A última edição do jornal “A Verdade” relata a forma como foi possível às principais forças políticas ultrapassar o bloqueio que impedia a instalação da Junta de Freguesia de Penha Longa.
António Rocha liderou a lista do PSD que venceu as eleições, embora sem maioria, e acabou por renunciar ao mandato ao ver-se incapaz de formar o executivo de acordo com a sua vontade. O segundo eleito do PSD, Maria Luísa Madureira, assumiu assim a presidência da Junta e atribuiu um lugar no executivo à segunda lista mais votada, a do movimento Marco Confiante com Ferreira Torres.
Não conheço os meandros das negociações, que são muitas vezes enviesados pelas particularidades locais, mas confesso que preferia ver o PSD assegurar a governabilidade da Junta de Penha Longa com outra força política. O PS, apesar de enfraquecido pelo facto de ter perdido quase metade dos votos face a 2005, poderia ter-se disponibilizado para garantir a maioria, assegurando em troca uma posição relevante que lhe permitisse recuperar os créditos que durante largos anos lhe permitiram governar aquela freguesia.
Ultrapassado o impasse de Penha Longa, resta por resolver a instalação da Junta de Freguesia de Tuías, três meses depois do acto eleitoral. A lista independente de Armindo Loureiro venceu as eleições e assegurou 4 mandatos, o PSD alcançou 3 mandatos e o movimento Marco Confiante com Ferreira Torres obteve 2 mandatos. Pelo simbolismo da freguesia, que todos compreenderão, é fundamental que a governabilidade se assegure com a exclusão do movimento de Ferreira Torres. Tem a palavra Armindo Loureiro…