinha convidado para a comissão de honra. Apesar de achar o convite irónico fiquei sensibilizado porque os dois lados me vêem como capaz”.

Razões e auto-avaliações para analisar nos próximos dias.


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